Se você já pensou em fazer um investimento ou um financiamento, é provável que já tenha ouvido falar nos juros compostos. Eles são responsáveis por ajudar na multiplicação de um capital, agindo diretamente em cima do último valor calculado.
No entanto, o impacto desses juros no nosso dia a dia pode ser muito alto. Para entender melhor como calcular os juros compostos, qual é a sua diferença para os juros simples e como eles afetam as decisões que tomamos cotidianamente, basta continuar lendo este conteúdo!
O que são juros compostos?
Os juros compostos acontecem quando eles incidem sobre outros, gerando o chamado “juros sobre juros”. Eles são uma prática muito recorrente em relações comerciais, como investimentos, parcelamentos, empréstimos e financiamentos. Entender como eles funcionam é, portanto, fundamental para garantir que você compreende a transação financeira da qual está participando.
Imagine, por exemplo, o seguinte cenário: você vai fazer um investimento de R$100 em um ativo que rende 1% ao mês. Nos juros compostos, essa conta funciona da seguinte maneira:
- No momento do investimento, você terá R$100 (valor investido);
- No mês seguinte, terá R$101.
- No segundo mês, terá R$102,01.
- No terceiro mês de investimento, o seu montante será de R$103,03.
- No quarto, R$104,06.
Ou seja: o seu dinheiro não cresce de modo igual todos os meses; a cada mês que ele fica rendendo com juros compostos, ele aumenta um pouquinho mais, criando um cenário em que o dinheiro passa a se multiplicar sozinho. É dessa maneira que investimentos como o Tesouro Direto funcionam, e por isso eles são tão recomendados para quem quer economizar.
No entanto, isso também é verdade para quem deseja fazer um financiamento. Assim, se os juros de uma parcela atrasada crescem 1% ao mês, por exemplo, a cada mês de atraso o valor a ser pago também vai ser maior.
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Qual a diferença entre juros simples e juros compostos?
A principal diferença entre os juros simples e os juros compostos está no fato de que os primeiros sempre incidem sobre o valor inicial do montante. Dessa maneira, se você faz um investimento de 1% ao mês com juros simples, você sempre receberá o mesmo valor.
Os juros compostos, por sua vez, incidem sempre sobre o último valor. Daí o fato de eles aumentarem o montante total com tanta facilidade. Inicialmente, isso pode parecer pouco, mas veja a diferença: considerando uma taxa de 1% ao mês, podemos ter os seguintes cenários:
- Ao investir R$100,00 por 60 meses com juros simples, teremos R$160,00 no final do período;
- Ao investir R$100,00 por 60 meses com juros compostos, teremos R$181,66.
Pode parecer uma diferença pequena, mas a verdade é que os juros compostos renderam cerca de 20% a mais do que os juros simples, considerando-se o investimento inicial. Assim, quando aplicada a valores mais altos, ela se torna uma diferença significativa.
Os usos dos juros simples e compostos também tendem a ser diversos. Enquanto os juros compostos aparecem em investimentos, financiamentos e parcelamentos, os juros simples são mais comuns em contas residenciais (água, luz).
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Como calcular juros compostos?
O cálculo dos juros compostos é feito a partir da seguinte fórmula:
M = C (1+i)t
Nela, cada letra tem um importante significado. Veja:
- M = Montante. Refere-se ao valor final da transação, quando o capital é somado aos juros.
- C = Capital. É o valor investido, que então sofrerá o impacto dos juros.
- i = Taxa de juros. Ela indica o valor cobrado sobre o capital, e geralmente é indicada em formato decimal, para que não haja erro nos cálculos.
- t = Tempo. Ele informa o período em que o capital será submetido à taxa de juros. Quanto maior o tempo, mais os juros compostos conseguem agir e aumentar o capital, fazendo o montante crescer.
Vamos recuperar o exemplo dado acima: imagine que você pretende investir R$100 durante 60 meses e quer saber qual será o seu montante final. Para isso, basta fazer a fórmula:
M = 100 (1 + 0,01)60
M = 100 (1,01)60
M = 100 x 1,8167
M = 181,67
Podemos pensar em um exemplo mais complexo, também. Suponha que você queira financiar um carro no valor de R$30.000. A concessionária te oferece o seguinte acordo: esse valor pode ser financiado em até 36 parcelas, com juros de 3% ao mês.
Isso significa que, no final do período, você terá pago o valor do carro — e mais um pouco. Para entender quanto esse “pouco” será, podemos fazer o mesmo cálculo:
M = 30.000 (1 + 0,03)36
M = 30.000 (1,03)36
M = 30.000 x 2,8983
M = 86.949,00
O que significa que você terá pago o valor do carro e mais R$56.949,00.
Esse tipo de cálculo é importante para entendermos o quanto estamos de fato pagando quando decidimos fazer financiamentos e parcelas com juros compostos. Em um cálculo orçamentário, ou antes de tomar decisões importantes, ter ciência desses valores pode ser um importante diferencial.
E aí, gostou de entender como calcular juros compostos? Agora você já consegue tomar decisões mais informadas e saber quanto está realmente saindo do seu bolso. Agora aproveite para conhecer o Responde Aí e aprimorar ainda mais os seus conhecimentos matemáticos!
