Enunciado

Determine se a série é convergente ou divergente.

1 + 1 3 + 1 5 + 1 7 + 1 9 + …

Passo 1

Show de bola, galera...Estamos diante de uma série e pra analisar sua convergência precisamos primeiro ver características dessa série.

Repara que os termos do denominador serão sempre números ímpares, a começar pelo número 1 . E tem um jeito de representar uma sequência de números ímpares que já é até um tanto conhecido:

1 1 + 1 3 + 1 5 + 1 7 + 1 9 + … = ∑ n = 0 ∞ 1 2 n + 1

Um teste que podemos usar aqui é o teste da integral. Basicamente a gente tem que calcular a integral do termo geral da sequência. O termo geral é:

a n = 1 2 n + 1

Temos que associá-lo a uma função de x :

f x = 1 2 x + 1

Se essa função for contínua, positiva e decrescente, podemos usar o teste da integral. Nesse caso, como estamos trabalhando apenas com valores a partir de zero:

  • ela vai ser contínua, porque o denominador nunca vai zerar
  • ela vai ser positiva porque n é sempre positivo
  • ela vai ser decrescente, porque conforme n cresce, o denominador cresce e a fração decresce.

Então já que o teste se aplica, é só calcular a integral de 0 ao infinito:

∫ 0 ∞ 1 2 x + 1 d x

Se essa integral convergir, a sequência converge. Se ela divergir, a sequência diverge.

Passo 2

Essa integral, no entanto, é imprópria, pois o limite superior é infinito. Então temos que reescrevê-la assim:

∫ 0 ∞ 1 2 x + 1 d x = lim t → ∞ ⁡ ∫ 0 t 1 2 x + 1 d x

Consideramos um limite superior finito t e depois calculamos o resultado com esse valor t tendendo ao infinito.

Passo 3

Show de bola! Agora no segundo passo calcularemos a seguinte integral imprópria:

∫ 0 t 1 2 x + 1 d x

Vamos fazer uma substituição de variáveis:

u = 2 x + 1

d u = 2   d x

Então:

∫ 0 t 1 2 x + 1 d x = ∫ 0 t 1 u d u 2 = 1 2 ∫ 0 t 1 u d u

E essa integral é bem conhecida:

1 2 ∫ 0 t 1 u d u = 1 2 ln ⁡ u

Retornando à variável original:

∫ 0 t 1 2 x + 1 d x = 1 2 ln ⁡ ( 2 x + 1 ) 0 t

= 1 2 ln ⁡ 2 t + 1 - ln ⁡ 1 = 1 2 ln ⁡ ( 2 t + 1 )

Agora que integramos temos que calcular o limite:

∫ 0 ∞ 1 2 x + 1 d x = lim t → ∞ ⁡ 1 2 ln ⁡ ( 2 t + 1 )

Passo 4

O logaritmo natural tende ao infinito pra valores muito altos do domínio:

lim t → ∞ ⁡ 1 2 ln ⁡ ( 2 t + 1 ) = ln ⁡ ∞ = ∞

Essa integral divergiu, portanto, pelo Teste da Integral, a nossa série é divergente!

Resposta

1 + 1 3 + 1 5 + 1 7 + 1 9 + …   é divergente

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