Enunciado

Mostrar, por integração, que a energia de deformação da barra A B , em forma de tronco de cone, é

U = 7 24 T 2 L G J m í n

onde J m í n é o momento de inércia polar da seção transversal da barra, na extremidade B .

Passo 1

Fala, pessoas! Estão de bem com a vida? Então partiu resolver uma questão de energia de deformação?

Antes de começar, eu tenho uma notícia triste! O enunciado está errado! Mais precisamente, a equação de U do enunciado está errada! A equação certa se encontra abaixo.

U = 7 48 T 2 L G J m í n

Essa questão quer que a gente mostre como se chega na fórmula que calcula a energia de deformação U de uma barra com seção transversal de área que varia.

Conseguimos fazer isso, resolvendo a integral abaixo.

U = ∫ 0 L T 2 2 G J   d x

onde G é o módulo de elasticidade transversal da barra, J é o momento de inércia polar de cada seção transversal da barra e T é o torque ao qual a barra está submetida!

Antes de resolver essa integral, precisamos determinar quanto vale J .

Passo 2

Para entender quanto vale J , precisamos lembrar da fórmula de J para áreas circulares.

J = π r 4 2

onde r é o raio do tronco de cone em uma posição x do tronco. A figura abaixo mostra o raio r .

Como podemos ver, o raio r varia linearmente com x . Isso quer dizer que a equação de r é uma reta! Dessa forma, somos capazes de achar essa equação a partir da equação da reta.

e q u a ç ã o   d a   r e t a       ⟹       y = a x + b e q u a ç ã o   d e   r       ⟹       r = a x + b

a é a inclinação da reta. Ela é igual a variação de r Δ r dividida pela variação de x Δ x .

a = Δ r Δ x       ⟹       a = r m á x - r m í n L - 0       ⟹       a = 2 c - c L       ⟹       a = c L

b é valor de r , quando x = 0 . Logo:

b = r m í n       ⟹       b = c

Substituindo a e b na equação de r , achamos:

r = a x + b       ⟹       r = c L x + c       ⟹       r = c L L + x

Substituindo essa equação de r , na equação de J , encontramos o valor do momento polar.

J = π r 4 2       ⟹       J = π c L L + x 4 2       ⟹       J = π c 4 2 L 4 L + x 4

Sabendo quanto vale J , podemos começar a resolver a integral de U .

Passo 3

Nesse passo a gente vai encontrar U , resolvendo a integral. Para isso, substituímos o J que achamos no passo anterior na integral.

U = ∫ 0 L T 2 2 G J   d x       ⟹       U = ∫ 0 L T 2 2 G π c 4 2 L 4 L + x 4   d x       ⟹       U = ∫ 0 L L 4 T 2 G π c 4 L + x 4   d x

Como G , T , L e c são constantes, podemos tirar eles da integral.

U = L 4 T 2 G π c 4 ∫ 0 L 1 L + x 4   d x

Resolvendo a integral, encontramos:

U = L 4 T 2 G π c 4 1 - 3 L + x 3 0 L       ⟹       U = L 4 T 2 G π c 4 1 - 3 × 8 L 3 - L 4 T 2 G π c 4 1 - 3 L 3       ⟹       U = 7 24 L T 2 G π c 4

Calma! Ainda não é hora de comemorar! Achamos a energia de deformação U , mas ela ainda não está em função do momento de inércia polar mínimo J m í n .

Passo 4

O momento de inércia J m í n é o momento de inércia da seção transversal de raio r m í n . Usando essa informação na fórmula de J para áreas circulares, achamos:

J = π r 4 2       ⟹       J m í n = π r m í n 4 2       ⟹       J m í n = π c 4 2       ⟹       π c 4 = 2 J m í n

Substiuindo o π c 4 presente na fórmula de U por 2 J m í n , vamos conseguir chegar onde a questão pede!

U = 7 24 L T 2 G π c 4       ⟹       U = 7 24 L T 2 G 2 J m í n       ⟹       U = 7 48 L T 2 G J m í n

Resposta

Ei, a resposta está no passo a passo :)

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