Explique porque o Ciclo de Krebs é considerado uma via anfibólica. Levando em consideração a glicólise e o ciclo de Krebs, diga qual é o saldo energético obtido a partir de uma molécula de glicose.

Passo 1

Então, a gente tem um exercício que pede para explicar por que o Ciclo de Krebs é considerado uma via anfibólica. Além disso, precisa calcular o saldo energético obtido a partir de uma molécula de glicose, levando em conta a glicólise e o Ciclo de Krebs. A matéria aqui é bioenergética, especificamente as vias metabólicas de obtenção de energia nas células. Para resolver isso, vamos precisar entender o que é uma via anfibólica, como funciona a glicólise e o Ciclo de Krebs, e como calcular o saldo energético dessas vias.

Passo 2

Primeiro, vamos entender o que é uma via anfibólica. O termo “anfibólico” vem de “ambi” que significa dois, indicando que essa via tem duas funções principais. No caso do Ciclo de Krebs, ele não só participa na produção de energia, mas também fornece intermediários para a síntese de outros compostos importantes para a célula. Isso significa que o Ciclo de Krebs está envolvido tanto no catabolismo (quebra de moléculas para liberar energia) quanto no anabolismo (síntese de moléculas necessárias).

Passo 3

Agora, vamos falar sobre a glicólise. A glicólise é a primeira etapa da respiração celular, onde uma molécula de glicose ( C6H12O6) é quebrada em duas moléculas de piruvato, produzindo uma pequena quantidade de energia na forma de ATP e NADH. A glicólise ocorre no citoplasma da célula e não precisa de oxigênio, ou seja, é uma via anaeróbica.

Passo 4

Depois da glicólise, os piruvatos entram na mitocôndria e são convertidos em acetil-CoA, que é a molécula que entra no Ciclo de Krebs. No Ciclo de Krebs, cada acetil-CoA passa por uma série de reações que produzem mais NADH e FADH2, que são transportadores de elétrons. Esses elétrons serão usados na cadeia de transporte de elétrons para gerar ATP de forma mais eficiente.

Passo 5

Agora, vamos calcular o saldo energético a partir de uma molécula de glicose. Na glicólise, cada molécula de glicose gera 2 moléculas de piruvato, produzindo 2 ATP e 2 NADH. Cada piruvato convertido em acetil-CoA gera 1 NADH, totalizando 2 NADH. No Ciclo de Krebs, para cada acetil-CoA, são produzidos 3 NADH, 1 FADH2 e 1 GTP (que equivale a 1 ATP). Como temos 2 acetil-CoA por glicose, isso dá 6 NADH, 2 FADH2 e 2 ATP.

Passo 6

Para finalizar, vamos somar toda a energia produzida. Na glicólise, temos 2 ATP diretamente e mais energia dos NADH. No Ciclo de Krebs, temos 2 ATP diretamente e mais energia dos NADH e FADH2. Considerando que cada NADH pode gerar aproximadamente 2,5 ATP e cada FADH2 cerca de 1,5 ATP na cadeia de transporte de elétrons, o total fica em torno de 30 ATP por molécula de glicose.

Resposta

O Ciclo de Krebs é considerado uma via anfibólica porque participa tanto na produção de energia quanto na síntese de outros compostos essenciais para a célula. Considerando a glicólise e o Ciclo de Krebs, o saldo energético obtido a partir de uma molécula de glicose é aproximadamente 30 ATP.

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