Enunciado

Use o roteiro dessa seção para esboçar a curva:

y = x - x - 1

Passo 1

Fala aí! tudo certinho?

Nesse problema foi dada a curva

y = x - x - 1

E nosso objetivo é esboçar o gráfico de y usando o roteiro dessa seção.

Lembra como fazemos isso?

O roteiro dessa seção pede para seguirmos um caminho para esboçar o gráfico de qualquer curva... vamos lembrar o que diz esse roteiro.

  • 1° Domínio: Temos que primeiramente determinar o domínio da curva para sabermos onde nossa função é definida.
  • 2° Intersecção com os eixos: aqui vamos fazer y = 0 para saber quais valores de x a curva intersecta o eixo x e x = 0 para saber onde a curva intersecta o eixo y .
  • 3° Simetria: Vamos verificar se f - x = f x para ver se a curva possui simetria par, se f - x = - f x para ver se a curva possui simetria ímpar e se f x + p = f x para ver se a função é periódica.
  • 4° Assíntotas: Para verificar se a curva possui assíntotas horizontais, fazemos
  • lim x → ∞ ⁡ y = L 1 ,     lim x → - ∞ ⁡ y = L 2
  • Já para verificar se a curva possui assíntotas verticais, temos que analisar a curva nos pontos de descontinuidade x = a
  • lim x = a ⁡ y
  • 5° Intervalos de crescimento e decrescimento: Vamos calcular a derivada da curva e analisando o intervalo onde f ' > 0 , a função é crescente e quando f ' < 0 a função é decrescente.
  • 6° Máximos e mínimos: Para encontrar os pontos de máximos e mínimos, fazemos f ' = 0 para obter os pontos críticos, calculamos f ' ' e substituímos os pontos que encontramos... se f ' ' < 0 , o ponto é de máximo e se f ' ' > 0 o ponto é de mínimo.
  • 7° Concavidade e pontos de inflexão: A concavidade da curva está relacionada com o sinal da segunda derivada... então se f ' ' > 0 , a concavidade é voltada para cima e se f ' ' < 0 a concavidade é voltada para baixo... quando f ' ' = 0 temos um ponto de inflexão.

Bora começar!

Passo 2

Nosso primeiro passo é calcular o domínio da curva

y = x - x - 1

Como nossa raiz não pode ser negativa, temos que:

x ≥ 0

E tambem

x - 1 ≥ 0 → x ≥ 1

O domínio predominante foi x ≥ 1 já que ele é o mais restritivo...

Então o domínio de y é

D o m y = { x ≥ 1 }

Passo 3

Agora precisamos achar os interceptos com os eixos...

Fazendo y = 0 , temos y = x - x - 1 = 0

x = x - 1

Não temos um valor que satisfaça essa igualdade, então a curva não cruza o eixo x

O ponto x = 0 não está dentro do nosso domínio, então a curva tambem não cruza o eixo y

Tranquilo até aqui?

Passo 4

Agora vamos analisar a simetria da função...

Como y não está definido para valores menores que 1 , nossa função não possui nenhuma simetria...

f - x ≠ f x ,     f - x ≠ - f x

Agora vamos analisar as assíntotas... começando pelas assíntotas horizontais:

Como a curva está definida apenas para x maiores que 1 , podemos descartar a possibilidade de ter uma assíntota em x → - ∞

lim x → ∞ ⁡ x - x - 1

Se x tende a , temos

lim x → ∞ ⁡ x - x - 1 = ∞ - ∞

Para resolver esse limite, vamos multiplicar e dividir nossa função pelo seu conjugado

lim x → ∞ ⁡ x - x - 1 x + x - 1 x + x - 1 = lim x → ∞ ⁡ x - x - 1 x + x - 1

lim x → ∞ ⁡ - 1 x + x - 1 = 0

Como o limite convergiu para 0 , temos uma assíntota em y = 0 nesse gráfico.

Para verificar se há assíntotas verticais, a única possibilidade é que possa ter em x = 1 pois nosso domínio é contínuo a partir desse ponto...

lim x → 1 ⁡ x - x - 1 = 1

Então não temos assíntotas verticais pois o limite não tendeu a .

Show?

Passo 5

Agora vamos analisar os intervalos de crescimento e decrescimento...

Primeiro vamos calcular a primeira e a segunda derivada de y

Pela regra da potência, temos

y ' = d x - x - 1 d x = d x d x - d x - 1 d x

Aplicando a regra da cadeia na derivada de x - 1 ...

y ' = d x d x - d x - 1 d x · d u d u

y ' = 1 2 x - 1 2 x - 1

y ' = x - 1 - x 2 x x - 1

Passo 6

Calculando a segunda derivada pela regra do quociente...

y ' ' = d x - 1 - x d x · 2 x x - 1 - x - 1 - x · d 2 x x - 1 d x 2 x x - 1 2

Aplicando a regra do produto na derivada de x x - 1

y ' ' = d x - 1 - x d x · 2 x x - 1 - x - 1 - x · 2 · d x d x · x - 1 + x · d x - 1 d x 2 x x - 1 2

Já calculamos a derivada de - x - 1 - x anteriormente...

y ' ' = x - x - 1 2 x x - 1 · 2 x x - 1 - x - 1 - x · 2 · 1 2 x · x - 1 + x · 1 2 x - 1 2 x x - 1 2

y ' ' = x - x - 1 - x - 1 - x · 2 · x - 1 2 x + x 2 x - 1 2 x x - 1 2

Simplificando o numerador...

y ' ' = x - x - 1 - x - 1 - x · x - 1 + x x x - 1 4 x x - 1

y ' ' = x - x - 1 1 + 2 x - 1 x x - 1 4 x x - 1

y ' ' = x - x - 1 x x - 1 + 2 x - 1 x x - 1 4 x 2 - 4 x

y ' ' = x - x - 1 x x - 1 + 2 x - 1 4 x 2 - 4 x x x - 1

Bacana?

Passo 7

Agora sim... analisando a inclinação de y , temos que a curva é crescente quando y ' > 0 , ou seja

x - 1 - x 2 x x - 1 > 0 → x - 1 > x

Não temos um valor que satisfaça essa inequação, portanto não temos intervalos crescentes na curva.

E a curva decresce quando y ' < 0 ...

x - 1 - x 2 x x - 1 < 0 → x - 1 < x

Já essa inequação é válida para todos os valores, logo podemos concluir que y é estritamente decrescente.

Consequentemente, não temos pontos críticos e o ponto máximo acontece em x = 1 , que é o começo do gráfico

y 1 = 1

Estamos quase lá!

Passo 8

Por fim, vamos analisar os intervalos das concavidades e os pontos de inflexão...

Temos uma concavidade voltada para cima quando y ' ' > 0

x - x - 1 x x - 1 + 2 x - 1 4 x 2 - 4 x x x - 1 > 0

Como x - x - 1 é sempre > 0 ...

x x - 1 + 2 x - 1 > 0

Essa inequação é válida para todos os valores de x pois 2 x - 1 > x x - 1

Logo a nossa curva possui apenas uma concavidade voltada para cima!

Consequentemente, não temos pontos de inflexão aqui pois não temos mudanças de concavidade...

Passo 9

Por fim! Juntando tudo que encontramos até aqui, podemos esboçar a nossa curva como:

É isso! O que achou? Responde Aí!

Resposta

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