Enunciado

Calcule a integral iterada.

∭ E x z   d V onde E é o sólido tetraedro com vértices ( 0,0 , 0 ) , ( 0,1 , 0 ) , ( 1,1 , 0 ) , e ( 0,1 , 1 ) .

Passo 1

Faala, galera!

Vamos dar uma olhada no que essa questão pede.

A questão descreveu um sólido E , e pediu pra calcularmos uma integral tripla:

∭ E x z   d V

Nós vamos começar olhando pra esse sólido e descrevendo os limites das variáveis. Assim, conseguimos transformar essa integral em uma integral iterada.

Daí, vamos calcular (sempre de dentro pra fora).

Passo 2

Bom, nosso sólido E é um tetraedro com vértices:

( 0,0 , 0 ) ,   ( 0,1 , 0 ) ,   ( 1,1 , 0 ) ,   ( 0,1 , 1 )

Vamos marcar esses pontos e desenhar o tetraedro:

O nosso tetraedro está limitado por baixo pelo plano x y ( z = 0 ) e por cima pelo plano que contêm os pontos 0,0 , 0 , 1,1 , 0 e 0,1 , 1 .

Vamos descobrir que plano é esse.

Um plano que passa por um ponto ( x 0 , y 0 , z 0 ) tem equação geral

a x - x 0 + b y - y 0 + c z - z 0 = 0

Como ele passa pelo ponto 0,0 , 0 :

a x + b y + c z = 0

A interseção desse plano com o plano x y ( z = 0 ) passa pelos pontos 0,0 , 0 e 1,1 , 0 , então é a reta:

x = y ⇒ x - y = 0

Na nossa equação geral:

a x + b y + c ∙ 0 = 0

a x + b y = 0

Como isso é a reta x - y = 0 :

a = 1

b = - 1

Voltando pra equação geral, vamos substituir o ponto 0,1 , 1 :

x - y + c z = 0

0 - 1 + c ∙ 1 = 0

c = 1

Então o plano é

x - y + z = 0

Isolando z :

z = - x + y

Como z está entre z = 0 e esse plano:

0 ≤ z ≤ - x + y

Passo 3

Para achar os limites de x e y , vamos ver a projeção do tetraedro no plano x y :

Nossa região está entre a reta y = x e o eixo y .

Para x , isso significa que:

0 ≤ x ≤ y

E o y está entre 0 e 1 .

Assim, temos os limites de todas as variáveis:

0 ≤ z ≤ - x + y

0 ≤ x ≤ y

0 ≤ y ≤ 1

Percebe que como os limites de z dependem de x e y , temos que integrar em função de z primeiro. Depois, como os limites de x dependem de y , depois vamos integrar em função de x . Assim, a integral iterada fica:

∭ E x z   d V = ∫ 0 1 ∫ 0 y ∫ 0 - x + y x z   d z d x d y

Passo 4

Pra calcular essa integral, começamos integrando em função de z , mantendo x e y como constantes:

∭ E x z   d V = ∫ 0 1 ∫ 0 y ∫ 0 - x + y x z   d z d x d y

= ∫ 0 1 ∫ 0 y x z 2 2 z = 0 z = - x + y d x d y =

Substituindo nos limites de integração:

= ∫ 0 1 ∫ 0 y x - x + y 2 2 - 0 d x d y =

Podemos tirar 1 2 da integral, já que é constante, e abrir o quadrado da soma:

= 1 2 ∫ 0 1 ∫ 0 y x ∙ x 2 - 2 x y + y 2 d x d y =

= 1 2 ∫ 0 1 ∫ 0 y x 3 - 2 x 2 y + x y 2 d x d y =

Passo 5

Agora, integramos em função de x , considerando y constante:

= 1 2 ∫ 0 1 ∫ 0 y x 3 - 2 x 2 y + x y 2 d x d y =

= 1 2 ∫ 0 1 x 4 4 - 2 x 3 y 3 + x 2 y 2 2 x = 0 x = y d y =

Aplicando nos limites de integração:

= 1 2 ∫ 0 1 y 4 4 - 2 y 3 y 3 + y 2 y 2 2 - 0 d y =

= 1 2 ∫ 0 1 y 4 4 - 2 y 4 3 + y 4 2 d y =

Colocando y 4 em evidência:

= 1 2 ∫ 0 1 y 4 1 4 - 2 3 + 1 2 d y =

= 1 2 ∫ 0 1 y 4 3 - 8 + 6 12 d y =

O que fica:

= 1 2 ∫ 0 1 y 4 1 12   d y =

= 1 24 ∫ 0 1 y 4   d y =

Passo 6

Por último, integramos em função de y :

= 1 24 ∫ 0 1 y 4   d y =

= 1 24 y 5 5 0 1 =

Calculando nos limites de integração:

= 1 24 1 5 - 0 = 1 120

Então:

∭ E x z   d V = 1 120

Resposta

∭ E x z   d V = 1 120

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