Enunciado

136. Ar a 45   p s i a e 940   ° F   entra com baixa velocidade em um bocal adiabático, saindo a 650   p é s / s . Considerando que a eficiência isentrópica do bocal é de 85 % , determine a temperatura de saída e a pressão do ar.

Passo 1

Olha só! Inicialmente, para se resolver esse problema, vamos destacar alguns pontos importantes que podemos perceber em nosso enunciado...

A primeira coisa perceptível, é que este nosso processo, é um processo de fluxo constante pois não há alterações significativas com o tempo.

A segunda coisa importante, é que alterações decorrentes dos efeitos de energia potencial, são desprezíveis.

A terceira, é que o bocal é adiabático, e portanto a transferência de calor é insignificante.

E por último e mais importante, consideraremos o ar um gás ideal com aquecimentos específicos constantes.

Passo 2

Terminada essa parte introdutória, que é chatinha, mas extremamente importante bora por a mão na massa de verdade.

Olha só! Como estamos trabalhando com B t u , l b m , etc... A temperatura precisa estar em R a n k i n e   ( R ) .

No caso da entrada, teremos que na entrada em ( 1 ) ...

T 1 R = T 1 ° F - 32 + 491,67

T 1 R = 940 - 32 + 491,67

T 1 = 1400   R

Nessa temperatura, olhando a tabela A - 17 E , tiramos que...

T 1 = 1400   R → h 1 = 342,90   B t u / l b m ,     P r 1 = 42,88

Passo 3

Há apenas uma entrada e uma saída em nosso sistema. Sendo assim...

m ˙ 1 = m ˙ 2 = m ˙

Tomamos o bocal como sistema, que é um volume de controle, uma vez que a massa atravessa a fronteira. Observando que uma corrente de fluido entra e sai do bocal, o balanço de energia para este sistema de fluxo constante pode ser expresso na forma de taxa como...

E ˙ e n t r a d a - E ˙ s a í d a ⏟ T a x a   d a   e n e r g i a   l í q u i d a   t r a n s f e r i d a   p o r   c a l o r ,   t r a b a l h o   e   m a s s a = ∆ E s i s t e m a ⏟ T a x a   d e   v a r i a ç ã o   d a s   e n e r g i a s   i n t e r n a ,   c i n é t i c a ,   p o t e n c i a l ,   e t c

Como a nossa compressão ocorre em regime permanente...

∆ E s i s t e m a = 0

E ficamos com...

E ˙ e n t r a d a - E ˙ s a í d a = 0

E ˙ e n t r a d a = E ˙ s a í d a

Como vamos considerar o efeito da energia cinética nesse nosso caso, então...

m ˙ h 1 + m ˙ V 1 2 2 = m ˙ h 2 + m ˙ V 2 2 2

A velocidade V 1 de entrada é baixa, pelo que iremos considerar como sendo zero. Desse modo...

m ˙ h 1 = m ˙ h 2 + m ˙ V 2 2 2

h 1 = h 2 + V 2 2 2

Isolando h 2 ...

h 2 = h 1 - V 2 2 2

E susbituindo os valores numéricos de cada variável,

h 2 = 342,90   B t u / l b m - ( 650   p é s / s ) 2 2

Não esquecendo que...

1   B t u / l b m = 25,037   p é s / s 2

Obtemos o seguinte valor:

h 2 = 342,90   B t u / l b m - ( 650   p é s / s ) 2 2 ⋅ 1   B t u / l b m 25,037   p é s / s 2

h 2 = 334,46   B t u / l b m

Para esse valor de entalpia, olhando a tabela vemos que a temperatura correspondente será....

T 2 a = 1368   R

Passo 4

Em seguida, vamos usar a relação de eficiência isentrópica abaixo

n N = h 2 a - h 1 h 2 s - h 1

Isolando h 2 s ...

h 2 s = h 1 + h 2 a - h 1 n N

E substituindos os valores de cada variável...

h 2 s = 342,90   B t u / l b m + 334,46   B t u / l b m - 342,90   B t u / l b m 0,85

h 2 s = 332,96   B t u / l b m

Para essa entolpia, temos que...

P r 2 = 3 8,62

Passo 5

Pra finalizar, bora utilizar a relação abaixo...

P r 2 P r 1 = P 2 P 1

P 2 = P r 2 P r 1 ⋅ P 1

Susbtituindos os valores que já temos...

P 2 = 38,62   42,88 ⋅ ( 45   p s i a )

P 2 = 40,5   p s i a

Pronto! Resposta obtida!

Resposta

P 2 = 40,5   p s i a

Ver Outros Exercícios desse livro