Sabemos que o BeCl2 polimeriza quando é um sólido anidro mas em solução aquosa ele forma a espécie [Be(H2 O)4] Cl2. Explique, via Teoria da Camada de Valência (TLV), como essas espécies são formadas.

Passo 1

Então, o que a gente tem aqui é o BeCl2. No estado sólido sem água (anhidro), esse composto tende a se polimerizar, ou seja, seus átomos se ligam formando estruturas maiores. Já em solução aquosa, ele forma uma espécie diferente chamada [Be(H2 O)4] Cl2. Para entender isso usando a Teoria da Camada de Valência (TLV), vamos precisar analisar a estrutura eletrônica do beryllium e como ele interage com os ligantes, seja com os próprios Cl ou com as moléculas de água.

Passo 2

Primeiro, vamos olhar para o beryllium ( Be). Ele tem 2 elétrons de valência. No BeCl2, cada átomo de beryllium se liga a dois átomos de cloro ( Cl), formando duas ligações simples. Mas isso não preenche completamente a camada de valência do beryllium, que prefere ter uma configuração mais estável.

Passo 3

Quando o BeCl2 está no estado sólido anidro, cada molécula de BeCl2 compartilha seus elétrons com moléculas vizinhas, formando uma rede polimérica. Isso acontece porque o beryllium busca completar sua camada de valência aceitando pares de elétrons de outras moléculas de BeCl2.

Passo 4

Agora, em solução aquosa, as moléculas de água ( H2O) entram em cena. A água atua como ligante, doando pares de elétrons para o beryllium. Cada molécula de água possui pares de elétrons livres no oxigênio que podem ser compartilhados com o Be^2+. Assim, o beryllium forma ligações de coordenação com quatro moléculas de água, completando sua camada de valência.

Passo 5

Com isso, a estrutura formada em solução aquosa é [Be(H2 O)4] Cl2. Aqui, o íon Be^2+ está centralizado e rodeado por quatro moléculas de água, enquanto os dois íons Cl^- permanecem livres na solução para balancear a carga.

Resposta

Usando a Teoria da Camada de Valência, vemos que no estado anidro, o BeCl2 polimeriza compartilhando elétrons para completar a camada de valência do beryllium. Já em solução aquosa, as moléculas de água atuam como ligantes, doando pares de elétrons para formar a espécie [Be(H2 O)4] Cl2, satisfazendo assim as necessidades eletrônicas do beryllium.

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