Enunciado

Seja C uma curva suave e fechada que está no plano x + y + z = 1 . Mostre que a integral de linha

∫ C z d x - 2 x d y + 3 y d z

depende só da área da região fechada por C e não da forma de C ou sua localização no plano.

Passo 1

Fala, pessoal! De boa?

A questão quer que a gente mostre que o a integral de linha

∫ C z d x - 2 x d y + 3 y d z

Depende da região D formada por C , independente da forma ou localizalição dessa região. Aqui no nosso caso C é uma curva suave e fechada que está no plano

x + y + z = 1

O teorema de Stokes nos diz que

∫ C F ⋅ d r = ∬ S r o t ( F ) ⋅ d S

Então, vamos calcular o rotacional de F , dado por:

r o t F = ∂ R ∂ y - ∂ Q ∂ z i + ∂ P ∂ z - ∂ R ∂ x j + ∂ Q ∂ x - ∂ P ∂ y k

Como:

d S = n   d A

Calculamos também o vetor normal à nossa superfície. Depois, é só fazermos o produto escalar entre esse vetor e o rotacional de F , e aplicamos na nossa integral dupla!

Vamos lá!

Passo 2

Vamos comçar calcular o rotacional de F .

∫ C F . d r = ∫ C z d x - 2 x d y + 3 y d z

Daí, tiramos que nossa função é

F = z i - 2 x j + 3 y k

Calculando o rotacional:

r o t F = ∂ R ∂ y - ∂ Q ∂ z i + ∂ P ∂ z - ∂ R ∂ x j + ∂ Q ∂ x - ∂ P ∂ y k

Nossa função F tem a estrutura:

F = P i + Q j + R k

Temos que:

P = z

Q = - 2 x

R = 3 y

Então:

r o t F = ∂ 3 y ∂ y - ∂ - 2 x ∂ z i + ∂ z ∂ z - ∂ 3 y ∂ x j + ∂ - 2 x ∂ x - ∂ z ∂ y k

Fazendo cada derivada:

r o t F = 3 - 0 i + 1 - 0 j + - 2 - 0 k

Portanto:

r o t F = 3 i + j - 2 k = 3,1 , - 2  

Passo 3

Agora, precisamos calcular o vetor normal à superfície n :

Quando temos um plano

a x + b y + c z = d

O vetor normal a esse plano é dado por:

n = ( a , b , c )

No nosso caso, temos o plano:

x + y + z = 1

n = ( 1 , 1 , 1 )

Mas a gente precisa que vetor seja além de normal, também unitário, ou seja de comprimento 1 . Para isso é só dividirmos o vetor pelo seu módulo, que a gente consegue somandoo quadrado das componentes:

n = 1 2 + 1 2 + 1 2 = 3

Então nosso vetor normal unitário é:

n = 1 3 1 , 1 , 1

Como precisamos achar:

∬ S r o t ( F ) ⋅ d S = ∬ S r o t F ⋅ n   d A

Agora podemos fazer o produto escalar:

r o t F ⋅ n = 3,1 , - 2 ⋅ 1 3 1 , 1 , 1

Multiplicando componente por componente e somando tudo:

r o t F ⋅ n = 1 3 3 + 1 - 2 = 2 3

Passo 4

Então, nossa integral será:

∬ D r o t F ⋅ n   d A = ∬ D 2 3   d A

Tirando a constante para fora:

2 3 ∬ D d A  

Mas a integral dupla de d A é a área da nossa região, então:

2 3 ∬ D d A = 2 3 ⋅ A ( D )

A área de uma região, depende somente de seus limites, não importando sua localização no espaço ou sua forma.

Pronto, como queríamos demonstrar!

Resposta

Demonstração.

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