Enunciado

A seção de treinamento de uma empresa quer saber qual de três métodos de ensino é mais eficaz. O encarregado de responder a essa pergunto pode dispor de 24 pessoas para verificar a hipótese. Ele as dividiu em três grupos de oito pessoas, de modo aleatório, e submeteu cada grupo a um dos métodos. Após o treinamento os 24 participantes foram submetidos a um mesmo teste, cujos resultados estão na tabela abaixo (quanto maior a nota, melhor o resultado). Quais seriam as conclusões sobre os métodos de treinamento?

Passo 1

Vamos lá.

Esses são os dados do nosso problema.

Queremos saber qual de três métodos de ensino é mais eficaz. Para isso, vamos construir uma tabela ANOVA 😉.

Logo, temos um teste de comparação entre três médias. Como qualquer teste de hipótese, a primeira etapa é formular as hipóteses, para uma análise de variância, as hipóteses serão sempre assim:

H 0 : μ 1 = μ 2 = μ 3

H 1 : e x i s t e   p e l o   m e n o s   u m a   d i f e r e n ç a

Agora é partir para os cáculos.

Passo 2

Sabendo que

n 1 = n 2 = n 3 = 8

E calculando

y - 1 = 4,750 ;     y - 2 = 4,625 ;     y - 3 = 7,750 ;     S 1 2 = 6,214 ;     S 2 2 = 3,982 ;     S 3 2 = 2,214

Podemos montar nossa primeira tabelinha

Olhando para as médias amostrais, vemos que elas têm valores diferentes, agora precisamos verificar se essa diferença é significativa, ou seja, se nós podemos dizer que baseados nessas diferenças que apareceram nas amostras, as populações são diferentes.

Vamos definir o nível de significância α = 0,05 .

Passo 3

Agora, vamos calcular nossas informações que serão agrupadas numa única tabela, conhecida pelo nome de ANOVA, descrita na Tabela a seguir.

Basta aplicarmos as fórmulas que se encontram no Capítulo 10, calculando cada informação, temos

Para não perdemos tempo, na nossa tabela já constam os valores de F estatístico (6,053), p-valor (0,008) e F crítico (3,467) utilizando um α = 0,05 , beleza? 😉

Passo 4

Para finalizarmos, vamos usar a estatística F. Analisando a tabela F: p = 5%, temos que F crítico é igual a 3,467, portanto como F estatístico é maior que F crítico. Rejeitamos H 0 : μ 1 = μ 2 = μ 3 , ou seja, os resultados médios dos testes não são todos iguais.

Passo 5

Estamos quase acabando, beleza?

Na seção 15.4 é falado sobre “intervalos de Bonferroni”. Para prosseguir com o nosso problema, é recomendando que vocês leiam essa seção, é uma leitura bem rápida, ok?

Porém, nem tudo são flores, né? Caso, alguém não tenha entendido a leitura, eu fiz um pequeno resumo para vocês direto ao ponto, de o porquê usar o teste de Bonferroni 😉.

“Quando rejeitamos H 0 , verifica-se que é provável haver uma diferença entre as médias em estudo, pode-se buscar saber quais dentre as médias apresentam diferenças significativas. A partir disso, os procedimentos serão conduzidos de múltiplas comparações de médias, onde o teste de Bonferroni, na maior parte dos "design experiments", é muito útil.”

Agora, é partir para os cálculos mais uma vez.

Passo 6

Agrupando os dados numa única tabela, temos

Resposta

Há evidências de que as médias são diferentes, pois F o b s =   6,05   e   p - v a l o r = 0,008 . Bonferroni sugere μ 1 =   μ 2 < μ 3 .

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