Pode-se fazer estudos cristalográficos com prótons? E com nêutrons?

Passo 1

Primeira coisa que você deve lembrar: o comprimento de onda de uma partícula com momento p é dado por

λ = h p

Portanto, quanto maior o momento, menor o comprimento de onda!

Além disso, para que seja possível fazer estudos cristalográficos, o feixe incidente deve sofrer difração no cristal. Para que isso ocorra, o comprimento de onda deve ser da mesma ordem de grandeza do espaçamento da rede cristalina. O elétron tem um comprimento de onda que casa perfeitamente com essa situação!

Passo 2

Os nêutrons, por serem mais massivos que os elétrons, tem um comprimento de onda menor que os elétrons. Assim, o comprimento de onda está ordens de grandeza abaixo do espaçamento da rede, de modo que não verificamos a difração, da mesma forma que não verificamos a difração da luz ao atravessar uma porta. Isso também vale para os prótons.

Com isso, é muito difícil fazer estudos cristalográficos com prótons e nêutrons.

Resposta

É difícil.

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