Enunciado

O tubo em U mostrado está cheio com água a T = 20ºC. Ele é vedado em A e aberto para a atmosfera em D. O tubo gira a 1600 rpm em torno do eixo vertical AB. Para as dimensões mostradas, ocorreria cavitação no tubo?

Passo 1

Vamos lá!! O problema trás pra a gente um tubo em U girando a 1600   r p m no sentido anti-horário e a gente quer saber se ocorreria ou não cavitação, considerando as dimensões do tubo!

Mas o que precisa acontecer pra ocorrer cavitação?!

A pressão no ponto A , que é a extremidade fechada, tem que ser maior do que a pressão de vapor da água!

Então queremos saber quem é P A !!

Vamos usar a equação básica:

- ∇ P + ρ g → = ρ a →

Como o tubo esta girando, vamos usar as coordenadas cilindricas, vamos ver um esqueminha de como vai ficar isso:

Agora vamos substituir a equação a cima para r e para z !

Em r podemos cancelar a a gravidade, logo:

- ∂ ∂ r P = ρ a r

A aceleração em r é centrípeda, e anti-horária, então:

a r = - ω 2 r

Substituindo:

∂ ∂ r P = ρ ω 2 r

Agora para z , onde a gente só tem a aceleração da gravidade:

∂ ∂ z P = - ρ g

Passo 2

A gente escreveu as equações, mas precisamos tirar essas derivadas e para isso só integrando!

Vamos integrar entre pontos, sempre que a gente puder considerar um dos eixos constante!

Entre os pontos D e C , r é constante, então podemos escrever:

∂ ∂ z P = - ρ g

Jogando o d z para a direita, podemos integrar:

∫ P C P D   d P = ∫ 0 H - ρ g   d z

Integrando:

P D - P C = - ρ g H

Entre B e A , r também é constante, A esta na mesma altura que D e B por sua vez na mesma altura que C , então podemos reaproveitar a integral que calculamos para D e C :

P A - P B = - ρ g H

Agora entre B e C , z é constante, então podemos usar:

∂ ∂ r = ρ ω 2 r

Podemos fazer:

∫ P B P C d P = ∫ 0 L ρ ω 2 r d r

Integrando:

P C - P B = ρ ω 2 L 2 2

Passo 3

Beleza, temos todas as equações! Mas agora pra atacar elas a gente precisa pensar em que ponto temos informações, é daí que vamos começar!

No ponto D temos o tubo aberto, então podemos dizer que :

P D = P a t m

Pegando a equação:

P D - P C = - ρ g H

Podemos tirar substituir P D , isolando P C ficamos com:

P C = P a t m + ρ g H

Agora conhecemos P C e onde mais P C   aparece?!

P C - P B = ρ ω 2 L 2 2

Podemos substituir, certo?

P B = P a t m + ρ g H - ρ ω 2 L 2 2

Agora que conhecemos P B , podemos finalmente achar P A :

P A - P B = - ρ g H

Isolando P A e substituindo P B :

P A = P a t m + ρ g H - ρ ω 2 L 2 2 - ρ g H

Opaaa, da pra cancelar esse ρ g H ai:

P A = P a t m - ρ ω 2 L 2 2

Agora a gente tem uma equação com variáveis que conhecemos!!

Passo 4

Agora a gente só precisa calcular P A e compara com a pressão de vapor da água:

P A = P a t m - ρ ω 2 L 2 2

Considerando que esse exprerimento acontece no nível do mar:

P a t m = 101325   P a

O fluido é agua, então:

ρ = 1000   k g / m 3

Relembrando os dados do problema:

ω = 1600   r p m × 1   m i n u t o 60   s e g u n d o s × 2 π r o t a ç ã o =   167,55   s - 1

L = 75   m m = 0,075 m

Substituindo:

P A = 101325 - 1000 × 167,55 2 × 0,075 2 2 = 22368   P a

Agora basta saber se essa pressão é maior que a P v a p o r da água a 20 ℃ :

P A = 22368   P a

P v a p o r = 2337   P a

P A > P v a p o r logo, não haverá cavitação!

Resposta

P A > P v a p o r logo, não haverá cavitação.

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