Enunciado

Seja D o disco com centro na origem e raio a. Qual é a distância média dos pontos em D em relação à origem?

Passo 1

E aí, pessoal! Tudo tranquilo?

A questão diz que temos um disco (círculo) com origem no centro e raio r = a e pede para acharmos a média da distância de todos os pontos que estão nessa região D (que é o próprio disco) em relação à origem ( 0,0 ) .

A equação que usamos para achar o ponto médio nesses casos é a seguinte;

μ = ∬ D f x , y d A ∬ D d A

Portanto, precisamos resolver duas integrais, a do numerador e a do denominador.

Como estamos trabalhando com uma região em disco, dada por x 2 + y 2 ≤ a 2 , vamos descrever ela através de coordenadas polares.

Para isso precisamos encontrar os intervalos de integração em coordenadas polares pela descrição da nossa região anelar e resolvermos a equação do ponto médio.

Como função a ser integrada, já que o exercício pede a média das distâncias entre pontos, usamos a equação de distância da origem a um ponto ( x , y ) :

f x , y = x - 0 2 + y - 0 2 = x 2 + y 2

Vamo lá?

Passo 2

Encontrando os limites de integração em coordenadas polares:

A região D é:

x 2 + y 2 ≤ a 2

Como o enunciado mesmo diz, o disco começa na origem e tem raio a , portanto a variação de r será:

0 ≤ r ≤ a

Para o intervalo de θ , é só a gente lembrar que para percorrer todo uma circunferência vamos estar saindo de 0 e chegando até o valor máximo do ângulo: 2 π .

0 ≤ θ ≤ 2 π

Agora, só nos falta determinar a função distância em si. A distância de um ponto X = x , y até a origem O = 0,0 é dado pela equação:

f x , y = x - 0 2 + y - 0 2 = x 2 + y 2

Passo 3

Escrevendo também a nossa função em coordenadas polares, sabemos que a equação da circunferência é:

x 2 + y 2 = r 2

Então ficaremos com:

x 2 + y 2 = r 2 = r

Também usando a relação:

d A = r   d r   d θ

O seu valor médio será calculado através da seguinte relação:

  μ = ∬ D r ⋅ r   d r d θ ∬ D r d r d θ = ∬ D r 2 d r d θ ∬ D r d r d θ

Passo 4

Vamos resolver cada uma das integrais separadamente. Começando pela integral do numerador, temos:

∬ D r 2 d r d θ = ∫ 0 2 π ∫ 0 a r 2 d r d θ

Resolvendo a integral de dentro e aplicando os limites de integração:

∫ 0 2 π r 3 3 0 a d θ

Tirando a constante para fora:

1 3 ∫ 0 2 π a 3   d θ

Agora resolvendo a integral de fora:

1 3 ∫ 0 2 π a 3   d θ = 1 3 a 3 θ 0 2 π

Aplicando os limites e tirando a constante para fora:

1 3 a 3 θ 0 2 π = 2 π a 3 3

Então:

∫ 0 2 π ∫ 0 a r 2 d r d θ = 2 π a 3 3

Passo 5

Já a integral do denominador, temos:

∬ D r d r d θ = ∫ 0 2 π ∫ 0 a r d r d θ

Resolvendo a integral de dentro:

∫ 0 2 π ∫ 0 a r d r d θ = ∫ 0 2 π r 2 2 0 a d θ

Aplicando os limites:

∫ 0 2 π r 2 2 0 a d θ = ∫ 0 2 π a 2 2 d θ

Integrando a de fora:

∫ 0 2 π a 2 2 d θ = a 2 2 ⋅ θ 0 2 π

Aplicando os limites:

a 2 2 ⋅ θ 0 2 π = a 2 2 ⋅ 2 π

Por fim:

∫ 0 2 π ∫ 0 a r d r d θ = π a 2

Portanto, o valor médio é dado por:

μ = 2 π a 3 3 π a 2 = 2 a 3

Resposta

V a l o r   m é d i o = 2 a 3

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