Enunciado

Calcule o valor da integral múltipla.

∭ E y z   d V

onde   E   está acima do plano z = 0 , abaixo do plano z = y e dentro do cilindro x 2 + y 2 = 4 .

Passo 1

E aí, tudo bom com vocês?

Vamos lá, nessa questão precisamos calcular a integral

∭ E y z   d V

de acordo com a região dada.

Para isso, vamos usar coordenadas cilíndricas pra reescrever nossa integral como uma integral iterada:

x = r cos ⁡ θ y = r sen ⁡ θ z = z

J = r

Depois disso, vamos calcular a integral, de dentro pra fora.

Passo 2

A região de integração é dada por:

E   está acima do plano z = 0 , abaixo do plano z = y . Daqui já sabemos que:

0 ≤ z ≤ y

Além disso, está dentro do cilindro x 2 + y 2 = 4

Vamos desenhar isso:

Em vermelho, temos o plano z = y , que pra desenhar basta fazer a reta z = y no plano x y e estender para o R 3 .

Em azul é o cilindro x 2 + y 2 = 4 , que é uma circunferência no plano x y estendida ao longo de z .

Assim, o sólido E está entre essas duas superfícies, acima do plano x y ( z = 0 ):

Como nosso sólido é parte de um cilindro, podemos usar coordenadas cilíndricas.

Passo 3

Pra achar os limites de r e θ , vamos olhar pra projeção desse sólido no plano x y :

Como estamos dentro de um círculo de raio 2 (limitado por x 2 + y 2 = 4 ):

0 ≤ r ≤ 2

E como estamos só na parte acima do eixo x :

0 ≤ θ ≤ π

Reescrevendo os limites de z :

0 ≤ z ≤ r sen ⁡ θ ⏟ y

Assim, nossa integral pode ser reescrita de forma iterada como sendo

∫ 0 π ∫ 0 2 ∫ 0 r sen ⁡ θ r sen ⁡ θ z ⏟ y ∙ z ∙ r ⏟ J   d z d r d θ

Passo 4

Bom, vamos começar a integrar, de dentro pra fora.

Primeiro em função de z , mantendo r e θ constantes:

∫ 0 π ∫ 0 2 ∫ 0 r sen ⁡ θ r 2 sen ⁡ θ z   d z d r d θ

Como r 2 sen ⁡ θ é constante em função de z , pode sair dessa primeira integral:

= ∫ 0 π ∫ 0 2 r 2 sen ⁡ θ ∫ 0 r sen ⁡ θ z   d z d r d θ =

= ∫ 0 π ∫ 0 2 r 2 sen ⁡ θ z 2 2 0 r sen ⁡ θ d r d θ =

Então:

= ∫ 0 π ∫ 0 2 r 2 sen ⁡ θ r 2 sen 2 ⁡ θ 2 - 0 d r d θ =

= 1 2 ∫ 0 π ∫ 0 2 r 4 sen 2 ⁡ θ sen ⁡ θ d r d θ =

Passo 5

Agora, como nossos limites de integração são constantes, e conseguimos separar nosso integrando em funções de cada uma das variáveis, a gente pode separar a integral em um produto de integrais simples:

= 1 2 ∫ 0 π sen 2 ⁡ θ sen ⁡ θ d θ ∙ ∫ 0 2 r 4 d r =

Vamos resolver a primeira integral, primeiro mudando sen 2 ⁡ θ = 1 - cos 2 ⁡ θ :

∫ 0 π sen 2 ⁡ θ sen ⁡ θ d θ =

= ∫ 0 π 1 - cos 2 ⁡ θ sen ⁡ θ d θ =

E agora fazemos uma substituição u = cos ⁡ θ :

d u = - sen ⁡ θ d θ ⇒ sen ⁡ θ d θ = - d u

u 0 = 1

u π = - 1

Então:

= ∫ 1 - 1 1 - u 2 - d u = ∫ - 1 1 1 - u 2 d u =

= u - u 3 3 - 1 1 =

Calculando:

= 1 - 1 3 - - 1 + 1 3 =

= 2 3 - - 2 3 = 4 3

A segunda integral calculamos direto:

∫ 0 2 r 4 d r = r 5 5 0 2

= 2 5 5 - 0 = 32 5

Então:

= 1 2 ∫ 0 π sen 2 ⁡ θ sen ⁡ θ d θ ∙ ∫ 0 2 r 4 d r =

= 1 2 ∙ 4 3 ∙ 32 5

⇒ ∭ E y z   d V = 64 15

Resposta

64 15

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Esboce o sólido cujo volume é dado pela integral e calcule-a. ∫ 0 2 ∫ 0 2 π ∫ 0 r r d z d θ d r
Descreva em palavras a superfície com a equação dada. θ = π 6
Escreva as equações em coordenadas cilíndricas. 2 x 2 + 2 y 2 - z 2 = 4 2 x - y + z = 1
Descreva em palavras a superfície com a equação dada. r = 2
Identifique a superfície de acordo com a equação dada. r 2 + z 2 = 4