Enunciado

Ar, a 200   k P a e 600   K em um arranjo cilindro-pistão, é expandido num processo a pressão constante para duas vezes o volume inicial, estado 2, conforme mostrado na Fig.P5.75. O pistão é, em seguida, preso por um pino e calor é transferido até que uma temperatura final de 600   K seja atingida. Determine P , T e h para os estados 2 e 3, e determine o trabalho e o calor em ambos os processos.

Passo 1

Fala, galera! Nessa questão nós temos uma expansão a pressão constante.

Existem 3 estados no processo, inicialmente a temperatura é T 1 = 6 00   K e P 1 = 200   k P a .

No estado 2, P 2 = 200   k P a e o volume é V 2 = 2 V 1 . No estado 3, nós só conhecemos a temperatura T 3 = T 1 = 600   K .

Nós precisamos determinar a pressão, a temperatura e a entalpia nos estados 2 e 3. Além disso, também queremos saber qual é o trabalho e o calor de 1 a 2 e de 2 a 3. Vamos lá!

Passo 2

Vamos começar determinando as propriedades do estado 2. Para encontrar a temperatura vamos considerar o ar como um gás ideal e que a relação entre volume e temperatura é linear. Assim,

T 2 T 1 = V 2 V 1

Como o volume no estado final é o dobro do estado inicial, temos:

T 2 = 2 V 1 V 1 ∙ T 1

T 2 = 2 ∙ T 1

Substituindo o valor da temperatura:

T 2 = 2 600   K = 1200   K

Para determinar a entalpia, podemos olhar na Tabela A.7 para T 2 :

h 2 = 1277,8   k J / k g

Para o estado 1, vamos olhar na temperatura T 1 :

h 1 = 607,32 k J k g = h 3

h 1 = h 3 porque T 1 = T 3 .

Passo 3

Para encontrar a pressão no estado 3, vamos usar a mesma relação de linearidade:

P 3 P 2 = T 3 T 2

P 3 = T 3 T 2 ∙ P 2

Substituindo os dados:

P 3 = 600 1200 ∙ 200 = 100   k P a

Passo 4

Agora vamos encontrar o trabalho e o calor requerido em cada processo.

O trabalho a pressão constante pode ser calculado da seguinte forma:

W 1 → 2 = ∫ P d V = P ( V 2 - V 1 )

W 1 → 2 = 200 ∙ ( 2 V 1 - V 1 )

W 1 → 2 = 200 V 1

O volume inicial V 1 pode ser calculado por meio das leis dos gases ideias. Assim,

V 1 = m R T 1 P 1

Utilizando o volume específico e olhando na Tabela A.5, temos R = 0,287   k J / k g K , então:

v 1 = R T 1 P 1 = 0,287 ∙ 600 200 = 0,861   m 3 / k g

Substituindo na equação do trabalho:

W 1 → 2 = 200 ∙ 0,861 = 172,2   k J

O trabalho do estado 2 ao estado 3 é nulo, porque o volume não se altera. Sendo assim,

W 2 → 3 = ∫ P d V

W 2 → 3 = P ∙ 0 = 0

Passo 5

Vamos calcular agora o calor transferido em cada processo. Utilizando a equação da energia, temos:

u 2 - u 1 = Q - W

Substituindo o trabalho na equação:

u 2 - u 1 = Q - P ( V 2 - V 1 )

Isolando Q ,

Q = u 2 - u 1 + P ( V 2 - V 1 )

Sendo assim,

Q = h 2 - h 1

Do estado 1 ao estado 2, temos

Q = h 2 - h 1

Q 1 → 2 = 1277,81 - 607,32

Q 1 → 2 = 670,49   k J / k g

Do estado 2 ao estado 3, como não temos trabalho, vamos usar a equação com a energia interna:

u 2 - u 1 = Q - W

Q = u 3 - u 2 + W

Q = u 3 - u 2 + 0

Olhando na Tabela A.7 para o T 2 , u 2 = 933,37   k J / k g , para T 3 temos u 3 = 435,1   k J / k g . Assim,

Q 2 → 3 = 435,1 - 933,37 = - 498,27   k J / k g  

É isso, galera, encerramos o exercício 😉.

Resposta

Estado 1:

T 1 = 600   K

P 1 = 200   k P a

h 1 = 607,3   k J / k g

Estado 2:

T 2 = 1200   K

P 2 = 200   k P a

h 2 = 1277,81   k J / k g

Estado 3:

T 3 = 600   K

P 3 = 100   k P a

h 3 = 607,3   k J / k g

Trabalho e calor transferidos:

W 1 → 2 = 172,2   k J

W 2 → 3 = 0

Q 1 → 2 = 670,49   k J / k g

Q 2 → 3 = - 498,27   k J / k g

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Use a Equação ( 7.16 ) para deduzir a) a equação de estado; b) a equação da energia; c) a função de Gibbs; d) a entalpia de um gás ideal.
A função de Gibbs específica de um gás é dada por, g = - R T ln ⁡ v v 0 + B v Onde B é uma função de T somente,a) Mostre explicitamente que esta forma da função de Gibbs não especifica completamente a