Enunciado

Se a n -ésima soma parcial de uma série ∑ n = 1 ∞ a n for

s n = 3 - n 2 - n  

Encontre a n e ∑ n = 1 ∞ a n .

Passo 1

Fala, galera! Tudo bom?

Aqui precisamos encontrar a expressão dos termos da sequência:

Vamos usar o fato de que s n   é o termo a n somado com a soma da série até o termo antecessor s n - 1 para encontrar nosso a n .

Depois é só calcular lim n → ∞ ⁡ s n   para achar nossa soma da série.

Bora lá! Mão na massa!

Passo 2

Para encontrar o termo geral a n vamos usar a fórmula da soma parcial

s n = a 1 + a 2 + a 3 + … + a n - 1 + a n

Podemos chamar também a 1 + a 2 + a 3 + … + a n - 1 = s n - 1

Agora é só substituir na nossa relação:

s n = s n - 1 + a n

E então conhecemos s n e consequentemente s n - 1 , basta isolar a n .

Passo 3

Isolando a n :

a n = s n - s n - 1

Substituindo s n e s n - 1

a n = 3 - n 2 - n - ( 3 - n - 1 2 - n - 1 )

a n = 3 - n 2 - n - 3 + n 2 - n - 1 - 2 - n - 1

Cancelando os termos iguais e de sinais opostos, teremos:

a n = - n 2 - n + n 2 - n - 1 - 2 - n - 1

Colocando 2 - n - 1 em evidencia, lembrando que 2 - n = 2 ⋅ 2 - n - 1

a n = 2 - n - 1 ( - 2 n + n - 1 )

a n = 2 - ( n + 1 ) ( - n - 1 )

Para ficar mais elegante, podemos colocar em formato de fração. Os termos com expoente negativo passam a ser nosso denominador, já que, pela propriedade da potenciação: a - n = 1 a n .

a n = - n - 1 2 n + 1

Colocando - 1 em evidencia:

a n = - n + 1 2 n + 1

Prontinho! Tá aí nossa expressão.

Passo 4

Para achar a soma, basta aplicar o limite na fórmula da soma parcial

lim n → ∞ ⁡ s n = lim n → ∞ ⁡ ( 3 - n 2 - n ) = lim n → ∞ ⁡ 3 - n 2 n

Usando novamente a propriedade a - n = 1 a n , reescrevemos:

lim n → ∞ ⁡ ( 3 - n 2 - n ) = lim n → ∞ ⁡ 3 - n 2 n

Aplicando a propriedade do limite que diz que o limite da subtração é o limite de um termo menos o limite do outro, temos:

lim n → ∞ ⁡ 3 - n 2 n = lim n → ∞ ⁡ 3 - lim n → ∞ ⁡ n 2 n = 3 - lim n → ∞ ⁡ n 2 n

Como o limite da constante é a própria constante, ficamos com:

lim n → ∞ ⁡ 3 - lim n → ∞ ⁡ n 2 n = 3 - lim n → ∞ ⁡ n 2 n

Passo 5

Focando no lim n → ∞ ⁡ n 2 n que é o limite que falta calcularmos, vemos que ele chega numa indeterminação do tipo ∞ ∞ .

Vamos precisar aplicar a regra de L´Hospital para eliminarmos essa indeterminação (lembrando que essa regra só se aplica aos tipo de indeterminação: ∞ ∞ e 0 0 ).

Relembrando a Regra de l’Hopital, ela dizia que:

lim x → a ⁡ f x g x = lim x → a ⁡ f x ' g x '

Em outras palavras, derivamos separadamente a expressão do numerador e do denominador e conseguimos determinar esse limite. No nosso caso então, teremos:

Perceba que essa regra vale para funções contínuas, então vamos adaptar nossa sequência para funções de x .

Aplicando L´Hospital:

lim x → ∞ ⁡ x ' ( 2 x ) ' = lim x → ∞ ⁡ 1 ln ⁡ 2 . 2 x = 0

Pelo Teorema 3 que diz:

Se lim x → ∞ ⁡ f x = L e f n = a n quando n é um inteiro, então lim n → ∞ ⁡ a n = L

lim n → ∞ ⁡ 1 ln ⁡ 2 . 2 n = 0

Passo 6

Voltando ao outro limite:

3 - lim n → ∞ ⁡ n 2 n = 3 - 0 = 3

Portanto:

∑ n = 1 ∞ a n = 3

Resposta

a n = - n + 1 2 n + 1

∑ n = 1 ∞ a n = 3

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