Enunciado

( a ) Faça o gráfico da função.

( b ) Use a regra de L’Hôspital para explicar o comportamento quando x → 0 .

( c ) Estime o valor mínimo e os intervalos de concavidade. Então, use o cálculo para achar os valores exatos.

f x = x 2 ln ⁡ x

Passo 1

Bom galera, nesse exercício estamos interessados em esboçar o gráfico da função

f x = x 2 ln ⁡ x

para ver o comportamento da função e estimar o valor de mínimo e intervalo de concavidade.

Aqui vamos usar uma ferramenta gráfica para esboçar o gráfico de f x .

A questão também pede para usarmos a regra de L’hospital para avaliar o comportamento de f x quando x → 0 , ou seja:

lim x → 0 ⁡ f ( x )

A regra de L’hospital nos diz que quando temos uma indeterminação do tipo 0 / 0 ou ∞ / ∞ , basta derivarmos o numerador e o denominador até que a indeterminação suma.

Nesse caso, nossa função não é uma fração, portanto, precisamos transforma-la em uma fração para poder aplicar a regra de L’hospital.

Para o cálculo, vamos usar que o ponto de mínimo ocorre quando

f ' x = 0

E a derivada troca de negativa para positiva nesse ponto.

Para os intervalos de concavidade, vamos usar a segunda derivada da função e avaliar que quando

f ' ' x > 0

A função f x é côncava para cima e quando

f ' ' x < 0

A função f x é côncava para baixo.

Após estimar graficamente, iremos conferir nossa resposta utilizando o cálculo para achar o valor exato.

Passo 2

Fazendo o gráfico da função

f x = x 2 ln ⁡ x

Temos o seguinte:

Podemos perceber que essa função não é definida para valores negativos de x , o que faz sentido, pois o logaritmo natural precisa ter um argumento positivo maior que zero.

Também podemos perceber que a função possui um ponto de mínimo próximo de x = 0,6 .

Passo 3

Vamos utilizar a regra de L’Hôspital para estimar o valor da função quando x → 0 .

Como a função não é definida para valores negativos, não faz sentido olharmos para ela tendendo a zero por valores de x menores que zero. Isso é,

lim x → 0 - ⁡ x 2 ln ⁡ x   ∄

Ou seja, essa função só irá possuir limite pela direita quando x tende a zero.

lim x → 0 + ⁡ x 2 ln ⁡ x

Se substituirmos esse limite, obtemos:

lim x → 0 + ⁡ x 2 ln ⁡ x = 0 ⋅ - ∞

Que é uma indeterminaç��o. Para transforma-la numa indeterminação onde possamos usar L’hospital, devemos transformar essa função numa fração:

lim x → 0 + ⁡ x 2 ln ⁡ x = lim x → 0 + ⁡ ln ⁡ x 1 x 2

Utilizando a regra, temos

lim x → 0 + ⁡ ln ⁡ x 1 x 2 = lim x → 0 + ⁡ 1 x - 2 x 3 = lim x → 0 + ⁡ - x 2 2

Substituindo o limite temos:

lim x → 0 + ⁡ - x 2 2 = 0

O que é condizente com o gráfico que obtemos no Passo 2.

Passo 4

Agora devemos encontrar o ponto de mínimo e o ponto de inflexão.

O ponto de mínimo que está no gráfico podemos encontrar derivando uma vez e igualando a zero.

Nossa função é

f x = x 2 ln ⁡ x

Sua derivada é, pela regra do produto:

f ' x = 2 x l n x + x 2 1 x

f ' x = 2 x l n   x + x

Igualando a zero temos:

2 x l n   x + x = 0

2 x l n x = - x

ln ⁡ x = - x 2 x

ln ⁡ x = - 1 2

Portanto,

x = e - 1 / 2 ≈ 0,607

Esse é o ponto de mínimo que encontramos no gráfico.

Derivando novamente encontramos:

f ' x = 2 x l n   x + x

f ' ' x = 2 ln ⁡ x + x ⋅ 1 x + 1

f ' ' x = 2 ln ⁡ x + 1 + 1

f ' ' x = 2 ln ⁡ x + 3

A função é côncava para cima quando f ' ' x > 0 , então

2 ln ⁡ x + 3 > 0

ln ⁡ x > - 3 2  

  x > e - 3 2

Dessa forma, f possui concavidade para cima em x ∈ ( e - 3 2 ,   ∞ ) e concavidade para baixo em x ∈ ( 0 ,   e - 3 2 ) .

O ponto de inflexão é

e - 3 2 ,   - 3 2 e 3 = ( 0.22 ,   - 0.07 )

Resposta

f ( x ) cresce em ( e - 1 2 ,   ∞ ) e decresce em ( 0 ,   e - 1 2 ) . Podemos ver também que f ( e - 1 2 ) = - 1 2 e é um valor de mínimo local e é o ponto ( 0.6 07 ,   - 0.18 ) .   f Possui concavidade para cima em ( e - 3 2 ,   ∞ ) e concavidade para baixo em ( 0 ,   e - 3 2 ) . O ponto de inflexão é e - 3 2 ,   - 3 2 e 3 = ( 0.22 ,   - 0.07 ) .

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33 (a)Se f ( x ) = x - ( 2 / x ) , encontre f ´ ( x ) . (b) Verifique se sua resposta em (a) foi razoável e comparando os gráficos de f e f ´