Enunciado

A temperatura no ponto ( x , y , z ) numa substância com condutividade K = 6,5 é u x , y , z = 2 y 2 + 2 z 2 . Encontre a taxa de transmissão de calor nessa substância para dentro da superfície cilíndrica y 2 + z 2 = 6 , 0 ≤ x ≤ 4 .

Passo 1

E aiii meus queridos, belezinha!?

Precisamos achar a taxa de transmissão de calor para dentro da superfície cilíndrica:

y 2 + z 2 = 6 , 0 ≤ x ≤ 4

Onde, a temperatura no ponto ( x , y , z ) numa substância com condutividade K = 6,5 é:

u x , y , z = 2 y 2 + 2 z 2

Vamos analisar com calma agora!

Pessoal, se a temperatura em um ponto ( x , y , z ) é dada por u ( x , y , z ) , então a taxa de transmissão de calor é dada pelo campo vetorial:

F → = K ∇ → u

onde K é uma constante determinada experimentalmente e é conhecida como condutividade da substância. E ∇ → u é o gradiente de u , que tem essa cara:

∇ → u = ∂ u ∂ x i + ∂ u ∂ y j + ∂ u ∂ z k

Já, a taxa de transmissão de calor através da superfície S é dada pela integral de superfície:

∬ F → . d S →

Podemos reescrever essa integral, da seguinte forma:

∬ F → . d S → = ∬ F → . n → d S

onde n → é o vetor unitário normal e d S = r u × r v d A . O termo r u × r v representa o produto vetorial entre as derivadas de r em relação a u e v .

O fluxo através da superfície é definido somente se a superfície for orientável. Note que se a superfície é orientável, terão dois vetores normais em todos os pontos. Podemos escrever:

d S = n d A = ± r u × r v r u × r v   r u × r v d A = ± r u × r v d A

Para encontrar o fluxo nós sempre usamos n → que corresponde a orientação positiva.

Agora pessoal, perceba que se substituir na integral vamos ter:

∬ F → . d S → = ∬ F → . r u × r v d A

Como é um cilindro, você pode usar uma parametrização em coordenadas polares. Assim:

x = 6 cos ⁡ u

y = 6 sen ⁡ u

z = v

0 ≤ u ≤ 2 π

0 ≤ v ≤ 4

Agora você consegue dar sequência, não tem erro, é só montar a integral!

Bora lá!

Passo 2

Vamos começar analisando a parametrização, porque precisamos dela para achar r u × r v .

Do enunciado temos uma região cilíndrica, e uma parametrização pode ser expressa como:

r u , v = v , 6 cos ⁡ u , 6 sen ⁡ u

0 ≤ u ≤ 2 π

0 ≤ v ≤ 4

Agora podemos calcular as derivadas parciais:

r u = d r d u = 0 , - 6 sen ⁡ u , 6 cos ⁡ u

r v = d r d v = 1,0 , 0

Portanto, escrevendo na forma matricial temos:

r u × r v = i j k 0 - 6 sen ⁡ u 6 cos ⁡ u 1 0 0

Aplicando o determinante vamos encontrar:

r u × r v = 6 ( cos ⁡ u j + sen ⁡ u k )

Assim,

d S = r u × r v d A

d S = 6 ( cos ⁡ u j + sen ⁡ u k ) d A

Nós sabemos que u x , y , z = 2 y 2 + 2 z 2 .

Logo, o gradiente de u é:

∇ → u = ∂ u ∂ x i + ∂ u ∂ y j + ∂ u ∂ z k

∇ → u = 4 y j + 4 z k

Assim, podemos escrever o campo vetorial como:

F → = K ∇ → u

F → = k ( 4 y j + 4 z k )

Lembrando que a condutividade da substância k vale:

k = 6,5

Passo 3

Parametrizando F → , vamos ter:

F → = 26 6 cos ⁡ u j + sen ⁡ u k

Agora, podemos substituir na integral:

∬ F → . d S → = ∬ F → . r u × r v d A

A taxa de transmissão de calor através da superfície é

∬ F → . d S → = ∫ 0 4 ∫ 0 2 π 26 6 cos ⁡ u j + sen ⁡ u k . 6 cos ⁡ u j + sen ⁡ u k d A

Fazendo o produto escalar, temos:

∫ 0 4 ∫ 0 2 π 156 cos 2 ⁡ u + sin 2 ⁡ u d A

Passo 4

Usando a relação trigonométrica:

cos 2 ⁡ x + sin 2 ⁡ x = 1

Vamos ter:

156 ∫ 0 4 ∫ 0 2 π d u d v

Integrando em relação a d u , temos:

156 ∫ 0 4 u 0 2 π d v

Aplicando os limites de integração, ficamos com:

312 π ∫ 0 4 d v

Integrando em d v , vamos ter:

312 π ( v ) 0 4

Aplicando os limites de integração, teremos como resposta a seguinte taxa de transferência de calor:

∬ F . d S = 1248 π

Resposta

∬ F . d S = 1248 π

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