Enunciado

15.A montagem é usada para exercício. Ela consiste em quatro barras conectadas por pinos, cada uma com extensão L e uma mola de rigidez k e comprimento livre a   ( < 2 L ) . Se forças horizontais são aplicadas às alças, de modo que θ diminua lentamente, determine o ângulo θ em que a intensidade de P se torna máxima.

Passo 1

Primeiro temos que considerar um deslocamento virtual positivo δ θ positivo, com esse deslocamento virtual, as forças P e F k (força elástica) realizam trabalho, pois são as únicas que tem deslocamentos em suas direções devido ao deslocamento virtual.

Para resolvermos esse problema precisamos escrever F k , que é definida como:

F k = k x

Onde k é a constante elástica da mola e x o deslocamento da posição de relaxamento da mola até a posição atual. Então precisamos achar x , que é dado por:

x = 2 L cos ⁡ θ - a

Que é o quando o comprimento da mola variou.

Logo:

F k = k 2 L cos ⁡ θ - a

Vamos adotar como referência para as distâncias o centro do equipamento já que ele não varia com o deslocamento virtual.

A coordenada y A é a posição onde a força F k da metade superior da mola atua em A em relação ao ponto fixo adotado, a coordenada y C é a posição onde a força F k da metade inferior da mola atua em C em relação ao ponto fixo adotado, x B é a posição onde a força P do lado esquerdo atua em B em relação ao ponto fixo adotado e x D é a posição onde a força P do lado direito atua em D em relação ao ponto fixo adotado . Agora vamos expressar essas posições em relação a θ .

y A = L cos ⁡ θ

y C = L cos ⁡ θ

x B = L s in ⁡ θ

x D = L sin ⁡ θ

Se derivarmos essas expressões obtemos os deslocamentos virtuais dos pontos B e C , da seguinte forma:

δ y A = - L s in ⁡ θ   δ θ

δ y C = - L sin ⁡ θ   δ θ

δ x B = L co s ⁡ θ   δ θ

δ x D = L co s ⁡ θ   δ θ

Passo 2

Agora vamos usar a equação do trabalho virtual para aí sim encontrarmos θ , então:

δ U = 0

- F k δ y A - F k δ y C - P δ x B - P δ x D = 0

Como δ y A = δ y C e δ x B = δ x D :

⇒ - 2 F k δ y A - 2 P δ y B = 0

⇒ - 2 k 2 L cos ⁡ θ - a - L sin ⁡ θ   δ θ - 2 P L cos ⁡ θ   δ θ

⇒ δ θ L 4 k L cos ⁡ θ sin ⁡ θ - 2 k a sin ⁡ θ - 2 P cos ⁡ θ = 0

Como δ θ e L é diferente de zero:

4 k L cos ⁡ θ sin ⁡ θ - 2 k a sin ⁡ θ - 2 P cos ⁡ θ = 0

⇒ 2 P cos ⁡ θ = 4 k L cos ⁡ θ sin ⁡ θ - 2 k a sin ⁡ θ

⇒ P = 2 k L sin ⁡ θ - k a ta n ⁡ θ

Passo 3

Nosso último resultado no passo dois nos rendeu uma função P que depende de θ , então podemos usar o famoso lance de derivar e igualar a zero para assim acharmos o θ que maximiza a função.

Então:

d P d θ = 2 k L cos ⁡ θ - k a sec 2 ⁡ θ = 0

⇒ 2 k L cos ⁡ θ = k a sec 2 ⁡ θ

⇒ cos ⁡ θ = a 2 L 1 cos 2 ⁡ θ

⇒ cos 3 ⁡ θ = a 2 L

Logo:

θ = arccos ⁡ a 2 L 3

Resposta

θ = arccos ⁡ a 2 L 3

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