Enunciado

(a) Faça um cálculo quantitativo do coeficiente de transmissão para uma partícula não ligada se movendo em um poço de potencial quadrado finito. (b) Encontre uma condição para a energia total da partícula que faça com que o coeficiente de transmissão seja igual a um.

Passo 1

Fala galerinha, beleza?

Considerando E > V 0 , nas regiões dentro do poço teremos

- ℏ 2 2 m d 2 ψ d x 2 = E ψ → d 2 ψ d x 2 = - 2 m E ℏ 2 ψ

Já nas regiões fora do poço:

- ℏ 2 2 m d 2 ψ d x 2 + V 0 ψ = E ψ → d 2 ψ d x 2 = - 2 m E - V 0 ℏ 2 ψ

Isso nos leva a uma solução do tipo:

ψ x = A e - i k 1 x + B e i k 1 x ,               x < - a / 2 C e - i k 2 x + D e i k 2 x ,           - a / 2 < x < a / 2 E e - i k 1 x + F e i k 1 x ,                   x > a / 2

Temos que

k 1 = 2 m E - V 0 ℏ             e             k 2 = 2 m E ℏ

De cara, podemos considerar E = 0 pois consideremos a incidência pela esquerda.

A gente poderia impor a continuidade de ψ e d ψ / d x nos pontos x = ± a / 2 e fazer todas as contas para achar o coeficiente de transmissão. Mas isso daria muito trabalho e podemos usar o resultado do problema 5.

Passo 2

O sistema que tínhamos no problema 5 era:

ψ x = A e i k 1 x + B e - i k 1 x ,                   x < 0 F e - k 2 x + G e k 2 x ,               0 < x < a C e i k 1 x ,                             x > a

Repare que a estrutura é idêntica ao problema que queremos resolver agora, com uma simples modificação: k 2 → i k 2 . O resultado para o coeficiente de transmissão obtido no problema 5 foi:

T p r o b   5 = 1 + 1 4 ⋅ 1 E V 0 1 - E V 0 | sinh 2 ⁡ k 2 a | - 1

A única mudança que temos que fazer aqui é trocar k 2 por i k 2 . Para ver isso em detalhe, lembre-se que

sinh ⁡ x = e x - e - x 2

Assim,

sinh ⁡ i k 2 a = e i k 2 a - e - i k 2 a 2 = i sin ⁡ k 2 a

Portanto,

sinh 2 ⁡ k 2 a = sin 2 ⁡ k 2 a

Logo, obtemos para o problema do poço quadrado:

T = 1 + 1 4 ⋅ 1 E V 0 1 - E V 0 sin 2 ⁡ k 2 a - 1

Passo 3

Para que o coeficiente de transmissão seja um, devemos ter

sin ⁡ k 2 a = 0 → k 2 a = n π

Essa é exatamente a condição do problema anterior para que a probabilidade por unidade de comprimento de encontrar a partícula fora do poço seja igual a de dentro.

Resposta

T = 1 + 1 4 ⋅ 1 E V 0 1 - E V 0 sin 2 ⁡ k 2 a - 1

k 2 a = n π

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