Enunciado

Um elétron, com uma energia total E e , sofre uma colisão central com um próton em repouso. Se a energia do elétron for muito grande comparada com sua energia de repouso, o elétron deverá ser tratado relativisticamente, mas, por outro lado, se ela for pequena comparada com a energia de repouso do próton, este poderá receber um tratamento não relativístico. Demonstre, então, que (a) o próton recua com uma velocidade aproximadamente igual a ( 2 E e 2 / m 0 c 2 )   c , (b) a energia transferida do elétron ao próton é 2 E e 2 / m 0 c 2 . Aplique para o caso de o elétron ter uma energia cinética de 100   M e V . [Sugestão: para o elétron, E = c p , enquanto para o próton E k = p 2 / 2 m . Note também que, se o próton se move para frente, o elétron volta em sentido oposto, de modo que o sentido da sua quantidade de movimento é invertido]

Passo 1

E aí, beleza?? Vamos levar em consideração a sugestão fornecida, pois o elétron está muito energético no início e, como o próton possui uma massa muito superior à do elétron, este adquirirá uma pequena quantidade de energia. Assim, temos, da conservação do momento e da energia:

E e + E p = E e ' + E p '

P e = P p - P e '

Da sugestão, vem:

P e c = P e ' c + P p 2 2 m 0

Passo 2

Dessa maneira, podemos eliminar o momento do elétron após a colisão, P e ' :

2 P e = P p + P p 2 2 m 0 c

Ou seja:

P p 2 2 m 0 c + P p - 2 E e c = 0

Resolvendo, temos:

P p = m 0 c 1 + 4 E e m 0 c 2 - 1 ≈ m 0 c 2 E e m 0 c 2 = γ m 0 v

Ou seja, como γ ≈ 1 , temos:

v ≈ 2 E e m 0 c

Passo 3

E desse modo, a energia transmitida ao próton foi:

E = 1 2 m v 2 = 1 2 m 0 4 E e 2 m 0 2 c 2 ∴ E = 2 E e 2 m 0 c 2

Resposta

Ei, a resposta está no passo a passo :)

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