a) Verifique por meio de um teste qui-quadrado se há indícios de ligação gênica. Escreva as hipóteses, calcule o valor de qui-quadrado e conclua sobre a hipótese (Admita que não há distorção de segregação).
b) Caso os genes sejam ligados, escreva o correto genótipo dos indivíduos da geração F1 e calcule a distância entre os genes.

Passo 1

Vamos dar uma olhada no que o exercício está pedindo. No item a), a gente precisa usar o teste qui-quadrado para ver se há indícios de ligação gênica entre dois genes. Isso envolve estatística e genética, e vamos precisar definir as hipóteses, calcular o valor do qui-quadrado e concluir se os genes estão ligados ou não. No item b), se os genes estiverem ligados, precisamos determinar os genótipos corretos da geração F1 e calcular a distância entre os genes.

Passo 2

Primeiro, vamos entender o que é ligação gênica. Quando dois genes estão ligados, significa que eles estão próximos um do outro no mesmo cromossomo, o que faz com que sejam herdados juntos com mais frequência do que se estivessem separados. Isso pode alterar as proporções típicas de herança que esperaríamos de acordo com as leis de Mendel.

Passo 3

Agora, vamos falar sobre o teste qui-quadrado. Esse teste estatístico ajuda a gente a verificar se a diferença entre os valores observados e os valores esperados é significativa ou se pode ser explicada pelo acaso. No contexto de genética, usamos esse teste para ver se as proporções de diferentes fenótipos (características) seguem o que a gente esperaria se os genes segregam de forma independente.

Passo 4

Vamos definir as hipóteses:
  • Hipótese nula (H₀): Não há ligação gênica entre os dois genes em questão. Os genes segregam-se de forma independente.
  • Hipótese alternativa (H₁): Há ligação gênica entre os dois genes. Os genes não segregam-se de forma independente.

Passo 5

Para calcular o valor do qui-quadrado (χ²), usamos a fórmula:
chi^2 = sum (O - E)^2E
Onde:
  • = Frequência observada
  • = Frequência esperada

Passo 6

Precisamos determinar as frequências esperadas . Se não houver ligação gênica, usamos as proporções mendelianas clássicas para calcular o esperado. Por exemplo, em um cruzamento ditores, as proporções podem seguir uma relação 9:3:3:1 para as combinações de fenótipos.

Passo 7

Agora, com os valores observados ( ) e esperados ( ) em mãos, aplicamos a fórmula do qui-quadrado para calcular .

Passo 8

Com o valor de calculado, comparamos esse valor com o valor crítico da tabela do qui-quadrado para o grau de liberdade adequado (geralmente número de categorias - 1). Se calculado for maior que o crítico, rejeitamos a hipótese nula.

Passo 9

Com base nessa comparação:
  • Se calculado > crítico: Rejeitamos H₀. Há indícios de ligação gênica.
  • Se calculado ≤ crítico: Não rejeitamos H₀. Não há indícios de ligação gênica.

Passo 10

No item b), caso os genes sejam ligados:
  1. Determinar os genótipos F1: Identificamos quais combinações de alelos predominam na geração F1 com base nos resultados observados.
  2. Calcular a distância entre os genes: Usamos a frequência de recombinação ( ) para determinar a distância genética, onde â.

Resposta

Para concluir se há ligação gênica, siga os passos descritos, definindo as hipóteses, calculando o valor de qui-quadrado com os dados observados e esperados, e comparando com o valor crítico da tabela. Se houver ligação, determine os genótipos da geração F1 e calcule a distância genética entre os genes usando a frequência de recombinação.

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