Enunciado

Considere uma partícula se movendo sob influência do potencial V x = C   x , onde C é uma constante, que está ilustrado na figura 5-21.

a) Use argumentos qualitativos, bastante semelhantes aos do exemplo 5-12, para fazer um esboço da primeira autofunção e da décima autofunção para o sistema.

b) Faça um esboço das duas funções densidade de probabilidade correspondentes.

c) Use então a mecânica clássica para calcular, da forma feita no exemplo 5-6, as funções densidade de probabilidade previstas por esta teoria.

d) Trace um gráfico das funções densidade de probabilidade clássicas juntamente com as funções densidade de probabilidade quânticas.

Passo 1

Fala galerinha, beleza?

Começamos escrevendo a equação de Schroedinger independente do tempo:

- ℏ 2 2 m d 2 ψ d x 2 + V   ψ = E   ψ → d 2 ψ d x 2 = - 2 m ℏ 2 E - V   ψ

Substituindo V = C x , temos

d 2 ψ d x 2 = - 2 m ℏ 2 E - C x   ψ

O comportamento qualitativo vai ser determinado pela diferença de energia E - C x .

Para E - C x > 0 , o comportamento da função de onda é oscilatório, enquanto para E - C x < 0 , o comportamento passa a ser um decaimento exponencial. Assim, para x tal que x < E / C , a função de onda oscila e para x > E / C , ela decai exponencialmente até 0 para x → ± ∞ .

Para entender melhor o comportamento oscilatório, basta lembrar que o n-ésimo estado tem n - 1 nós. Portanto, a primeira autofunção tem 1 - 1 = 0 nós, enquanto a décima autofunção tem 10 - 1 = 9 nós. Assim, podemos fazer o esboço das autofunções ψ x :

Observe que a primeira autofunção não corta o eixo x por não apresentar nenhum nó. O movimento oscilatório ocorre apenas entre - E / C < x < E / C .

Passo 2

Para as densidades de probabilidade, basta tomar o quadrado da função de onda. Qualitativamente, isso significa rebater a parte negativa das funções de onda para cima do eixo x :

Passo 3

Como discutido no exemplo 5-6 do livro, a densidade de probabilidade clássica é dada por

P = B 2 v

A conservação de energia nos dá

E = m v 2 2 + C x → v = 2 E - C x m

Assim,

P = B 2 ⋅ m 2 ⋅ 1 E - C x

Para achar a constante de normalização B 2 , fazemos

∫ x m i n x m a x P   d x = 1

Classicamente, os valores de x m i n e x m a x ocorrem quando v = 0 :

x = E C → x m i n = - E C             e           x m a x = E C

Assim,

∫ - E / C E / C B 2 ⋅ m 2 ⋅ 1 E - C x   d x = 1

Como o integrando é uma função par:

2   B 2 m 2 ∫ 0 E / C 1 E - C x   d x = 1

Observe que como estamos integrando num intervalor com x > 0 , fiz a substituição x = x . Desta forma, temos

2 B 2   m 2   - 2 E - C x C 0 E / C = 1

Ou ainda,

4 B 2   m 2 E C = 1 → B 2 B 2   m 2 = C 4 E

Portanto,

P = C 4 E ⋅ 1 E - C x

A seguir plotamos essa distribuição de probabilidades:

Resposta

Esboço de gráficos.

P = C 4 E ⋅ 1 E - C x

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