Enunciado

Calcule a integral indefinida.

∫ 1 cos 2 ⁡ t   1 + tan ⁡ t   d t

Passo 1

E aí, tudo certinho 😊? Queremos calcular o valor da integral

∫ 1 cos 2 ⁡ t   1 + tan ⁡ t   d t .

Isso parece uma tarefa complicada, né? Em um primeiro momento, essa integral não se parece com nenhuma das presentes na Tabela de Integrais Indefinidas, para as quais conhecemos uma fórmula para o seu cálculo.

🤔 Então como resolvemos essa questão?

Utilizando a Regra da Substituição para transformar essa integral em uma que sabemos calcular. Vamos relembrar rapidamente o que essa regra diz, beleza?

Regra da Substituição:

Se definirmos a função derivável g t como uma variável u , ou seja, u = g ( t ) , e se a função f for contínua em seu domínio I , então vale que

∫ f g t g ' t   d t =   ∫ f u   d u ,  

desde que a imagem de g ( t ) esteja contida no domínio I de f .

🤔 Mas como usamos essa Regra nessa questão?

No próximo Passo, vamos escolher as funções f e u = g ( t ) de maneira conveniente, que nos possibilite usar uma das integrais da Tabela.

💡 Vamos relembrar de uma propriedade da integral indefinida que vai nos ajudar a resolver essa questão.

  • Regra da Potência: para qualquer n ≠ 1 ,   a integral indefinida da função x n é a função

∫ u n d t = u n + 1 n + 1 + C ,

onde C é uma constante qualquer.

Além disso, precisamos relembrar da seguinte derivada:

tan ⁡ t ' =   sec 2 ⁡ t = 1 cos 2 ⁡ t .

Pronto, temos tudo o que precisamos!

Vamos colocar a mão na massa e resolver essa questão 😉.

Passo 2

Perceba que como

1 + tan ⁡ t ' =   sec 2 ⁡ t   = 1 cos 2 ⁡ t

e a função 1 cos 2 ⁡ t também aparece no integrando de

∫ 1 cos 2 ⁡ t   1 + tan ⁡ t   d t ,

então uma boa escolha para f e u é dada por

f t = 1 t = t - 1 2

e

u = g ( t ) = 1 + tan ⁡ t ,

pois

f g t = 1 1 + tan ⁡ t  

e, além disso, derivando u em relação à variável x , temos que

d u d t = g ' t = 1 cos 2 ⁡ t ,

ou seja,

d u = 1 cos 2 ⁡ t d t .

Logo, substituindo os respectivos valores, vale que

∫ f g t g ' t   d t =   ∫ 1 1 + tan ⁡ t ⋅ 1 cos 2 ⁡ t d t .

Sendo assim, pela Regra da Substituição temos que a integral do enunciado pode ser reescrita como

∫ 1 cos 2 ⁡ t   1 + tan ⁡ t   d t = ∫ f u   d u ,

onde

∫ f u   d u = ∫ u - 1 2   d u .

Mas observe que essa integral da direita, em função da variável u , nós sabemos calcular né? Pela Regra da Potência, temos que

∫ u - 1 2   d u = u - 1 2 + 1 - 1 2 + 1 + C = 2 u 1 2 + C ,

onde C é uma constante qualquer.

Logo,

∫ 1 cos 2 ⁡ t   1 + tan ⁡ t   d t = ∫ u - 1 2   d u = 2 u 1 2 + C ,    

ou seja, temos que

∫ 1 cos 2 ⁡ t   1 + tan ⁡ t   d t = 2 u 1 2 + C .

Passo 3

⚠️ Cuidado que ainda não terminamos! A igualdade

∫ 1 cos 2 ⁡ t   1 + tan ⁡ t   d t = 2 u 1 2 + C

não é a resposta final, né? Pois precisamos reverter a mudança de variável que fizemos ao assumir u = g t = 1 + tan ⁡ t .

Fazendo isso, vamos ter que

∫ 1 cos 2 ⁡ t   1 + tan ⁡ t   d t = 2 u 1 2 + C = 2 1 + tan ⁡ t + C ,

ou seja, a integral do enunciado é dada por ∫ 1 cos 2 ⁡ t   1 + tan ⁡ t   d t = 2 1 + tan ⁡ t + C .

Resposta

A integral é dada por:

∫ 1 cos 2 ⁡ t   1 + tan ⁡ t   d t = 2 1 + tan ⁡ t + C ,

onde C é uma constante qualquer.

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