A organização financeira pode ser bastante difícil para estudantes universitários. O início da graduação marca um grande passo rumo a independência e maturidade, além da aquisição de maior responsabilidade. Para manter-se saudável mentalmente e poder se dedicar plenamente aos estudos, é importante não estar preocupado com dívidas e contas a pagar.
Após serem aprovados no vestibular, jovens de todo o Brasil deixam a casa dos pais para iniciar seus estudos. Essa nova fase representa, para muitos, a transição para a vida adulta, cheia de novas responsabilidades e desafios a serem enfrentados todos os dias. Dentre eles, além de estudar, se manter sozinho e pagar as próprias contas.
Na correria do dia a dia, entre o estágio ou emprego, as salas de aula, estudar para as provas ou para um novo seminário, ou até mesmo se dedicar aos projetos extracurriculares da universidade, como a monitoria ou a iniciação científica, é importante separar um tempo para o próprio planejamento financeiro.
Infelizmente, no Brasil, o número de pessoas endividadas tem aumentado ao longo dos anos, principalmente após a pandemia de Covid-19. De acordo com um levantamento divulgado no último mês pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 79% das famílias brasileiras estão inadimplentes.
Já dados do mês de agosto, da Serasa, apontam que cerca de 67 milhões de brasileiros possuem dívidas. Daquelas em aberto, aproximadamente 72% são referentes a serviços básicos, como contas de internet, luz, telefone e carnês de lojas.
Para evitar o risco de se tornar inadimplente, a educação financeira é fundamental. Ao traçar um bom planejamento financeiro, é possível honrar todos os seus compromissos, não passar aperto ao final do mês, prevenir-se para gastos inesperados e, ainda, poupar um pouquinho para novos planos e sonhos.
Para que o planejamento seja bem-sucedido, é importante seguir alguns passos para organizar as finanças pessoais. Confira abaixo como se preparar para uma boa organização financeira.
Utilizar ferramentas para uma organização financeira descomplicada
Com as tecnologias dos dias de hoje, organizar-se é uma tarefa cada vez mais fácil. É possível optar por planilhas no computador, aplicativos para smartphone ou o bom e velho papel. O primeiro passo é escolher o método que melhor se aplica ao seu perfil e começar a registrar sua renda mensal e os gastos fixos que possui durante esse período.
Em seguida, é importante registrar os gastos variáveis que possui durante o mês, na medida em que for pagando pelos produtos ou serviços. Criar o hábito de atualizar diariamente o seu controle ajuda a não deixar nada para trás e auxilia a identificar onde a maior parte da sua renda está sendo investida.
Identificar gastos desnecessários
Com as despesas anotadas e identificadas, identificar gastos supérfluos e desnecessários que comprometem sua renda é uma tarefa bem menos complicada. Dessa forma, é possível implementar medidas, como metas e limites, para conter os gastos desnecessários.
Um bom exemplo é uma corrida de aplicativo de transporte de 7 reais, que pode não parecer grande coisa isoladamente. Mas, se identificarmos que ao longo de um mês realizamos cerca de 20 viagens parecidas, são pelo menos 140 reais que poderiam ser melhor investidos em outra atividade.
Definir as prioridades
Essa dica complementa o passo anterior. É muito importante para a administração das finanças definir quais são suas prioridades no dia a dia. Com as prioridades claras e bem definidas, podemos realizar o planejamento em torno disso para que as necessidades sejam atendidas.
Caso seu lazer favorito seja comer uma refeição em seu restaurante favorito, isso deve constar no seu planejamento, separando uma quantia para isso. Ao elencar suas atividades preferidas, será mais fácil diminuir a frequência de outros programas menos prazerosos, como ir à balada, por exemplo, para poder ir ao restaurante mais vezes durante o mês.
Reconhecer limitações de seu orçamento
Um dos passos indispensáveis da administração financeira é reconhecer suas limitações. As pessoas se endividam quando começam a gastar mais dinheiro do que recebem, de maneira que não conseguem pagar as contas e manter seu padrão de vida e consumo.
Quando possuímos uma boa educação financeira, todo gasto é feito de maneira consciente. Tendo consciência da própria realidade, é possível tomar decisões melhores e a eliminação de gastos supérfluos que não cabem no orçamento.
Fazer uma reserva de emergência
Além de conter gastos e planejar melhor o orçamento, também é recomendável dedicar uma quantia de sua renda para a construção de sua reserva de emergência. De acordo com especialistas, o ideal é reunir o valor equivalente ao seu custo de vida de 6 meses para prevenir-se contra imprevistos, como ficar desempregado ou um problema de saúde.
Para isso, basta poupar um pouco todos os meses e investir em modalidades de aplicações de baixo risco, como os investimentos em renda fixa, que fazem o seu dinheiro render mesmo parado e possuem liquidez imediata, permitindo sacar os valores quando necessário.
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