Alguns radionuclídeos decaem capturando um dos elétrons atômicos, que pode pertencer a cada K ou (mais raramente) a camada L. Um exemplo desse tipo de radiação é

Mostre que a energia de desintegração para este processo, supondo que o elétron capturado pertencia a camada K, é dado por

Em que são as massas atômicas de e do , respectivamente, e é a energia de ligação de um elétron da camada K do vanádio. (Sugestão: chame as massas nucleares correspondente de e some um número de elétrons suficientes para que seja possível usar as massas atômicas.)

Note que a nova expressão de envolve massas atômicas em vez de massas nucleares e se baseia na suposição (se forem usados os valores de e encontrados nas tabelas) de que os átomos se encontram no estado fundamental, o que, neste caso, como será discutido a seguir, não é verdade. A questão agora é a seguinte: é razoável fazermos , como no Exemplo “Determinação do valor de para um decaimento beta a partir das massas?” A resposta é “não”. O átomo de titânio é criado em um estado excitado, com uma energia bem maior que a do estado fundamental, já que o elétron foi capturado de uma camada interna, na qual o valor absoluto na energia, , é considerável para grandes valores de . Como a energia de um elétron da camada do titânio (na qual, logo após o decaimento, existe uma “lacuna” que deve ser preenchida através de uma reorganização de toda a nuvem eletrônica) é praticamente igual à energia de um elétron da camada do vanádio, podemos escrever:

Assim: