Equação de Bernoulli

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Teoria

Opa, tudo bem? Vamos escrever uma matemática aqui embaixo: (basta apertar ‘ALT + =’ )

Exercícios Resolvidos

Exercício Resolvido #1

Um grande reservatório de água tem um pequeno furo 1,8   m abaixo do nível da água. Qual é a velocidade com a qual a água escapa na horizontal por meio do furo?

Passo 1

Falaaa aiiii galeraaaa, animados para começar esta seção?

Espero que siiim ein!!

Bom galerinha, nós queremos achar a velocidade que a água está deixando o orifício, certo?

E como faremos isso?

Nestes casos podemos usar a famosa Equação de Bernoulli, bora ver?

P 1 + ρ g h 1 + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ g h 2 + ρ v 2 2 2

Shooow!!

Então vamos chamar o orifício de 1 e a superfície do reservatório de 2 , certo?

Optei aqui por colocar o oricício como a minha altura zero, mas vocês poderiam ter feito de outra forma! Só que assim vai facilitar pra gente!!

Dica: Em 99,9 % das vezes, escolher o ponto mais baixo como sendo zero facilita bastante (guarde isso no coração ♥)

Já sabemos que:

h 1 = 0   m

Com relação as velocidades, precisamos fazer uma aproximação.

Concorda comigo que a área da superfície do líquido é muito maior do que a área do furo?

Então, a velocidade com que o nível da água desce é tão pequena comparada com a velocidade que a água sai do furo que podemos desprezar. Então vamos considerar

v 2 = 0 m s

(esse raciocínio pode ser uzado em 99,9 % das vezes)

E agora a nossa equação fica um pouco mais simples

P 1 + ρ g 0 + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ g h 2 + ρ 0 2 2

P 1 + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ g h 2

Perceba que o ponto 2 está em contato com a atmosfera, então podemos dizer que a pressão em 2 é a pressão atmosférica mesmo ( P a t m ). E qual seria a pressão no ponto 1 ? Quando a água começa a sair pelo orifício, ela também fica em contato com a atmosfera, então podemos dizer que a pressão no ponto 1 também é P a t m , ou seja:

P 1 = P 2 = P a t m

Na equação:

P a t m + ρ v 1 2 2 = P a t m + ρ g h 2

Se o termo P a t m está presente dos dois lados da igualdade, com o mesmo sinal ( + ) eles vão se cancelar:

ρ v 1 2 2 = ρ g h 2

E aqui novamente, densidade presente dos dois lados da igualdade, então:

v 1 2 2 = g h 2

Mas o que queremos é a velocidade, então vamos passar este 2 para o outro lado da igualdade multiplicando:

v 1 2 = 2 g h 2

E aplicamos a raíz dos dois lados da equação:

v 1 2 = 2 g h 2

v 1 = 2 g h 2

Passo 2

Olha que legal, conseguimos transformar aquele monstro em algo bem mais simples, não é?!

Agora vamos olhar o que temos?

h 2 = 1,8   m

g = 9,8 m s 2

Substituindo na fórmula que encontramos da velocidade:

v 1 = 2 9,8 m s 2 1,8   m

v 1 = 5,9 m s

Legal, né não ?!

Resposta

v 1 = 5,9 m s

Exercício Resolvido #2

As superfícies S 1 e S 2 do tubo indicado na figura possuem áreas 3,0   c m 2 e 2,0   c m 2 , respectivamente. Um líquido de densidade ρ =   0,80 × 10 3 k g m 3 escoa pelo tubo e apresenta, no ponto 1 , velocidade v 1 = 2,0   m / s e pressão P 1 = 4,0 × 10 4   P a . Determine a velocidade e a pressão do líquido no ponto 2 .

Passo 1

Shoow galerinhaa !!

Acabamos de ver que trabalhar com a equação de Bernoulli pode parecer cabuloso mas no fundo é bem tranquilo e bem legal!

A primeira coisa que o problema nos pediu foi a velocidade na seção 2 , certo?

De cara a Equação de Bernoulli não nos ajuda porque ela precisa dessas duas coisas que estão sendo pedidas

Mas nós temos a Equação da Continuidade, não é? Então vamos usá-la

A 1 v 1 = A 2 v 2

Isolando a velocidade no ponto 2 , vamos passar a área A 2 para o outro lado dividindo

v 2 = A 1 v 1 A 2

O problema nos disse que:

A 1 = 3   c m 2

A 2 = 2   c m 2

v 1 = 2,0 m s

Substituindo:

v 2 = 3   c m 2 2,0 m s 2   c m 2

Tomem cuidado com as unidades, nesse caso não precisamos converter porque tem c m 2 em cima e em baixo e eles acabam se anulando. A unidade de v 2 será o que restou

v 2 = 3 m s

Passo 2

Agora precisamos achar a pressão no ponto 2 , certo?

E agora sim é a vez dela, a Equação de Bernoulli!!

P 1 + ρ g h 1 + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ g h 2 + ρ v 2 2 2

Pelo desenho vemos que a altura do ponto central de cada seção é igual:

h 1 = h 2 = h

Substituindo:

P 1 + ρ g h + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ g h + ρ v 2 2 2

Como o termo ρ g h está presente nos dois lados com o mesmo sinal ( + ), eles se cancelam:

P 1 + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ v 2 2 2

Sabendo que:

P 1 = 4,0 × 10 4   P a

ρ =   0,80 × 10 3 k g m 3

v 1 = 2,0 m s

v 2 = 3 m s

Só nos resta substituir, não é?

( 4,0 × 10 4 ) + 0,80 × 10 3 2 2 2 = P 2 + 0,80 × 10 3 3 2 2

Precisamos resolver essa conta. Primeiro faremos as divisões

4,0 × 10 4 + 0,40 × 10 3 2 2 = P 2 + 0,40 × 10 3 3 2

Agora elevaremos os números que estão ao quadrado

4,0 × 10 4 + 0,40 × 10 3 4 = P 2 + 0,40 × 10 3 9

Podemos multiplicar os parênteses

4,0 × 10 4 + 1,6 × 10 3 = P 2 + 3,6 × 10 3

Agora precisamo tomar um pouco de cuidado. Perceba que as potências de 10 não estão com o mesmo expoente, precisamos fazer com que esses expoentes fiquem iguais.

Para isso, transformaremos o

1,6 × 10 3 = 0,16 × 10 4 3,6 × 10 3 = 0,3 6 × 10 4

E nossa equação fica

4,0 × 10 4 + 0,16 × 10 4 = P 2 + 0,36 × 10 4

O termo 0,36 × 10 4 passa para o outro lado da igualdade com sinal contrário:

4,0 × 10 4 + 0,16 × 10 4 - ( 0,36 × 10 4 ) = P 2

Nesse momento vai fazer sentido ter transformado as potências de 10 para o mesmo expoente, agora podemos colocar o 10 4 em evidência!

P 2 = 4,0 + 0,16 - 0,36 × 10 4

P 2 = 3 , 8 × 10 4   P a

Shooow!!

Resposta

  1. v 2 = 3 m s
  2. P 2 = 3 , 8 × 10 4   P a

Exercício Resolvido #3

Um líquido de densidade ρ = 1,2 × 10 3 k g / m 3 flui pelo tubo indicado na figura, passando pelo ponto 1 com velocidade v 1 = 5,0   m / s e pelo ponto 2 com velocidade v 2 = 2,0   m / s . A pressão no ponto 1 é P 1 = 2,4 × 10 4   P a . Determine:

  1. a razão entre as áreas das seções transversais S 1 e S 2 ;
  2. a pressão no ponto 2 .

Passo 1

Vamos continuando?

A primeira coisa que o problema nos pediu foi a razão entre as áreas das seções transversais S 1 e S 2 , certo? Mas o que seria essa razão? A razão é nada mais, nada menos, que a divisão entre as áreas S 1 e S 2 . Ou seja, estamos interessados em calcular

S 1 S 2 = A 1 A 2

De cara a Equação de Bernoulli não nos ajuda porque não tem as áreas na equação

Mas temos a Equação da Continuidade, não é? E acabamos de ver que ela é dada por:

A 1 v 1 = A 2 v 2

Como o que queremos é A 1 A 2 , vamos passar a área da seção transversal 2 dividindo para o outro lado:

A 1 v 1 A 2 = v 2

E essa velocidade 1 aí também passa para o outro lado dividindo, certo?

A 1 A 2 = v 2 v 1

O problema nos disse que:

v 1 = 5,0 m s

v 2 = 2 , 0 m s

Substituindo:

A 1 A 2 = 2 , 0 m s 5,0 m s

A 1 A 2 = 0,4

Show! A letra (a) já foi para o saco.

Passo 2

Para calcular a letra (b) precisamos achar a pressão no ponto 2 , certo?

E agora sim é a vez dela, a Equação de Bernoulli!!

P 1 + ρ g h 1 + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ g h 2 + ρ v 2 2 2

Pelo desenho vemos que a altura do ponto central de cada seção é igual:

h 1 = h 2 = h

Substituindo:

P 1 + ρ g h + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ g h + ρ v 2 2 2

Como o termo ρ g h está presente nos dois lados com o mesmo sinal ( + ), eles se cancelam:

P 1 + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ v 2 2 2

Sabendo que:

P 1 = 2,4 × 10 4   P a

ρ =   1,2 × 10 3 k g m 3

v 1 = 5,0 m s

v 2 = 2 , 0 m s

Só nos resta substituir, não é?

( 2,4 × 10 4 ) + 1,2 × 10 3 5 2 2 = P 2 + 1,2 × 10 3 2 2 2

( 2,4 × 10 4 ) + ( 1,5 × 10 4 ) = P 2 + ( 0,24 × 10 4 )

O termo 0,24 × 10 4 passa para o outro lado da igualdade com sinal contrário:

( 2,4 × 10 4 ) + ( 1,5 × 10 4 ) - ( 0,24 × 10 4 ) = P 2

P 2 = 3 , 66 × 10 4   P a

Chegamos ao final de mais umaa!!

Resposta

  1. A 1 A 2 = 0,4
  2. P 2 = 3 , 66 × 10 4   P a

Exercício Resolvido #4

Um engenheiro trabalha em uma indústria que contém grandes tubulações de água, usada para resfriar um tanque no qual ocorrem reações exotérmicas. Em determinado ponto, a tubulação eleva-se em 1,2   m , como ilustra a figura. Existem sensores de pressão na tubulação em ambas as alturas, que indicam um mesmo valor na leitura. Ele precisa conhecer a velocidade da água no nível mais alto, sabendo que ela entra no nível mais baixo com velocidade 5   m / s . Ele sabe que a água pode ser considerada um fluido aproximadamente incompressível e com baixa viscosidade.

Passo 1

Animados para mais umaa?!

Bom galerinha, problemas com esta carinha aí vocês já sabem que podemos usar a famosa Equação de Bernoulli:

P 1 + ρ g h 1 + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ g h 2 + ρ v 2 2 2

O problema nos contou que em ambos os pontos a pressão é a mesma:

P 1 = P 2 = P

Na equação:

P + ρ g h 1 + ρ v 1 2 2 = P + ρ g h 2 + ρ v 2 2 2

Se o termo P está presente dos dois lados da igualdade, com o mesmo sinal ( + ) eles vão se cancelar:

ρ g h 1 + ρ v 1 2 2 = ρ g h 2 + ρ v 2 2 2

Agora podemos assumir que o ponto mais baixo terá altura igual a zero, só para facilitar nossas contas:

h 1 = 0   m

Substituindo:

ρ g 0 + ρ v 1 2 2 = ρ g h 2 + ρ v 2 2 2

ρ v 1 2 2 = ρ g h 2 + ρ v 2 2 2

Se a densidade está presente em todos os termos, podemos cortar:

v 1 2 2 = g h 2 + v 2 2 2

Aos pouquinhos nossa equação gigantesca vai diminuindo. Precisamos achar o que mesmo?

A velocidade no ponto mais alto, ou seja, v 2 !! Vamos isolá-la passando o termo g h 2 para o outro lado com sinal oposto:

v 2 2 2 = v 1 2 2 - g h 2

O 2 que está dividindo, faz o que? Passa para o outro lado multiplicando:

v 2 2 = 2 v 1 2 2 - g h 2

Agora o 2 multiplica cada termo dentro do parênteses:

v 2 2 = v 1 2 - 2 g h 2

Aplicamos a raiz dos dois lados:

v 2 2 = v 1 2 - 2 g h 2

v 2 = v 1 2 - 2 g h 2

Shooow!! Encontramos uma fórmula para calcular a velocidade!

Passo 2

Agora vamos ver o que temos:

v 1 = 5 m s

h 2 = 1,2   m

g = 9,8 m s 2

Substituindo:

v 2 = 5 2 - 2 9,8 1,2  

v 2 = 1,22 m s

Gostaram dessa?!

Resposta

v 2 = 1,22 m s

Exercício Resolvido #5

Uma tubulação eleva-se em 1,5   m , como ilustra a figura. Existem sensores de pressão na tubulação em ambas as alturas, que indicam um mesmo valor na leitura. Qual é a velocidade da água no nível mais alto, sabendo que ela entra no nível mais baixo com velocidade 6   m / s ? A água pode ser considerada um fluido aproximadamente incompressível e com baixa viscosidade.

Passo 1

Vamos continuando?

Essa é bem similar a anterior e por isso vocês já sabem como faremos, não é?

Bom galerinha, problemas com esta carinha aí nós podemos usar a famosa Equação de Bernoulli

P 1 + ρ g h 1 + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ g h 2 + ρ v 2 2 2

O problema nos contou que em ambos os pontos a pressão é a mesma:

P 1 = P 2 = P

Na equação:

P + ρ g h 1 + ρ v 1 2 2 = P + ρ g h 2 + ρ v 2 2 2

Se o termo P está presente dos dois lados da igualdade, com o mesmo sinal ( + ) ele vão se cancelar:

ρ g h 1 + ρ v 1 2 2 = ρ g h 2 + ρ v 2 2 2

Agora podemos assumir que o ponto mais baixo terá altura igual a zero, só para facilitar nossas contas:

h 1 = 0   m

Substituindo:

ρ g 0 + ρ v 1 2 2 = ρ g h 2 + ρ v 2 2 2

ρ v 1 2 2 = ρ g h 2 + ρ v 2 2 2

Se a densidade está presente em todos os termos podemos cortar:

v 1 2 2 = g h 2 + v 2 2 2

Nós precisamos achar o que mesmo?

A velocidade no ponto mais alto, ou seja, v 2 !! Vamos isolá-la passando o termo g h 2 para o outro lado com sinal oposto:

v 2 2 2 = v 1 2 2 - g h 2

O 2 que esta dividindo, faz o que? Passa para o outro lado multiplicando:

v 2 2 = 2 v 1 2 2 - g h 2

Agora o   2 multiplica cada termo dentro do parênteses:

v 2 2 = v 1 2 - 2 g h 2

Aplicamos a raíz dos dois lados:

v 2 2 = v 1 2 - 2 g h 2

v 2 = v 1 2 - 2 g h 2

Shooow!!

Passo 2

Achamos a fórmula, e agora? Agora vamos ver o que temos:

v 1 = 6 m s

h 2 = 1,5   m

g = 9,8 m s 2

Substituindo:

v 2 = 6 2 - 2 9,8 1,5

v 2 = 2,57 m s

Gostaram dessa?!

Resposta

v 2 = 2,57 m s

Exercício Resolvido #6

Pretende-se medir a vazão de um líquido que escoa por uma canalização. Para isso, utiliza-se um aparelho chamado tubo de Venturi, que consiste essencialmente de um tubo cujas seções S 1 e S 2 têm áreas A 1 e A 2 conhecidas. A diferença de pressão entre os pontos 1 e 2 é medida por meio do desnível h do líquido existente nos tubos verticais. O tubo de Venturi é inserido na canalização, conforme mostra a figura. Sendo A 1 =   10   c m 2 , A 2 = 5,0   c m 2 , h =   0,60   m , g = 10 m s 2 e ρ =   1,2 × 10 3 k g m 3 a densidade do líquido, determine a vazão do líquido através da canalização.

Passo 1

Galerinhaa do meu coração, essa aqui é um pouco diferente das demais, não é?

Mas não vamos nos assustar!!

O problema nos pediua a vazão, e como vimos na Equação da Continuidade que pode ser calculada como:

Q 1 = A 1 v 1

Também podemos usar o ponto 2 , porque a vazão que entra em 1 tem que sair em 2 , não é?!

Beleza! A área nós temos, mas nada de velocidade ainda

Que tal usarmos aqui a Equação de Bernoulli?

P 1 + ρ g h 1 + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ g h 2 + ρ v 2 2 2

A altura do ponto central das duas seções é a mesma, então:

h 1 = h 2 = h

Na fórmula:

P 1 + ρ g h + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ g h + ρ v 2 2 2

Como o termo ρ g h está nos dois lados da igualdade com o mesmo sinal ( + ) , podemos cancelar:

P 1 + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ v 2 2 2

Temos quase nada! Eita lasqueira!!

Mas vamos fazer uma manipulação matemática e mandar a pressão de 2 para o outro lado da igualdade com sinal contrário, assim como o termo ρ v 1 2 2 :

P 1 - P 2 = ρ v 2 2 2 - ρ v 1 2 2

Essa variação de pressão nós temos uma fórmula para ela, não é?

Se não se lembram, eu mostro pra vocês:

P 1 - P 2 = ρ g h

Então:

ρ g h = ρ v 2 2 2 - ρ v 1 2 2

Como a densidade está presente em todos os termos, vamos cortar:

g h = v 2 2 2 - v 1 2 2

Multiplicando todos os termos por 2 para facilitar a nossa vida lá na frente:

2 g h = 2 v 2 2 2 - 2 v 1 2 2

2 g h = v 2 2 - v 1 2

Passo 2

Ainda não dá para calcular a velocidade v 1 com o que temos até agora ☹

Camos recorrer a equação da continuidade!

A 1 v 1 = A 2 v 2

Isolando a velocidade no ponto 2 , vamos passar a área 2 para o outro lado dividindo:

v 2 = A 1 v 1 A 2

As áreas nós temos, não é?

A 1 =   10   c m 2

A 2 = 5,0   c m 2

Então:

v 2 = 10 v 1 5,0

v 2 = 2 v 1

E substituindo isso na equação do Passo 1 :

2 g h = v 2 2 - v 1 2

2 g h = 2 v 1 2 - v 1 2

2 g h = 4 v 1 2 - v 1 2

2 g h = 3 v 1 2

Passamos o 3 para o outro lado dividindo:

v 1 2 = 2 g h 3

Tiramos a raiz dos dois lados:

v 1 2 = 2 g h 3

v 1 = 2 g h 3

Sabendo que:

h = 0,6   m

g = 10 m s 2

Substituindo:

v 1 = 2 10 0,6 3

v 1 = 2 m s

Passo 3

Achamos o que queríamos?

Que nada!! Queremos a vazão

Q 1 = A 1 v 1

Sabemos que:

v 1 = 2 m s

A 1 =   10   c m 2

Vamos precisar transformar esse m aí em c m , ok? Se lembram da transformação?

  1 m = 100   c m

Então:

v 1 = 2 × 100   c m s

v 1 = 200 c m s

Agora que temos tudo, basta substituir:

Q 1 = 10   c m 2 200 c m s

Q 1 = 2000 c m 3 s

Q 1 = 2 × 10 3 c m 3 s

Podemos deixar assim, ou transformar c m 3 em L , lembrando que:

10 3 c m 3 = L

Então:

Q 1 = 2   L s

Gostaram dessa ?!

Resposta

Q 1 = 2   L s

Exercício Resolvido #7

Uma tubulação eleva-se em 2   m , como ilustrado abaixo. Sabendo que v 1 = 7 m s e v 2 = 1 m s , e que a pressão no nível inferior da tubulação é de P 1 = 10 4   P a , qual é a pressão no nível mais alto? A água pode ser considerada um fluido aproximadamente incompressível e com baixa viscosidade.

  1. 1,4 × 10 3   P a
  2. 1,4   × 10 4   P a
  3. 1,2   × 10 4   P a
  4. 1,6   × 10 4   P a
  5. 1,6   × 10 5   P a

Passo 1

Bora seguir?!

Bom, vocês já sabem que vamos precisar usar a equação de Bernoulli, não é?

P 1 + ρ g h 1 + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ g h 2 + ρ v 2 2 2

Agora podemos assumir que o ponto mais baixo terá altura igual a zero, só para facilitar nossas contas:

h 1 = 0   m

Substituindo:

P 1 + ρ g 0 + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ g h 2 + ρ v 2 2 2

P 1 + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ g h 2 + ρ v 2 2 2

Se queremos a pressão no ponto 2 nós vamos passar os outros termos para o outro lado com sinal oposto:

P 2 = P 1 + ρ v 1 2 2 - ρ g h 2 - ρ v 2 2 2

Shooow!!

Passo 2

Achamos a fórmula, e agora? Agora vamos ver o que temos:

v 1 = 7 m s

v 2 = 1 m s

h 2 = 2,0   m

g = 9,8 m s 2

P 1 = 10 4   P a

Para a água:

ρ ≅ 1000 k g m 3

Substituindo:

P 2 = 10 4 + 1000 7 2 2 - 1000 9,8 2,0 - 1000 1 2 2

P 2 = 1 × 10 4 + 2,45 × 10 4 - 1,96 × 10 4 - 0,05 × 10 4

P 2 = 1,44 × 10 4   P a

Então a resposta certa será a letra (b) !!

Resposta

L e t r a   B   ‼

Exercício Resolvido #8

Pretende-se medir a velocidade v 1 de um líquido que escoa por uma canalização. Para isso, insere-se na canalização um tubo de Venturi, conforme a figura ( h : desnível do líquido existente nos tubos verticais; g : aceleração da gravidade; A 1 e A 2 : áreas das seções transversais S 1 e S 2 ).

Prove que:

v 1 = 2 g h A 1 A 2 2 - 1

Passo 1

Faaaala meus queridos, vamos seguir?!

Essa questão é daquelas que só envolve letras. Vamos ver como fica.

Queremos a velocidade, não é?! Então vamos usar a Equação de Bernoulli:

P 1 + ρ g h 1 + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ g h 2 + ρ v 2 2 2

A altura do ponto central das duas seções é a mesma, então:

h 1 = h 2 = h

Na fórmula:

P 1 + ρ g h + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ g h + ρ v 2 2 2

Como o termo ρ g h está nos dois lados da igualdade com o mesmo sinal ( + ) , podemos cancelar:

P 1 + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ v 2 2 2

Não temos quase nada! Eita lasqueira!!

Mas vamos fazer uma manipulação matemática e mandar a pressão de 2 para o outro lado da igualdade com sinal contrário, assim como o termo ρ v 1 2 2 :

P 1 - P 2 = ρ v 2 2 2 - ρ v 1 2 2

Essa variação de pressão nós temos uma fórmula para ela, não é?

Caso não lembram, eu mostro pra vocês:

P 1 - P 2 = ρ g h

Então:

ρ g h = ρ v 2 2 2 - ρ v 1 2 2

Como a densidade está presente em todos os termos, vamos cortar:

g h = v 2 2 2 - v 1 2 2

Multiplicando todos os termos por 2 para facilitar a nossa vida lá na frente:

2 g h = 2 v 2 2 2 - 2 v 1 2 2

2 g h = v 2 2 - v 1 2

Passo 2

Com isso nós conseguimos calcular a velocidade 1 ?

Que nada, não é? Porque não temos a velocidade em 2 !!

E aqui trazemos novamente a equação da continuidade, lembrando que a vazão nos dois pontos são iguais:

A 1 v 1 = A 2 v 2

Isolando a velocidade no ponto 2 , vamos passar a área 2 para o outro lado dividindo:

v 2 = A 1 A 2 v 1

Substituindo na equação do Passo 1 :

2 g h = v 2 2 - v 1 2

2 g h = A 1 A 2 v 1 2 - v 1 2

2 g h = A 1 A 2 2 v 1 2 - v 1 2

Colocando o v 1 em evidência

A 1 A 2 2 - 1 v 1 2 = 2 g h

Vamos passar o termo que acompanha a velocidade para o outro lado dividindo:

v 1 2 = 2 g h A 1 A 2 2 - 1

Tiramos a raíz dos dois lados:

v 1 2 = 2 g h A 1 A 2 2 - 1

v 1 = 2 g h A 1 A 2 2 - 1

E chegamos ao fim de mais umaa!! Bem legal, não é?!

Resposta

v 1 = 2 g h A 1 A 2 2 - 1

Exercício Resolvido #9

Se um fluido incompressível e de viscosidade desprezível escoa em regime laminar em uma tubulação fechada estendida na horizontal, sua vazão será _____. Se a tubulação mudar de modo que a área por onde escoa o fluido sofra uma redução, a velocidade dele ____ , como

mostra a equação _____.

Marque a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase anterior:

a) Constante; diminuirá; da continuidade.

b) Sempre maior; aumentará; da continuidade.

c) Constante; diminuirá; de Bernoulli.

d) Constante; aumentará; da continuidade.

e) Sempre maior; se manterá constante; de Bernoulli

Passo 1

Essa daqui é uma teórica bem legal para vocês frizarem bem todos os conceitos que aprendemos até aqui !!

Bora lá ?!

Beleza galera, a primeira questão é relativa a vazão! Já vimos que em um tubo fechado, a vazão que entra em um ponto deve sair pelo outro, não é ?!

Se a vazão não muda isso faz dela o que?

Acertou quem disse constante !!

Passo 2

Bom, se a tubulação mudar de modo que a área por onde escoa o fluido sofra uma redução, o que vai ocorrer com a velocidade ?!

Vocês se recordam dos nossos exercícios?

A área e a velocidade se relacionam por meio de uma equação que chamamos Equação da Continuidade !!

Isso aí já responde nossa terceira pergunta, não é?

Passo 3

Para responder nossa segunda questão vamos lembrar da equação da continuidade

A 1 v 1 = A 2 v 2

Isolando a velocidade no ponto 2 , vamos passar a área 2 para o outro lado dividindo:

v 2 = A 1 A 2 v 1

Vamos supor alguns valores para a área 2 , que deve ser menor que 1 ?

A 2 = 0,5 A 1

Então:

v 2 = A 1 0,5 A 1 v 1

v 2 = 2 v 1

Concluímos assim que, se a área diminui a velocidade aumenta !!

Então a resposta certa seria: constante, aumenta, da Continuidade.

E a resposta é a letra (d) !!

Entenderam ?!

Resposta

L e t r a   D   ‼

Exercício Resolvido #10

Um fluido incompressível e de viscosidade desprezível escoa em regime laminar em uma tubulação fechada estendida na horizontal. Em determinado momento, ele encontra um alargamento na tubulação. Marque a alternativa que indica o que ocorre, respectivamente, com a velocidade do fluido e com a pressão:

a) Aumenta; aumenta.

b) Aumenta; diminui.

c) Diminui; diminui.

d) Diminui; aumenta.

e) Diminui; mantém-se constante.

Passo 1

Essa daqui é para fechar a seção com chave de ouro !!

A equação da continuidade nos fala a relação entre áreas e velocidades, não é?

A 1 v 1 = A 2 v 2

Isolando a velocidade no ponto 2 , vamos passar a área 2 para o outro lado dividindo:

v 2 = A 1 A 2 v 1

Vamos supor alguns valores para a área 2 , que deve ser maior que 1 ?

A 2 = 2 A 1

Então:

v 2 = A 1 2 A 1 v 1

v 2 = 0,5 . v 1

Concluímos assim que, se a área aumenta a velocidade diminui!!

Passo 2

E para avaliar a pressão?

O problema nos disse que a tubulação tem essa cara aqui:

E agora sim é a vez dela, a Equação de Bernoulli !!

P 1 + ρ g h 1 + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ g h 2 + ρ v 2 2 2

Pelo desenho nós vemos que a altura do ponto central de cada seção é igual:

h 1 = h 2 = h

Substituindo:

P 1 + ρ g h + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ g h + ρ v 2 2 2

Como o termo ρ g h está presente nos dois lados com o mesmo sinal (+), eles se cancelam:

P 1 + ρ v 1 2 2 = P 2 + ρ v 2 2 2

Temos uma igualdade, certo?

O termo P 1 + ρ v 1 2 2 é constante, então se a velocidade diminui, o termo ρ v 2 2 2 também deve, obrigatoriamente, diminuir !!

Se o termo ρ v 2 2 2 diminui, a pressão deve aumentar nesse ponto para que a igualdade permaneça, certo?

Sendo assim, a pressão aumenta !!

E qual a resposta certa?

Acertou aí quem disse letra (d) !!

Resposta

L e t r a   D   ‼