Ao entrar em uma boa faculdade ou em um curso concorrido e que exige muita memória, como no caso dos cursos de exatas, é comum você ficar perdido no meio de tanto conteúdo que deve ser absorvido por dia. Para muitos, a solução é ficar horas diante de livros e anotações, lendo e resolvendo problemas para memorizar todas as fórmulas necessárias ao longo do curso. No entanto, existem outras técnicas e dicas que podem auxiliar no momento dos estudos a deixar a memória mais afiada e capaz de armazenar mais informações.
Uma dessas dicas reside na alimentação: fornecer nutrientes e vitaminas essenciais para o cérebro ajuda a manter o bom funcionamento, melhorar a capacidade cognitiva e evitar que doenças degenerativas se espalhem. Embora represente apenas 2% do peso corporal de um adulto saudável, o cérebro consome, em média, 20% da taxa metabólica basal (ou seja, o consumo enquanto o corpo estiver em repouso), e isso pode chegar a 320 kcal diárias, o que eleva o cérebro ao título de órgão com maior gasto energético do corpo.
Assim como qualquer outro órgão, o cérebro precisa de nutrientes e outras substâncias que mantenham seu funcionamento pleno. Pensando nisso, separamos 6 alimentos que ajudam na saúde do cérebro e na sua capacidade de armazenar informações. Confira:
Peixes
Um dos principais alimentos que devem ser levados em consideração são os peixes de águas frias, como salmão, atum, sardinha, arenque e cavalinha. O alimento é rico em ômega 3, uma gordura poli-insaturada que atua diretamente na conexão entre os neurônios, facilitando sua comunicação. Além disso, o ômega 3 auxilia na produção de neurotransmissores e possui uma função anti-inflamatória natural, o que faz com que as células cerebrais se regenerem com mais facilidade. Muitos estudos ainda indicam que o consumo rotineiro de ácidos graxos e gorduras poli-insaturadas, como no caso do ômega 3, pode reduzir as probabilidades do surgimento do Alzheimer. O indicado é consumir peixes ricos em ômega 3 pelo menos duas vezes por semana.
Abacate
O abacate é outro grande defensor da massa encefálica, pois a fruta é rica em gordura monoinsaturada, além de vitaminas B6, B12, C e E. Junto de tudo isso, ainda possui selênio, luteína e colina, compostos que são raros e difíceis de conseguir naturalmente. Todas essas substâncias protegem as paredes arteriais; com mais sangue oxigenado chegando ao cérebro, sem obstruções, melhor o órgão funciona. Além disso, existem estudos que relacionam a gordura monoinsaturada com maior capacidade de concentração, ou seja, estudar enquanto se come um abacate, além de ser delicioso, pode ajudar a mente a ficar mais concentrada.
Azeite de oliva
O azeite, além de ser muito utilizado na culinária, é um excelente alimento para o cérebro; em sua composição, possui gorduras monoinsaturadas, que ajudam na concentração, e também um composto chamado oleocantal e antioxidantes, que retardam o envelhecimento precoce das células, fazendo com que os neurônios não se desgastem tão rapidamente. Além disso, o uso de pelo menos uma colher de sopa de azeite de oliva por dia é associado ao combate contra o Alzheimer, segundo especialistas.
Chocolate
Quem não gosta de uma pausa para um chocolatinho? Além da felicidade que comer chocolate causa, o que por si só já é um efeito benéfico para quem está atolado de estudos, o alimento também possui teobromina, cafeína, teofilina e alcalóides purínicos, que são substâncias estimulantes do sistema nervoso; ao consumir esses compostos, o cérebro fica mais ativo e mais receptivo a novas informações. Vale lembrar que essas substâncias são originárias da matéria-prima do chocolate, portanto deve-se dar preferência para chocolates com maior teor de cacau – o ideal é que seja de 60% ou mais.
Suco de uva integral
Um suquinho gelado enquanto estuda também é uma ótima pedida. O suco de uva integral é rico em antioxidantes e polifenóis. Essa substância age na barreira hematoencefálica (barreira que impede que substâncias nocivas cheguem ao cérebro pelo sangue), fazendo com que sua eficiência seja aumentada e evita que radicais livres entrem em contato com o órgão. Além disso, os polifenóis estimulam a produção da proteína BDNF, uma proteína que promove novas conexões entre os neurônios e a regeneração dessas células. Deve ser ressaltado que o suco precisa ser 100% integral e sem conservantes.
Ovo
Após muito debate se o ovo era ou não prejudicial à saúde e com diversos estudos, chegou-se à conclusão de que, sim, é um alimento extremamente benéfico. No quesito saúde do cérebro, os ovos possuem um papel fundamental: são alimentos ricos em proteína, colina e luteína e vitaminas do complexo B, que são essenciais para a fixação e manutenção da memória. A falta de colin, observada em testes com animais, leva à perda da cognição e dificuldade de memória. Vale lembrar que essas substâncias dos ovos não são perdidas durante o seu cozimento.
Para quem se interessa pelo assunto, existem diversos outros alimentos que auxiliam na capacidade cognitiva do cérebro; basta procurar um profissional ou professor da faculdade de nutrição mais próxima para mais informações sobre como montar um cardápio variado, que inclui todas essas vitaminas e nutrientes.
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