Enunciado

A Figura G.1.9 esquematiza o joelho. A tensão T → é exercida pelo tendão quadríceps quando passa pela rótula. Supondo que T → seja 160 N , determine a força de contato F → C   exercida pelo fêmur sobre a rotula.

Passo 1

Primeiramente vamos fazer o diagrama de corpo livre, para esquematizar todas as forças, e como elas atuam em todos os pontos:

Com o DCL esquematizado, podemos analisar as forças atuantes, e então deduzir as condições para as possíveis solução do problema:

Considere o arco A B como o tendão quadríceps, e o arco C D como a rótula do joelho.

Passo 2

Vamos considerar o joelho como um sistema em equilíbrio:

Com isso podemos utilizar as equações de equilíbrio estático:

∑ F → x = 0     e   ∑ F → y = 0      

Passo 3

Vamos analisar as forças em x :

F → C x - T → 1 x - T → 2 x = 0     ⟹         F → C x = T → 1 x + T → 2 x       I

Passo 4

Vamos colocar as forças em função das resultantes: F → C   e   T → 1   e   T → 2 :

Como o tendão é o mesmo em toda a extensão, é como se fosse um fio ideal em uma polia, com isso sabemos que: T → 1 = T → 2 = T → :

T → 1 x = T → ⋅ cos ⁡ 37 ° o T → 2 x = T → ⋅ cos ⁡ 80 ° z F → C x = F → C ⋅ cos ⁡ θ         ⟹       Subst. tudo em   I :

F → C ⋅ cos ⁡ θ = T → ⋅ cos ⁡ 37 ° + T → ⋅ cos ⁡ 80 °       I I

Passo 5

Vamos analisar agora, as forças em y :

F → C y + T → 1 y - T → 2 y = 0     ⟹         F → C y = T → 2 y - T → 1 y       I I I

Passo 6

Semelhante o que fizemos em x , vamos fazer em y , colocar as forças em função das resultantes: F → C   e   T → 1   e   T → 2 , usando as mesmas condições:

T → 1 y = T → ⋅ sin ⁡ 37 ° o T → 2 y = T → ⋅ sin ⁡ 80 ° z F → C y = F → C ⋅ sin ⁡ θ ⟹       Subst. tudo em   I I I :

Voltando para a expressão acima, nossa equação de equilíbrio em y , fica assim:

F → C ⋅ sin ⁡ θ = T → ⋅ sin ⁡ 80 ° - T → ⋅ sin ⁡ 37 °       I V

Passo 7

Como o valor de T → é fornecido no enunciado, temos duas equações com duas incógnitas:

F → C ⋅ cos ⁡ θ = T → ⋅ cos ⁡ 37 ° + T → ⋅ cos ⁡ 80 °     ( I I ) 0 F → C ⋅ sin ⁡ θ = T → ⋅ sin ⁡ 80 ° - T → ⋅ sin ⁡ 37 °     ( I V )

Primeiro passo a partir de agora, é ver se conseguimos através de alguma operação elementar, eliminar uma das duas incógnitas:

Se optarmos por dividir I V I I , eliminaremos F → C e determinamos θ , pois sin ⁡ θ cos ⁡ θ = tan ⁡ θ , vamos efetuar a divisão:

Passo 8

F → C ⋅ sin ⁡ θ F → C ⋅ cos ⁡ θ = T → ⋅ sin ⁡ 80 ° - T → ⋅ sin ⁡ 37 ° T → ⋅ cos ⁡ 37 ° + T → ⋅ cos ⁡ 80 °    

colocando T → em evidência no lado direito, simplificamos a equação ainda mais:

tan ⁡ θ = T → ⋅ sin ⁡ 80 ° - sin ⁡ 37 ° T → ⋅ cos ⁡ 37 ° + cos ⁡ 80 °       ⟹       θ = arctan ⁡ sin ⁡ 80 - sin ⁡ 37 ° cos ⁡ 37 ° + cos ⁡ 80 °     ⟹       θ = 21,5 °

Passo 9

Subst. θ   em uma das equações I   o u   I I , determinamos F → C :

lembrando que T → = 160 N

Usando a equação I , temos:

F → C ⋅ cos ⁡ θ = T → ⋅ cos ⁡ 37 ° + T → ⋅ cos ⁡ 80 °     ⟹       F → C = T → ⋅ ⋅ cos ⁡ 37 ° + cos ⁡ 80 ° cos ⁡ θ

Subst. os valores numéricos:

F → C = 160 ⋅ ⋅ cos ⁡ 37 ° + cos ⁡ 80 ° cos ⁡ 21,5 °      

Resposta

  F → C ≅ 167,20 N

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