Dê um exemplo de operador linear diagonalizável T sobre R cujo núcleo é gerado pelo elemento u=(1,0,1).

Passo 1

Beleza, vamos começar resumindo o que a questão está pedindo. A gente precisa encontrar um operador linear que seja diagonalizável sobre e que o núcleo (ou seja, o conjunto de vetores que manda para o zero) seja gerado pelo vetor .
Conteúdo da matéria: Linear Algebra, especificamente sobre operadores lineares, núcleos de operadores e diagonalização.
O que vamos precisar:
  • Entender o que significa um operador ser diagonalizável.
  • Saber como identificar o núcleo de um operador linear.
  • Construir uma matriz que satisfaça essas propriedades.

Passo 2

Primeiro, vamos lembrar o que significa que é diagonalizável. Um operador linear é diagonalizável se existe uma base do espaço vetorial composta por autovetores de . Isso facilita bastante a nossa vida porque a matriz de nessas coordenadas será uma matriz diagonal.
Teoria aplicada: A diagonalização simplifica o cálculo de potências de matrizes e a compreensão das transformações lineares, já que cada componente na diagonal representa um autovalor.

Passo 3

Agora, vamos pensar no núcleo de . Queremos que o núcleo seja gerado pelo vetor . Isso significa que todos os vetores no núcleo são múltiplos de .
Teoria aplicada: O núcleo de um operador linear é o conjunto de soluções da equação . Se o núcleo é gerado por , então e qualquer múltiplo de também será levado a zero por .

Passo 4

Vamos construir uma matriz que represente o operador . Queremos que seja diagonalizável e que .
Primeiro, identificamos que será um vetor do núcleo, então uma das colunas de deve ser tal que .

Passo 5

Para simplificar, vamos escolher uma matriz diagonal com um zero na diagonal correspondente ao vetor A = 0 & 0 & 0 0 & 1 & 0 0 & 0 & 1 . Por exemplo, vamos construir a seguinte matriz A cdot u = 0 & 0 & 0 0 & 1 & 0 0 & 0 & 1 1 0 1 = 0 cdot 1 + 0 cdot 0 + 0 cdot 1 0 cdot 1 + 1 cdot 0 + 0 cdot 1 0 cdot 1 + 0 cdot 0 + 1 cdot 1 = 0 0 1 :
Verificação:
Vamos multiplicar por :

[
A \cdot u =


]
Ops! Parece que não deu certo, pois o último componente não é zero. Precisamos ajustar nossa matriz.

Passo 6

Vamos tentar outra abordagem. Sabemos que A = 1 & 0 & -1 0 & 1 & 0 0 & 0 & 1 está no núcleo, então queremos que A cdot u = 1 & 0 & -1 0 & 1 & 0 0 & 0 & 1 1 0 1 = 1 cdot 1 + 0 cdot 0 + (-1) cdot 1 0 cdot 1 + 1 cdot 0 + 0 cdot 1 0 cdot 1 + 0 cdot 0 + 1 cdot 1 = 0 0 1 . Vamos construir de forma que a terceira coluna seja igual à primeira, garantindo que ao multiplicar por , as componentes se cancelem.
Por exemplo, podemos escolher:
Verificação:
Multiplicando por :

[
A \cdot u =


]
Ainda não estamos conseguindo zero no terceiro componente. Vamos tentar uma outra estratégia.

Passo 7

Vamos considerar que para a11 cdot 1 + a12 cdot 0 + a13 cdot 1 = 0 a21 cdot 1 + a22 cdot 0 + a23 cdot 1 = 0 a31 cdot 1 + a32 cdot 0 + a33 cdot 1 = 0 , precisamos que:
a11 + a13 = 0 a21 + a23 = 0 a31 + a33 = 0
Simplificando:
A = 1 & 0 & -1 0 & 2 & 0 0 & 0 & 0
Podemos escolher os elementos da matriz de acordo com essas equações. Para simplificar, vamos escolher A cdot u = 1 & 0 & -1 0 & 2 & 0 0 & 0 & 0 1 0 1 = 1 cdot 1 + 0 cdot 0 + (-1) cdot 1 0 cdot 1 + 2 cdot 0 + 0 cdot 1 0 cdot 1 + 0 cdot 0 + 0 cdot 1 = 0 0 0 , então . Similarmente, e , então .
Então, nossa matriz fica:
Verificação:

[
A \cdot u =


]
Perfeito! Agora , então está no núcleo de .

Passo 8

Vamos verificar se é diagonalizável. Para isso, precisamos encontrar os autovalores e garantir que existe uma base de autovetores.
A matriz é triangular (todos os elementos abaixo da diagonal principal são zero), então os autovalores são os elementos da diagonal: , , .
Como todos os autovalores são distintos, isso garante que a matriz é diagonalizável, pois cada autovalor terá um autovetor linearmente independente correspondente.

Resposta

Um exemplo de operador linear diagonalizável A = 1 & 0 & -1 0 & 2 & 0 0 & 0 & 0 sobre com núcleo gerado por é representado pela matriz:

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