Enunciado

A FIGURA PD23.80 mostra um raio luminoso que se propaga do ponto A ao ponto B. O raio cruza uma interface vertical, na posição x, formando ângulos 81 e 82 com a normal nos dois meios. Suponha que você não conheça a lei de Snell.

Escreva uma expressão para o tempo r que o raio luminoso levaria para ir de A até B. A expressão deve ser uma função das distâncias a, b e w, da variável x e dos índices de refração n 1 e n 2 .

b. O tempo decorrido depende de x. Existe um valor de x para o qual a luz se propaga de A para B no menor tempo possível. Ele é chamado de x m i n . Escreva uma expressão (porém não tente resolvê-la!) para determinar x m i n

c. Agora, usando a geometria da figura, derive a lei de Snell a partir de sua resposta ao item b.

Você provará que a lei de Snell é equivalente ao enunciado de que "a luz que se propaga entre dois pontos segue o caminho que requer o tempo mais curto". Esta maneira interessante de pensar acerca da refração é chamada de princípio de Fermat.

Passo 1

Fala pessoal, tudo certinho? vamos responder mais uma questão, então prepara o material e vamos responder!!!

A - O tempo de viagem do raio de luz do ponto A até o limite é encontrado na equação

t = d 1 v 1 = d 1 c / n 1 = n 1 d 1 c

Onde d1 é a distância percorrida pelo raio de luz do ponto A ao limite d1 é encontrado em termos de a e x aplicando o teorema de Pitágoras

d 1 = x 2 + b 2

Substituindo o d 1   na equação acima

t 1 = n 1 x 2 + a 2 c

O tempo de viagem do raio de luz do ponto b até o limite é encontrado na equação

t 2 = d 2 v 2 = d 2 c / n 2 = n 2 d 2 c

Aplicando novamente o teorema de Pitágoras, nós temos

t 2 = w - x 2 + b 2

Substituindo o d 2 na equação

t 2 = n 2 w - x 2 + b 2   c

o tempo t levado pelo raio de luz para viajar do ponto A ao ponto B é então

t = t 1 + t 2

Expandindo os termos, obtemos o seguinte resultado

t =   n 1 x 2 + a 2 c + n 2 w - x 2 + b 2   c  

Colocando o 1 / c em evidência, temos:

t = 1 c n 1 x 2 + b 2 + n 2 w - x 2 + b 2

Passo 2

B – A expressão para x m i n   pode ser determinada diferenciando t em relação a x e colocando essa derivada como sendo igual a zero, então

d t d x =   0  

Diferenciando em relação a x, nós temos:

d d x 1 c n 1 x 2 + b 2 + n 2 w - x 2 + b 2 = 0

Como 1 c é uma constante, temos que

1 c d d x n 1 x 2 + b 2 + n 2 w - x 2 + b 2

Essa derivada tem como resultado o seguinte

1 2 n 1 x 2 + a 2 - 1 2 2 x + 1 2 n 2 w - x 2 + b 2 - 1 2 2 w - x - 1 = 0

É complicadinha de se visualizar, mas dá para fazer

n 1 x x 2 + a 2 = n 2 ( w - x ) w - x 2 + b 2  

O valor de x pode ser determinado usando essa expressão.

Passo 3

C- Fazendo uma análise dos ângulos, nós temos que existe um cosseno de 90 ° - θ 2 é

cos ⁡ 90 ° - θ 2 = x d 1

Substituindo o d 1 nós temos

cos ⁡ 90 ° - θ 2 = x x 2 + a 2

O cosseno de ( 90 ° - θ 2 ) é exatamente o seno de θ 1

sin ⁡ θ 1 = x x 2 + a 2

Já no caso de seno de θ 2 , temos o complementar

sin ⁡ θ 2 = w - x d 2 = w - x w - x 2 + b 2

Substituindo os termos dos senos, temos exatamente a Lei de Snell

n 1 sin ⁡ θ 1 = n 2 sin ⁡ θ 2

Resposta

a )   t = 1 c n 1 x 2 + b 2 + n 2 w - x 2 + b 2

b )   n 1 x x 2 + a 2 = n 2 w - x w - x 2 + b 2

c )   n 1 sin ⁡ θ 1 = n 2 sin ⁡ θ 2

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