Enunciado

10.22 Determine o momento de inércia da área em relação ao eixo x .

Passo 1

A fórmula do momento de inércia em relação ao eixo x é

I x = ∫ A y 2 d A

Mas se a gente tentar pegar um elemento infinitesimal de área paralelo ao eixo x , vamos ter que isolar o x para deixar tudo em função de y e calcular aquela integral. E ai vamos ter um problemão, porque o x tá dentro do cosseno e não vamos conseguir isolar ele.

Por isso, vamos escolher um elemento infinitesimal de área, que seja paralelo ao eixo y :

Os pontos desse elemento de área não se encontram à mesma distância do eixo x então vamos precisar o teorema dos eixos paralelos para cada elemento de área. A gente sabe que o momento de inercia de um retângulo, em relação ao eixo x do seu centroide, é igual a

I = 1 12 ⋅ b h 3

A base do retângulo é d x , sua altura é y . Então o momento de inercia no centroide do retângulo é

d I x ' = 1 12 ⋅ d x ⋅ y 3

Pelo teorema dos eixos paralelos:

d I x = d I x ' + d A y - 2

Onde y - é a coordenada do centroide do elemento de área, que vale y / 2 e d A   é igual a y d x . Então:

d I x = 1 12 ⋅ d x ⋅ y 3 + y d x ⋅ y 2 2

d I x = y 3 12 d x + y 3 4 d x

d I x = y 3 3 d x

Sabemos que y = 2 cos ⁡ π 8 x , logo

d I x = 2 cos ⁡ π 8 x 3 3 d x

d I x = 8 3 ⋅ cos 3 ⁡ π 8 x d x

Passo 2

Então, a fórmula para calcularmos o momento de inercia total, vai ficar:

I x = ∫ d I x

Nós vamos integrar de - 4 a 4 :

I x = ∫ - 4 4 8 3 ⋅ cos 3 ⁡ π 8 x d x

I x = 8 3 ∫ - 4 4 cos 3 ⁡ π 8 x d x

Aqui vamos ter que lembrar de umas coisinhas de Cálculo 1

Passo 3

Primeiro vamos usar substituição:

u = π 8 x

d u = π 8 d x

d x = 8 π d u

Os limites de integração vão ficar assim:

Para x = - 4

u = π 8 - 4

u = - π 2

E para x = 4

u = π 8 4

u = π 2

A integral vai ficar dessa forma:

I x = 8 3 ∫ - π / 2 π / 2 cos 3 ⁡ u 8 π d u

Tirando a constante para fora da integral

I x = 8 3 ⋅ 8 π ∫ - π / 2 π / 2 cos 3 ⁡ u d u

I x = 64 3 π ∫ - π / 2 π / 2 cos 3 ⁡ u d u

Passo 4

Vamos separar o cosseno ao cubo dessa forma:

I x = 64 3 π ∫ - π / 2 π / 2 cos 2 ⁡ u ⋅ cos ⁡ u d u

Sabemos pelas relações trigonométricas que

sen 2 ⁡ u + cos 2 ⁡ u = 1

cos 2 ⁡ u = 1 - sen 2 ⁡ u

Substituindo isso na integral

I x = 64 3 π ∫ - π / 2 π / 2 1 - sen 2 ⁡ u ⋅ cos ⁡ u d u

Agora, nós vamos usar substituição mais uma vez. Se falarmos que

v = sen ⁡ u

Então

d v = cos ⁡ u d u

e

v 2 = sen 2 ⁡ u

Os limites de integração vão ficar

Para u = - π / 2

v = sen ⁡ - π 2

v = - 1

E para u = π / 2

v = sen ⁡ π 2

v = 1

A equação vai ficar:

I x = 64 3 π ∫ - 1 1 1 - v 2 d v

Passo 5

Agora é uma integral simples de resolver

I x = 64 3 π ∫ - 1 1 1 - v 2 d v

I x = 64 3 π v - v 3 3 - 1 1

I x = 64 3 π 1 - 1 3 3 - - 1 - - 1 3 3

I x = 64 3 π 1 - 1 3 + 1 - 1 3

I x = 64 3 π 3 - 1 + 3 - 1 3

I x = 64 3 π ⋅ 4 3

I x = 9,05   m 2

Resposta

I x = 9,05   m 2

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