Enunciado

A temperatura num ponto de uma bola com condutividade K é inversamente proporcional à distância do centro da bola. Encontre a taxa de transmissão de calor através da esfera S de raio a com centro no centro da bola.

Passo 1

Faaaala galerinha, tudo beleza com vocês!? Vamos nessa!

Nosso objetivo é determina a taxa de transmissão de calor através da superfície S , essa superfície é uma bola de raio a .

Também sabemos que a temperatura num ponto de uma bola com condutividade K é inversamente proporcional à distância do centro da bola.

Vamos começar pessoal! Importante saber que uma bola, nada mais é que uma esfera. Logo, temos:

Como a temperatura em um ponto da bola é inversamente proporcional à distância do centro da bola, temos que:

T x , y , z = C x 2 + y 2 + z 2

Essa relação que definimos acima, alguns autores acrescentam uma constante C , chamada de constante de proporcionalidade. Vamos manter ela, pois não vai interferir nas operações.

Pessoal, se a temperatura em um ponto ( x , y , z ) é dada por T ( x , y , z ) , então a taxa de transmissão de calor é dada pelo campo vetorial:

F → = - K ∇ → T

onde K é uma constante determinada experimentalmente e é conhecida como condutividade da substância.

E ∇ → T é o gradiente da temperatura:

∇ → T = ∂ T ∂ x i + ∂ T ∂ y j + ∂ T ∂ z k

Assim, a taxa de transmissão de calor através da superfície S é dada pela integral de superfície:

∬ F → . d S →

Essa integral, podemos reescrever como:

∬ F → . d S → = ∬ F → . n → d S

onde n → é o vetor unitário normal. Ele pode ser definido da seguinte maneira:

n → = 1 a ( x i + y j + z k )

Conforme o exemplo 6 do livro, na página 1132 , essa é uma possível parametrização da normal para uma esfera.

Agora já temos todas as informações! É só organizar e montar a integral!

Bora lá!

Passo 2

Vamos começar determinando nosso campo F → :

F → = - K ∇ → T

Como vimos, a distribuição de temperatura pode ser escrita como:

T x , y , z = C x 2 + y 2 + z 2

Devemos aplicar o gradiente em T x , y , z :

∇ → T = ∂ T ∂ x i + ∂ T ∂ y j + ∂ T ∂ z k

Fazendo as derivadas em relação a x , y   e   z ficamos com:

∇ → T = - 2 x 2 x 2 + y 2 + z 2 i - 2 y 2 x 2 + y 2 + z 2 j - 2 z 2 x 2 + y 2 + z 2 k

Assim, podemos escrever o campo vetorial como

F → = K C x i + y j + z k x 2 + y 2 + z 2

Conforme vimos também, o vetor normal a superfície da esfera de raio a pode ser escrito como:

n → = 1 a ( x i + y j + z k )

Passo 3

Portanto, agora vamos focar em montar a integral:

∬ F → . d S → = ∬ F → . n → d S

Substituindo na integral os termos que encontramos no passo anterior, vamos ter:

∬ F → . d S → = ∬ K C x + y + z a x 2 + y 2 + z 2 3 2 d S

∬ F → . d S → = ∬ K C a x 2 + y 2 + z 2 d S

Note que para os pontos na superfície S , nós temos: x 2 + y 2 + z 2 = a 2

Assim, a integral fica:

∬ F → . d S → = ∬ K C a a 2 d S

∬ F → . d S → = ∬ K C a 2 d S

Repare que todos os termos na integral são constantes. Logo, podemos escrever:

∬ F → . d S → = K C a 2 ∬ d S

Notem que ∬ d S é a área superficial da esfera, da qual a gente conhece a formula. Que é:

A s u p ⁡ _ e s f e r a = 4 π a 2

Logo,

∬ F → . d S → = K C a 2 4 π a 2

Por fim, concluímos que a taxa de transmissão de calor através da superfície S é:

∬ F → . d S → = 4 π K C

Resposta

∬ F → . d S → = 4 π K C

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