Enunciado

Calcule a integral indefinida. Ilustre e verifique que sua resposta é razoável fazendo o gráfico da função e de sua primitiva (tome C = 0 ).

∫ e cos ⁡ x sen ⁡ x   d x

Passo 1

E aí, galera! Tudo certinho 😎?

Nesse problema precisamos calcular a integral indefinida

∫ e cos ⁡ x sen ⁡ x   d x

e, feito isso, precisamos analisar o gráfico da função e da primitiva encontrada (com a constante de integração igual a zero) para verificar se a resposta faz sentido.

Em um primeiro momento, essa integral não se parece com nenhuma das presentes na Tabela de Integrais Indefinidas, né?

🤔 Bem, então como resolvemos essa questão?

Utilizando a Regra da Substituição para transformar essa integral em uma outra integral existente na Tabela, cujo valor sabemos calcular.

Saca só o que a regra diz: Se definirmos a função derivável g x como uma variável u , ou seja, u = g ( x ) , e se a função f for contínua em seu domínio I , então vale que

∫ f g x g ' x   d x =   ∫ f u d u ,  

desde que a imagem de g ( x ) esteja contida no domínio I de f .

💡 Vamos relembrar de algumas propriedades das integrais indefinidas que vão nos ajudar a resolver essa questão.

  • A integral indefinida do produto entre uma constante e uma função é o produto entre a constante e a integral indefinida da função.
  • ∫ c f x d x = c   ∫ f x d x .

  • A integral indefinida da exponencial é ela mesma:

∫ e x d x = e x + C

Precisamos lembrar também da derivada da função cosseno:

cos' ⁡ x =   - sen ⁡ x .

Temos tudo o que precisamos. Bora lá 😊!

Passo 2

Analisando com calma o integrando da integral

∫ e cos ⁡ x sen ⁡ x   d x ,

podemos ver que, se

f x = e x

e

u = g x = cos ⁡ x   ,

então

f g x = e cos ⁡ x ,

e, além disso, derivando u em relação à variável x , temos que

d u d x = g ' x = - sen ⁡ x ,

ou seja

d u = - sen ⁡ x d x .

Sendo assim, observe que

∫ f g x g ' x   d x =   ∫ e cos ⁡ x - sen ⁡ x d x =   - ∫ e cos ⁡ x sen ⁡ x   d x ,

ou seja,

- ∫ f g x g ' x   d x =   ∫ e cos ⁡ x sen ⁡ x   d x .

Sendo assim, pela Regra da Substituição temos que a integral do enunciado pode ser reescrita como

∫ e cos ⁡ x sen ⁡ x   d x = - ∫ f u d u ,

onde

- ∫ f u   d u = - ∫ e u d u .

Mas observe que essa integral da direita, em função da variável u , nós sabemos calcular né? Temos que

∫ e u d u = e u + C 1 .

Logo,

∫ e cos ⁡ x sen ⁡ x   d x = - ∫ e u d u =   - ( e u +   C 1 ) ,

ou seja, temos que

∫ e cos ⁡ x sen ⁡ x   d x = - e u + C 2 ,

onde C 2 = - C 1 é uma constante qualquer.

Passo 3

Ainda não terminamos, né? A igualdade

∫ e cos ⁡ x sen ⁡ x   d x = - e u + C 2

não é a resposta final, pois precisamos reverter a mudança de variável que fizemos ao assumir u = g x = cos ⁡ x .  

Fazendo isso, vamos ter que

∫ e cos ⁡ x sen ⁡ x   d x = - e u + C 2 =   - e cos ⁡ x + C 2 ,

ou seja, a integral do enunciado é dada por ∫ e cos ⁡ x sen ⁡ x   d x =   - e cos ⁡ x + C 2 .

Passo 4

Assumindo a constante de integração como sendo zero, conforme pedido no enunciado, então encontramos que uma primitiva para a função

h x = e cos ⁡ x sen ⁡ x

é dada por

H x = - e cos ⁡ x .

Utilizando uma ferramenta gráfica para a construção dos gráficos e considerando que as funções são periódicas, com período 2 π , então os gráficos das funções no intervalo [ 0 ,   2 π ] são dados na imagem abaixo.

Como a integral de uma função representa a área acumulada sob a curva, de forma que quando a curva assume valores negativos temos que o valor total acumulado para a área diminui, então observe que:

  • Quando h ( x ) > 0 , H ( x ) está aumentando, indicando que a área acumulada sob a curva h ( x ) é positiva.
  • Quando h ( x ) < 0 , H ( x ) está diminuindo, indicando que a área acumulada é negativa.
  • Os pontos onde h x = 0   são pontos críticos para H ( x ) , podendo ser máximos ou mínimos.

Resposta

A integral indefinida é dada por:

∫ e cos ⁡ x sen ⁡ x   d x =   e cos ⁡ x + C 2 .

e um esboço para os gráficos pode ser visto na imagem abaixo.

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