Enunciado

A tensão senoidal retificada de onda completa, indicada na figura a, é aplicada ao filtro passa baixas da figura b. Obtenha a tensão de saída v 0 t do filtro.

Passo 1

Essa questão vai ser lonnnnga! Já vou avisando haha

Primeiro, devemos perceber quo período L da função v s é π ...

L = π

Onde de 0 a π ela é uma crista de um seno:

0 ≤ t ≤ π           →         v t = sin ⁡ t

Perceba que seno de π é 0 , o que corresponde certinho com a nossa curva !

Primeiro vamos ter que descrever esse sinal periódico em termos de cossenos (série de Fourier) e para isso, temos que encontrar os seus coeficientes encontrados assim:

a 0 = 1 L ∫ 0 L v t d t  

a n = 2 L ∫ 0 L v t cos ⁡ n π t d t  

b n = 2 L ∫ 0 L v t sin ⁡ n π t d t

Passo 2

Primeiro calculemos o a 0 ...

a 0 = 1 L ∫ 0 L v t d t   →

a 0 = 1 π ∫ 0 π sin ⁡ t d t = 1 π - cos ⁡ t 0 π =

2 π

Agora vamos encontrar a n :

a n = 2 π ∫ 0 π v t cos ⁡ n π t π d t   →

a n = 2 π ∫ 0 π sin ⁡ t cos ⁡ n t d t   →

Calculando essa integral por partes vamos obter...

a n = 2 π n sin ⁡ t sin ⁡ n t + cos ⁡ t cos ⁡ n t n 2 - 1 0 π →

Agora vem a substituição. Ora de se tomar cuidado aonde você vai substituir...

a n = 2 π cos ⁡ n π + 1 1 - n 2

Lembrando que cos ⁡ n π é - 1 para n ímpar e 1 para os pares, a gente ganha o seguinte:

a n = 0 ,           n   é   í m p a r                       →                 a 2 n - 1 = 0   2 π 2 1 - n 2 ,         n   é   p a r   →         a 2 n = - 4 π 1 4 n 2 - 1

Podemos encontrar b n por cálculos semelhantes...

b n = 2 L ∫ 0 L v t sin ⁡ n π t d t    

Mas como se trata de uma onda periódica de simetria par (ela tem simetria no eixo y ), então...

b n = 0

Passo 3

Beleza! Com esses coeficientes calculados, podemos determinar qual é o nosso sinal v s apenas por cossenos lembrando-se da definição de Fourier para apenas cossenos:

v s t = a 0 + ∑ n = 1 ∞ a n cos ⁡ n π t π =

a 0 + ∑ n = 1 ∞ a n cos ⁡ n t

Como a n foi separado em a 2 n - 1 e a 2 n ...

a n = 0 ,           n   é   í m p a r                       →                 a 2 n - 1 = 0   2 π 2 1 - n 2 ,         n   é   p a r   →         a 2 n = - 4 π 1 4 n 2 - 1

Vamos separar o somatório também:

v s = a 0 + ∑ n = 1 ∞ a 2 n - 1 cos ⁡ 2 n - 1 t + ∑ n = 1 ∞ a 2 n cos ⁡ 2 n t →

v s = a 0 + ∑ n = 1 ∞ - 4 π 1 4 n 2 - 1 cos ⁡ 2 n t →

Não se esqueça do a 0 ...

v s = 2 π - 4 π ∑ n = 1 ∞ 1 4 n 2 - 1 cos ⁡ 2 n t

Passo 4

Bem, pelo fato da equação de cima ter uma constante a parte, isso significa que o nosso circuito vai possuir uma componente D C :

v s = 2 π

A parte oscilatória a componente A C :

v s = - 4 π ∑ n = 1 ∞ 1 4 n 2 - 1 cos ⁡ 2 n t

Vamos primeiro trabalhar com a componente D C .

Passo 5

Ora, sabemos que para um circuito D C ( v = 2 / π ), o capacitor é um circuito aberto e o indutor um curto:

v 0 = v e n t =

2 π

Passo 6

Agora vamos resolver para as componentes A C . Nesse caso é considerado o circuito todo...

E como a gente está lidando com domínio da frequência é conveniente mudarmos para o munda das impedâncias...

Z r 1 = 1 0 Ω

Z c = 1 j ω C

Z l = j ω L

Onde esse ω nada mais é do que as frequências discretas (o cara que multiplica t no cosseno):

ω = 2 n

Então...

Z r 1 = 10 Ω

Z c = - j 5 n

Z l = j 4 n

Enfim, pela divisão de corrente...

Z = 10 | | - j 5 n = - j 10 / ( 2 n - j )  

V 0 = Z Z + j 4 n V e n

Sendo V e n ...

v s = - 4 π ∑ n = 1 ∞ 1 4 n 2 - 1 cos ⁡ 2 n t   →

V e n = - 4 π 1 4 n 2 - 1 ∠ 0 °

Então...

V 0 = - j 10 V e n 4 + j 8 n - 10   →

V 0 = - j 10 4 + j 8 n - 10   - 4 π 1 4 n 2 - 1 ∠ 0 °   →

V 0 = - 40 ∠ ( 90 ° - arctan ⁡ 2 n - 2,5 ) π 4 n 2 - 1 16 + 8 n - 10 2

Passo 7

Parece que acabou, pois encontramos o V 0 , na verdade o que encontramos foram dois V 0 : um D C :

V 0 = 2 π

E um A C :

V 0 = - 40 4 n 2 - 1 16 + 8 n - 10 2 ∠ ( 90 ° - arctan ⁡ 2 n - 2,5 )

No domínio da frequência eles não se misturam, mas se passarmos para o domínio do tempo t ...

v 0 = 2 π + 1 2 ∑ n = 1 ∞ V n cos ⁡ n π t - θ n

Onde...

V n = - 40 4 n 2 - 1 16 + 8 n - 10 2

θ n = ( 90 ° - arctan ⁡ 2 n - 2,5 )

Elas se misturam. E essa é a resposta final já que nos dá uma única resposta para o v 0 pedido.

Resposta

v 0 = 2 π + 1 2 ∑ n = 1 ∞ V n cos ⁡ n π t - θ n

Onde...

V n = - 40 4 n 2 - 1 16 + 8 n - 10 2

θ n = ( 90 ° - arctan ⁡ 2 n - 2,5 )

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