Enunciado

(a) Mostre que as equações paramétricas x = a   c o s h   u cos ⁡ v ,     y = b   c o s h   u   s e n   v ,     z = c   s e n h   u , representam um hiperboloide de uma folha.

(b) Use as equações paramétricas da parte (a) para traçar o gráfico do hiperboloide para o caso a = 1 ,     b = 2 ,     c = 3 .

(c) Determine, mas não calcule, a integral dupla que dá a área de superfície da porção do hiperboloide da parte (b) que está entre os planos z = - 3 e z = 3 .

Passo 1

Fala, molecada! Tudo show de bola? 😊

No item (a), precisamos mostrar que as equações paramétricas abaixo representam um hiperboloide de uma folha:

x = a cosh ⁡ u cos ⁡ v ,     y = b cosh ⁡ u s e n   v ,     z = c   s e n h   u  

Já no item (b), iremos representar graficamente o hiperboloide do item (a) quando

a = 1 ,     b = 2 ,     c = 3

E no item (c), sem calcular, descobrir a fórmula da área de superfície da parte do hiperboloide do gráfico em (b) que está entre os planos

z = - 3

z = 3

Belezinha?! =D

Passo 2

(a) Galera, a fórmula para a superfície do hiperboloide de uma folha é dada por

x 2 a 2 + y 2 b 2 - z 2 c 2 = 1

Com isso, podemos substituir nossos parâmetros nessa fórmula e verificar:

( a cosh ⁡ u cos ⁡ v ) 2 a 2 + ( b cosh ⁡ u s e n   v ) 2 b 2 - ( c   s e n h   u ) 2 c 2 = 1

cosh 2 ⁡ u cos 2 ⁡ v + cosh 2 ⁡ u s e n 2   v - s e n h 2   u = 1

Organizando, temos

cosh 2 ⁡ u - s e n h 2 v ⏟ 1 = 1

Ou seja, as equações paramétricas satisfazem a equação do hiperboloide de uma folha!

Passo 3

(b) Agora vamos traçar o gráfico do hiperboloide com a = 1   ,   b = 2   ,   c = 3 , onde podemos substituir na fórmula:

x 2 1 2 + y 2 2 2 - z 2 3 2 = 1

x 2 1 + y 2 4 - z 2 9 = 1

Jogando essa fórmula deduzida num programa top, chegaremos a esse gráfico aqui:

Passo 4

(c) Pessoal, para descobrir a integral dupla para a área de superfície, temos essa fórmula aqui:

A S = ∫ ∫ D r u × r v d A

Utilizando a = 1   ,   b = 2   ,   c = 3 nas equações paramétricas, podemos calcular nosso r :

r : x i + y j + z k

Com o que temos do item (a), teremos:

r : ( a cosh ⁡ u cos ⁡ v ) i + b cosh ⁡ u s e n   v j + c   s e n h   u k

Substituindo em a ,   b ,   c , podemos fazer as derivadas parciais de r em relação a u e a v :

r u = s e n h   u cos ⁡ v i + 2   s e n h   u   s e n   v   j + 3 cosh ⁡ u   k

r v = - cosh ⁡ u s e n   v   i + 2 cosh ⁡ u cos ⁡ v j + 0   k

Então, temos agora nosso produto vetorial dado por

r u × r v = i j k s e n h   u cos ⁡ v 2   s e n h   u   s e n   v 3 cosh ⁡ u - cosh ⁡ u s e n   v 2 cosh ⁡ u cos ⁡ v 0

Resolvendo por qualquer método, chegaremos a

r u × r v = - 6 cosh 2 ⁡ u cos ⁡ v i - 3 cosh 2 ⁡ u s e n   v   j + 2 cosh ⁡ u s e n h   u   k

Calculando agora o módulo desse produto vetorial, que é a soma de todos os termos ao quadrado dentro de uma raiz, teremos

36 cosh 4 ⁡ u cos 2 ⁡ v + 9 cosh 4 ⁡ u s e n 2   v + 4 cosh 2 ⁡ u s e n h 2   u

Agora para os nossos limites de integração, lembrando que nós estamos entre os planos:

- 3 < z < 3

Com z sendo nossa função que representa a superfície, então

- 3 < 3 sinh ⁡ u < 3

Dividindo tudo por 3 , isso implica que:

s e n h - 1 - 1 < u <   s e n h - 1   1

Mas também temos que saber que as derivadas de cada um desses termos é:

u = s e n h - 1 - 1 → d u = - ln ⁡ 1 + 2        

u = s e n h - 1   1 → d u = ln ⁡ 1 + 2

Show! Podemos assim escrever a integral dupla que dá a área da superfície:

A S = ∫ 0 2 π ∫ - ln ⁡ 1 + 2 ln ⁡ 1 + 2 r u × r v   d u   d v

= ∫ 0 2 π ∫ - ln ⁡ 1 + 2 ln ⁡ 1 + 2 36 cosh 4 ⁡ u cos 2 ⁡ v + 9 cosh 4 ⁡ u s e n 2   v + 4 cosh 2 ⁡ u s e n h 2   u   d u   d v

Resposta

c A S = ∫ 0 2 π ∫ - ln ⁡ 1 + 2 ln ⁡ 1 + 2 36 cosh 4 ⁡ u cos 2 ⁡ v + 9 cosh 4 ⁡ u s e n 2   v + 4 cosh 2 ⁡ u s e n h 2   u   d u   d v

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