Enunciado

68. Quando y é nulo, as molas estão esticadas 1,5   p é . Determine a distância y se uma força F = 60   l b for aplicada nos pontos A e B , como mostrado na figura. As extremidades das cordas C A D e C B D estão presas aos anéis em C e D .

Passo 1

Para achar essa força que o enunciado pede, vamos usar o fato do sistema está em equilíbrio, ao nosso favor, logo:

∑ F x = 0

∑ F y = 0

Mas para usarmos isso temos que decompor as forças exercidas pelas cornas em sus componentes x e y .

Uma coisa a se notar antes de continuarmos, é que o nosso sistema é simétrico tanto em x , quanto em y , quer dizer que tudo que acontece de um lado, acontece do outro, então podemos escolher os pontos A e C para analisar as condições de equilíbrio e podemos analisar a condição da direção x em C e a condição da direção y em A .

Temos que decompor a forças realizada pelas cordas T em suas componentes x e y para podermos usar as equações acima.

Faremos isso utilizando o ângulo que a força T faz com a horizontal, que chamaremos de θ .

Das equações de equilíbrio iremos encontrar um valor para θ , com esse valor, vamos usar trigonometria para encontrar y .

Como θ é o ângulo que a força T de tração de cada corda faz com a horizontal, então olhando a figura, temos que:

y 2 = 2 sin ⁡ θ

Vamos analisar essas equações então.

Passo 2

Primeiro vamos analisar o ponto A , então temos que:

∑ F y = 0

60 - T sin ⁡ θ - T sin ⁡ θ = 0

⇒ 60 - 2 T sin ⁡ θ = 0

⇒ T = 30 sin ⁡ θ

Encontramos um resultado bem útil, que pode nos ajudar na próxima análise.

Passo 3

Vamos analisar o ponto C , então temos que:

∑ F x = 0

- F E + T cos ⁡ θ + T cos ⁡ θ = 0

Onde F E é a força elástica, substituindo o resultado do passo 2 nessa equação, temos:

- F E + 30 sin ⁡ θ cos ⁡ θ + 30 sin ⁡ θ cos ⁡ θ = 0

⇒ F E = 60 cos ⁡ θ sin ⁡ θ

Mas e agora, quem é F E ? Bem, ela é a força elástica, como já foi dito, e a força elástica é dada por:

F e = k s

Onde s é o deslocamento da mola da posição inicial para posição final e k é a constante de rigidez da mola que no caso vale 40   l b / p é . Então precisamos achar o valor de s .

Passo 4

Como foi dito no passo anterior, s é o deslocamento da posição inicial até a posição final.

Segundo o enunciado, a mola está relaxada quando y = 0 as molas estão esticadas 1,5   p é , então essa é a posição inicial da mola, falta a final agora.

Quando y = 0 a distância entre C e D é igual a 4   p é s (só olhar a figura), mas quando y é um certo valor a distância entre esses dois pontos vale 2 cos ⁡ θ + 2 cos ⁡ θ = 4 cos ⁡ θ , então a distância de C até o ponto médio de C D é essa diferença divido por 2 . Esse resultado é igual ao quanto foi adicionado no comprimento da mola. Então:

4 - 4 cos ⁡ θ 2 = 2 - 2 cos ⁡ θ

Então temos que:

s = 1,5 + 2 - 2 cos ⁡ θ

Tendo s podemos dizer F E vale:

F E = 40 ( 1,5 + 2 - 2 cos ⁡ θ )

Passo 5

Então usando a seguinte equação do passo 3 :

F E = 60 cos ⁡ θ sin ⁡ θ

Com o resultado obtido no passo 4 , temos:

40 ( 1,5 + 2 - 2 cos ⁡ θ ) = 60 cos ⁡ θ sin ⁡ θ

⇒ 40 1,5 + 2 - 2 cos ⁡ θ sin ⁡ θ cos ⁡ θ = 60

⇒ 3,5 tan ⁡ θ - 2 cos ⁡ θ = 1,5

Infelizmente caímos em uma equação que não tem solução analítica, ela só é resolvida através de tentativa e erro ou numericamente com o uso de programas matemáticos. Utilizando um desses dois métodos é possível encontrar que:

θ = 37,9 °

Passo 6

Agora que temos o ângulo θ vamos usar a fórmula mencionada no passo 1 para acharmos y .

y 2 = 2 sin ⁡ θ

⇒ y = 4 sin ⁡ 37,9 °

= 2,45   p é s

Resposta

y = 2,45   p é s

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