Enunciado

Um avião a jato viajando a 225 m/s aspira 50 kg/s. Se a eficiência propulsiva (definida como a razão do trabalho útil de saída e a energia mecânica de entrada para o fluido) do avião é 45%, determine a velocidade de descarga em relação ao avião.

Passo 1

Tá legal! Vamos começar o exercício ilustrando o problema e definindo o sistema de controle:

Então, vamos começar aplicando a equação para o equilíbrio de momento na direção x vista no capítulo 4, então, temos:

F x = F B x + F S x = ∂ ∂ t ∫ V C   u ρ d V + ∫ S C   u ρ V → . d A →

Nesse caso, podemos desprezar as forças de campo atuando na direção x , então temos F B x = 0 , como temos regime permanente, podemos desprezar também a primeira integral com a derivada no tempo, então a equação se torna:

- F D = u 1 - ρ V 1 A 1 + u 2 ( ρ V 2 A 2 )

Agora, da continuidade do sistema, sabemos que:

ρ V 1 A 1 = ρ V 2 A 2 = m ˙

E sabemos também da figura que u 1 = - U e u 2 = - V , então, substituindo os valores conhecidos na equação de cima, temos a força gerada pelos motores do jato:

- F D = - U - m ˙ + - V m ˙ → F D = m ˙ ( V - U )

Passo 2

Agora precisamos analisar a equação de energia, que também foi vista no capítulo 4, para o sistema, então, temos:

Q ˙ - W ˙ s - W ˙ c i s - W ˙ o u t r o s = ∂ ∂ t ∫ V C   e ρ d V + ∫ S C   u + p v + V 2 2 + g z ρ V → . d A →

Como não temos calor entrando ou saindo do sistema, temos Q ˙ = 0 , não temos força de cisalhamento ou trabalhos sobre o sistema que não a potência do jato, então W ˙ c i s = W ˙ o u t r o s = 0 . Como o regime de escoamento é permanente, podemos desprezar também a integral com a derivada parcial no tempo e a equação se resume a:

- W ˙ = u + p v + V 1 2 2 + g z - ρ V 1 A 1 + u + p v + V 2 2 2 + g z - ρ V 2 A 2

A única propriedade do escoamento que varia nesse caso é a velocidade entre os pontos 1 e 2, então podemos cancelar todos os outros pontos. Vimos no passo 2 a continuidade do sistema, que nos dava:

ρ V 1 A 1 = ρ V 2 A 2 = m ˙

E, também sabemos, do esquema do passo 1, que V 1 = - U e que V 2 = - V , então, a equação anterior se torna:

- W ˙ = - U 2 2 - m ˙ + - V 2 2 m ˙ → W ˙ = m ˙ 2 V 2 - U 2

Esse trabalho é o trabalho ideal do sistema, sem considerar perdas.

Passo 3

Então para encontrar a velocidade de descarga, precisamos primeiro encontrar o trabalho útil gerado pelo sistema, que pode ser encontrado multiplicando a força F D encontrada no passo 1 pela velocidade de viagem do jato, então, temos:

W ˙ ú t i l = F D U

Substituindo a expressão encontrada para F D no passo 1, temos:

W ˙ ú t i l = m ˙ V - U U

E, então, a eficiência pode ser escrita como:

η = W ˙ ú t i l W ˙

Substituindo as expressões encontradas e o valor da eficiência dado no enunciado, temos:

0,45 = m ˙ V - U U m ˙ 2 V 2 - U 2 → 0,225 U = V - U ( V + U ) ( V - U ) → 0,225 U = 1 V + U

Substituindo os valores conhecidos, temos:

0,225 225 = 1 V + 225 → V = 775   m / s

Resposta

V = 775   m / s

Ver Outros Exercícios desse livro

Exercícios de Livros Relacionados

Para o rotor de Problema 10.5, determine o ângulo de entrada da pá para o qual a componente tangencial da velocidade de entrada é zero, se a vazão volumétrica for 28.000 . Calcule a altura de carga te
Considere a geometria da bomba centrífuga cuja geometria e condições de escoamento são R a i od ee n t r a d ad or o t o r = 2,5c m R a i od es a í d ad or o t o r = 18c m í L a r g u r ad es a í d ad
Repita a análise para determinar a velocidade ótima para uma turbina de impulsão de Exemplo 10.13, usando a equação de Euler das turbomáquinas.
Uma bomba centrífuga, projetada para bombear água a 1 2 00r p m , tem dimensões: R 1 = 90m m e R 2 = 15 0m m b 1 = 10m m e b 2 = 7,5m m β 1 = 25 ° e β 2 = 4 5 ° Determine a vazão para a qual a velocid
Na bomba de água do Problema 10.8, a carcaça da bomba age como um difusor que converte 60 % da altura de carga da velocidade absoluta na saída do rotor em aumento de pressão estática. A perda de carga