Enunciado

Expresse a função como a soma de uma série de potências usando primeiro frações parciais. Encontre o intervalo de convergência.

f x = 3 x 2 + x - 2

Passo 1

Faaaaala galerinha, tudo bem? Vamos iniciar!?

Bom, vamos compreender o enunciado. Precisamos aplicar frações parciais na função f ( x ) e expressa-la como uma soma de série de potência. Por fim, apresentar o intervalo de convergência da série.

Quais as etapas a serem feitas? Vamos destrinchar isso. A primeira etapa é escrever f ( x ) em frações parciais, certo? Depois vamos analisar as funções, e tentar comparar com uma série conhecida (a serie geométrica).

Assim, f ( x ) deve ficar com essa carinha:

f x = 1 1 - x

Por fim, analisamos a série de potência e determinamos o intervalo de convergência. Também vale lembrar, que a convergência da série geométrica ocorre para o módulo da razão menor que um:

r < 1

Sabendo disso, bora colocar mão na massa!?

Passo 2

Galera, precisamos transformar a cara dessa função pra uma série de potências, mas primeiro, temos que dar uma ajeitada nela, usando frações parciais.

A gente pode começar fatorando o denominador:

f x = 3 x - 1 x + 2

Como os fatores são todos de primeiro grau, nossa decomposição em frações parciais ficará mais ou menos assim:

3 x - 1 x + 2 = A ( x - 1 ) + B ( x + 2 )

sendo A e B constantes.

Agora, vamos desenvolver o lado direito, pra achar uma equação mais explícita com A e B :

3 x - 1 x + 2 = A ( x - 1 ) + B ( x + 2 )

3 x - 1 x + 2 = A x + 2 + B ( x - 1 ) ( x - 1 ) ( x + 2 )

Como os denominadores são iguais, podemos igualar os numeradores:

3 =   A x + 2 A + B x - B

0 x + 3 = A + B x + ( 2 A - B )

Fazendo igualdade de polinômios termo a termo, chegamos a duas equações:

A + B = 0                     e                     2 A - B = 3

Resolvendo esse sisteminha, chegamos a A = 1 e B = - 1 , o que nos dá:

f x = 1 x - 1 + ( - 1 ) x + 2

Passo 3

Show pessoal!

Agora que tal a gente reescrever a função assim:

f x = - 1 1 - x + ( - 1 ) x + 2

f x = ( - 1 ) 1 - x + ( - 1 2 ) 1 - - x 2

Tá, mas porque fizemos isso? Você lembra que queríamos deixar a expressão com a seguinte cara

f x = 1 1 - x

Fizemos isso, porque conhecemos essa relação como a soma de uma série geométrica, que tem a seguinte expressão

S = ∑ n = 0 ∞ a r n = 1 1 - r

Onde, a   é o primeiro termo e r a razão.

Agora, vamos voltar para nossa expressão

f x = ( - 1 ) 1 - x + ( - 1 2 ) 1 - - x 2

Veja que a expressão da função pode ser entendida como a soma de duas séries geométricas: uma com primeiro termo - 1 e razão x , e a outra com primeiro termo - 1 2 e razão - x 2 , ou seja:

f x = - 1 - x - x 2 - … + - 1 2 + x 4 - x 2 8 + …

E isso nos dá exatamente a série de potência:

f x = ∑ n = 0 ∞ - 1 x n + ∑ n = 0 ∞ - 1 2 - x 2 n

f x = ∑ n = 0 ∞ - 1 n x n + ∑ n = 0 ∞ - 1 2 n + 1 x n

f x = ∑ n = 0 ∞ - 1 n + - 1 2 n + 1 x n

Passo 4

Beleza até aqui pessoal! Bora achar o intervalo de convergência agora!

Vamos lembrar da convergência de uma série geométrica. Sabemos que ela ocorre para o módulo da razão menor que um:

r < 1

Pra descobrir qual é o intervalo de convergência, vamos avaliar a razão de cada uma na expressão acima.

Como a razão da primeira era x e a razão da outra era - x 2 , calculamos os intervalos assim:

x < 1                                         - x 2 < 1

x < 1                                         x < 2

- 1 < x < 1                                       - 2 < x < 2

Observe que temos dois intervalos, porém devemos escolher o intervalo - 1 < x < 1 para convergência. Isso ocorre porque o intervalo - 2 < x < 2 não está compreendido na expressão de razão x .

Então, a interseção entre os intervalos é - 1 ,   1 .

Resposta

f x = ∑ n = 0 ∞ - 1 n + - 1 2 n + 1 x n

Intervalo de convergência: ( - 1 ,   1 )

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