Enunciado

Em um modelo simplificado de um semicondutor não dopado, a distribuição de estados disponíveis pode ser substituída por uma distribuição na qual existem N V estados na banda de valência todos com a mesma energia E V , e N C estados na banda de condução, todos com a mesma energia E C . O número de elétrons na banda de condução é igual ao número de buracos na banda de valência.

(a) Mostre que, para que essa última condição satisfeita, é preciso que

N C e x p ⁡ ( Δ E C / k T )   + 1 = N V e x p ⁡ ( Δ E V / k T )   + 1

em que

Δ E C = E C - E F e Δ E V = - ( E V - E F )

(b) Se o nível de Fermi está aproximadamente a meio caminho entre a banda de valência e a banda de condução e se a distância entre o nível de Fermi e as duas bandas é muito maior que k T , e x p ⁡ ( Δ E C / k T ) + 1 ≈ e x p ⁡ ( Δ E C / k T ) e e x p ⁡ ( Δ E V / k T ) + 1 ≈ e x p ⁡ ( Δ E V / k T ) na equação do item (a). Nessas condições mostre que

E F = ( E C + E V ) 2 + k T   l n ⁡ ( N V / N C ) 2

o que, para N V ≈ N C , significa que o nível de Fermi de um semicondutor não dopado está praticamente a meio caminho entre a banda de valência e a banda de condução.

Passo 1

Recordar é viver, mesmo que não queremos neste momento recordar certas coisas hahah. Mas enfim ...

Em um semicondutor, temos que o número de elétrons na banda de valência é dado por

N e v = N v P E v

onde N V é o número de estados na banda de valência e P ( E ) é a probabilidade de estados ocupados, definido como

P E = 1 e ( E - E F ) / k T + 1

Passo 2

A ideia é, como o número de estados N v é definido pela soma entre o número de elétron N e v mais o número de buracos N b v , então temos que

N b V = N V - N e V = N V 1 - 1 e E V - E F k T + 1 = N V e - ( E V - E F ) / k T + 1

Já para o número de elétrons na banda de condução, temos que

N e c = N c P E c =   N c e ( E C - E F ) / k T + 1

Usando a suposição de N e c = N b v , onde Δ E C = E C - E F e Δ E V = E F - E V

Assim teremos que

N C e x p ⁡ ( Δ E C / k T )   + 1 = N V e x p ⁡ ( Δ E V / k T )   + 1

Passo 3

(b) Se temos que E c - E F ≫ k T então teremos que e ( E c - E F ) / k T ≫ 1 implicando que

e E c - E F k T + 1 ≈ e E c - E F k T  

E consequentemente temos que

e - ( E V - E F ) k T + 1 ≈ e - ( E V - E F ) k T

Reduzindo nossa equação final do passo 2 em

N C e x p ⁡ ( Δ E C / k T ) = N V e x p ⁡ ( Δ E V / k T )

Tomando N V / N C , temos

N V N C = exp ⁡ 2 E F - E V - E C k T

Tomando o ln em ambos os lados, temos

2 E F - E V - E C k T = ln ⁡ N V N C → E F = 1 2 E C - E V - k T 2 ln ⁡ N V N C

Como queríamos demonstrar.

Resposta

Ei, a resposta está no passo a passo :)

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