Enunciado

Considere uma barra metálica horizontal de comprimento L sujeita a uma carga vertical f ( x ) por unidade de comprimento. O deslocamento vertical resultante y ( x )   na barra satisfaz a equação diferencial

E I d 4 y d x 4 = f ( x )

Em que E é o módulo de Young e I é o momento de inércia da seção reta em torno do eixo perpendicular ao plano xy passando pelo centroide. Suponha que f ( x ) / E I é uma constante k . Para cada uma das condições de contorno dadas a seguir, resolva para o deslocamento y ( x ) e faça o gráfico de y em função de x, no caso em que L   =   1   e   k   =   - 1 .

(a) Simplesmente apoiado nas duas extremidades: y ( 0 )   =   y ″ ( 0 )   =   y ( L )   =   y ″ ( L )   =   0 .

(b) Preso nas duas extremidades: y ( 0 )   =   y ' ( 0 )   =   y ( L )   =   y ' ( L )   =   0 .

(c) Preso em x   =   0 , livre em x   =   L :   y ( 0 )   =   y ' ( 0 )   =   y ″ ( L )   =   y ″ ' ( L )   =   0 .

Passo 1

Vamos começar trabalhando nas considerações dadas pela EDO:

E I d 4 y d x 4 = f ( x )

Reorganizando:

d 4 y d x 4 = f x E I

Se f x E I = k , então:

d 4 y d x 4 = k

Se a derivada é a x 4 , podemos ter termos quaisquer em x n ,   x n - 1 , x n - 2 , … , x 0 :

y = c 1 x 4 + c 2 x 3 + c 3 x 3 + c 4 x + c 5

Se:

d 4 y d x 4 = 24 c 1 = k

c 1 = k 24

y = k 24 x 4 + c 2 x 3 + c 3 x 3 + c 4 x + c 5

Agora, podemos aplicar as condições de contorno de cada tópico.

Passo 2

(a) A primeira consideração se baseia no apoio das duas extremidades, quando:

y 0 = 0

c 5 = 0

Sendo c 5 uma extremidade:

y ' ' 0 = 0

c 3 = 0

Se c 3 é outra extremidade.

Dessa forma:

y = k 24 x 4 + c 2 x 3 + c 4 x

Aplicando y L = 0 :

y L = k 24 L 4 + c 2 L 3 + c 4 L = 0

Reduzindo L :

k 24 L 3 + c 2 L 2 + c 4 = 0

y ' ' L = 0

y = k 24 x 4 + c 2 x 3 + c 4 x = 0

y ' ' = k 2 x 2 + 6 c 2 x = 0

y L = k 2 L 2 + 6 c 2 L = 0

c 2 = L k 2 L + 6 c 2 = 0

c 2 = - k L 12

Então:

k 24 L 4 - k 24 L 3 + c 4 = 0

c 4 = - k L 3 24

A solução final será dada por:

y = k 24 x 4 - k L 12 x 3 - k L 3 24 x

Passo 3

(b ) Agora, a condição diz que estamos presos às duas extremidades:

Se:

y = k 24 x 4 + c 2 x 3 + c 3 x 3 + c 4 x + c 5

Então podemos ter:

y 0 = 0

c 5 = 0

A próxima condição requer uma derivada:

y ' = k 6 x 3 + 3 c 2 x 2 + 2 c 3 x + c 4

y ' 0 = c 4 = 0

c 4 = 0

Então:

y = k 24 x 4 + c 2 x 3 + c 3 x 2

Em termos de L :

y L = k 24 L 4 + c 2 L 3 + c 3 L 2 = 0

k 24 L 2 + c 2 L + c 4 = 0   ( a )

y ' = k 6 x 3 + 3 c 2 x 2 + 2 c 3 x

y ' = k 6 L 2 + 3 c 2 L + 2 c 3   ( b )

Modificando as equações encontradas:

3 a - b = 0

K L 2 6 - k L 2 6 + c 3 = 0

c 3 = k L 2 24

Substituindo em (a):

k L 2 12 + c 2 L = 0

c 2 = - k L ? 12  

Então, a solução final será :

y = k 24 x 4 - k L 12 x 3 + k L 2 24 x

Passo 4

(c ) Agora, a condição é estar preso em x = 0 :

Se temos:

y = k 24 x 4 + c 2 x 3 + c 3 x 3 + c 4 x + c 5

Então:

y 0 = 0

c 5 = 0

Se :

y ' 0 = 0

c 4 = 0

Tirando a segunda derivada:

y ' ' x = x 2 x 2 + 6 c 2 x + c 3

y ' ' L = x 2 L 2 + 6 c 2 L + c 3

y ' ' ' x = k x + 6 c 2 = 0

y ' ' ' L = k L + 6 c 2 = 0

c 2 k - k L 6

Substituindo na segunda derivada:

k L 2 2 - k L 2 + c 3 = 0

c 3 = k L 2 2

A solução final será dada por:

y = k 24 x 4 - k L 6 x 3 + k L 2 2 x

Resposta

(a)   y = k 24 x 4 - k L 12 x 3 - k L 3 24 x

(b) y = k 24 x 4 - k L 12 x 3 + k L 2 24 x

(c ) y = k 24 x 4 - k L 6 x 3 + k L 2 2 x  

Ver Outros Exercícios desse livro

Exercícios de Livros Relacionados

Neste problema, vamos mostrar, através de exemplos, que a integrabilidade (no sentido de Riemann) de f e de f² é independente.Mostre que não existe.
Suponha que queremos construir um conjunto de polinômios ortonormais no intervalo 0 ≤ x ≤ 1,f0(x), f1(x), f2(x), . . . , fk(x), . . . , em que fk(x) tem grau k. Em outras palavras, os polinômios têm q
Suponha que queremos construir um conjunto de polinômios ortonormais no intervalo 0 ≤ x ≤ 1,f0(x), f1(x), f2(x), . . . , fk(x), . . . , em que fk(x) tem grau k. Em outras palavras, os polinômios têm q
Neste problema, vamos mostrar, através de exemplos, que a integrabilidade (no sentido de Riemann) de f e de f² é independente.Mostre que não existe.
Suponha que queremos construir um conjunto de polinômios ortonormais no intervalo 0 ≤ x ≤ 1,f0(x), f1(x), f2(x), . . . , fk(x), . . . , em que fk(x) tem grau k. Em outras palavras, os polinômios têm q