Enunciado

Uma garrafa de aço, rígida e com V = 0,25   m 3 , contém ar a 100   k P a e 300   K , estado 1. Ela é conectada, através de uma válvula, a uma linha de ar a 260   K e 6   M P a até atingir a pressão de 5   M P a , estado 2, quando então a válvula é fechada. Considere que o processo de enchimento é adiabático e que o estado do ar na garrafa é uniforme em qualquer instante. Quando armazenado, a garrafa retorna lentamente à temperatura ambiente de 300   K , estado 3. Determine a massa final, a temperatura T 2 , a pressão final P 3 , o calor transferido Q 3 e a geração total de entropia.

Passo 1

Fala pessoal, tudo certinho? vamos responder mais uma questão, então prepara o material e vamos responder!!

Nós temos os seguintes dados do problema, fornecidos pelo enunciado

V = 0,25   m 3

p 1 = 100   k P a

T 1 = 300   K

p i = 6000   k P a

T i = 260   K

p 2 = 5000   k P a

T 3 = 298,15   K

Este problema pode ser resolvido de duas maneiras diferentes. A primeira é por tentativa e erro e a segunda usando calores específicos constantes. Vamos resolvê-lo usando capacidades de calor específico constantes. Da tabela A.5, obteremos gás constante e específico de capacidades caloríficas:

R = 0,287 k J k g   K

C p 0 = 1,004 k J k g   K  

C v 0 = 0,717 k J k g   K

Da tabela A7.1 obteremos entalpia específica e energia interna em diferentes estados correspondentes a T :

h i = 260,32 k J k g

u 1 = 214,36 k J k g

u 3 = 213,04 k J k g

Passo 2

Da equação de continuidade

m 2 - m 1 = m i

Agora vamos configurar a lei dos gases ideais para os estados 1 e 2 para calcular ambas as massas, para a massa 1:

m 1 = p 1 V R T 1

Fazendo a substituição dos termos

m 1 = 100 ∙ 0,25 0,287 ∙ 300 = 0,290   k g

E para a massa m 2

m 2 = p 2 V R T 2

Novamente, fazendo o processo de substituição

m 2 = 5000 ∙ 0,25 0,287 ∙ T 2 = 4355,4 T 2

Percebeu que no caso da massa 2, temos um valor em função da temperatura T 2 , mesmo que inversamente proporcional, então, temos que arranjar meios para encontrar esta temperatura. Vamos montar a equação da energia e substituir a massa da entrada e do estado 2 pelas equações escritas acima:

m i h i = m 2 u 2 - m 1 u 1

Desenvolvendo os termos

m 2 - m 1 h i = m 2 u 2 - m 1 u 1

m 2 h i - m 2 C v 0 T 2 = m 1 h i - m 1 u 1

Fazendo a substituição dos termos

4355,4 T 2 h 1 - 4355,4 T 2 C v 0 T 2 = 75,493 - 62,1644

Com isso, nós temos que

1133798 T 2 = 3136,151

Portanto, T 2 é igual a

T 2 = 361,53   K

Passo 3

Agora podemos encontrar a massa no estado 2 da equação já escrita:

m 2 = 4355,4 T 2 = 12,047   k g

Encontraremos a pressão final p 3 usando a lei dos gases ideais:

p 3 = m 2 R T 3 V

Substituindo os termos

p 3 = 12,047 ∙ 0,287 ∙ 298,15 0,25 = 4123,4   k P a

Agora vamos configurar a equação de energia do início ao estado final para obter a transferência de calor necessária

Q + m i h i = m 2 u 3 - m 1 u 1

Com isso, nós temos que

Q 1 - 3 = 12,047 ∙ 213,04 - 0,29 ∙ 214,36 - 12,047 - 0,29 ∙ 260,32

Portanto,

Q 1 - 3 = - 556,254   k J

Passo 4

Antes de configurarmos a equação de entropia, precisamos obter as entropias da tabela A.7.1

s T 3 0 = s T 1 0 = 6,86926 k J k g   K

s T i 0 = 6,72562 k J k g   K

Finalmente, para obter a geração de entropia, temos que configurar a equação de entropia do estado 1 para 3 com mudança na entropia da equação e massa de entrada da equação de continuidade:

m 2 s 3 - m 1 s 1 - m 2 s i + m 1 s i = Q T + S g e n

Com isso,

S g e n = m 2 s 3 - s i - m 1 s 1 - s i - Q T

Expandindo os termos

S g e n = m 2 s T 3 0 - s T i 0 - R ln ⁡ p 3 p i   - m 1 s T 1 0 - s T i 0 - R ln ⁡ p 1 p i   - Q T

Substituindo os termos

S g e n = 12,047 ∙ 6,86926 - 6,72562 - 0,287 ∙ ln ⁡ 4123,4 6000 - 0,29 ∙ 6,86926 - 6,72562 - 0,287 ∙ ln ⁡ 100 6000 - - 556,254 298,15

Portanto,

S g e n = 4,51 k J K

Resposta

T 2 = 361,53   K

Q 1 - 3 = - 556,254   k J

m 2 = 12,047   k g

p 3 = 4123,4   k P a

S g e n = 4,51 k J K

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