A cantoneira está sujeita a um cisalhamento . Faça um rascunho da distribuição do fluxo de cisalhamento ao longo da aba AB. Indique os valores numéricos em todos os picos. A espessura é , e as abas (AB) têm .

Encontrar o centroide da seção parece complicado. Mas se lembrarmos da fórmula do momento de inércia, vamos perceber que a inclinação não faz diferença. A única coisa que nos interessa é a base e a altura da estrutura. Então temos uma equivalência como mostrado abaixo. Uma barra inclinada é equivalente a uma barra reta de mesma altura

Dessa forma, tal qual uma barra, o centroide é na metade da altura:

Aqui entra um bizu para calcular o momento de inércia. Como nossas barras tem espessuras muito finas, a gente pode troca-las por barras verticais (porque a altura delas é muito maior que a largura).

Sempre que estivermos trabalhando com barras de pequenas espessuras, podemos simplificar as diagonais como uma barra vertical, porque a espessura seria irrisória na contribuição do momento. Calcularemos então nossas dimensões equivalentes.

A gente pode “des-inclinar” as abas da figura e formar dois retângulos com base e altura

Vamos calcular o momento de inércia em relação ao centroide. Agora que transformamos a aba em dois retângulos, é fácil calcular o momento de inércia!

O cálculo do momento estático será da mesma forma. Como nosso interesse é a distribuição de tensão, precisamos calcular o momento estático máximo:

Vamos calcular o momento estático máximo (destacado em laranja)

Só que aqui também vale que a contribuição da expessura vai ser desprezível. Então o é mais um caso onde a gente pode aproximar barras finas diagonais por barras verticais:

Para essa situação equivalente, temos que

Aplicamos os valores que já conhecemos:

Logo:

Calculando o fluxo de cisalhamento máximo

Substituindo os valores:

A distribuição de cisalhamento é fácil de determinar!

Nas extremidades e é igual a zero.

Então, a distribuição cresce de forma parabólica até o centro, onde atinge o máximo!