Enunciado

Calcule

∫ C y + sen ⁡ x d x + z 2 + cos ⁡ y d y + x 3 d z

Onde C é a curva r t = sen ⁡ t , cos ⁡ t , sen ⁡ 2 t ,   0 ≤ t ≤ 2 π . (Dica: observe que C está na superfície z = 2 x y )

Passo 1

E aí, pessoal! Tudo joia?

A questão quer o valor da integral de linha:

∫ C y + sen ⁡ x d x + z 2 + cos ⁡ y d y + x 3 d z

A curva C no nosso caso já está parametrizada por:

r t = sen ⁡ t , cos ⁡ t , sen ⁡ 2 t

0 ≤ t ≤ 2 π

O enunciado também nos trouxe a informação de que essa curva C está na superfície de equação:

z = 2 x y

Bom para calcularmos uma integral de linha usamos a integral:

∫ C F ⋅ d r = ∬ S r o t ( F ) ⋅ d S

Aqui o enunciado não nos deu a função F , mas olhando pela equação na integral que o enunciado deu:

y + sen ⁡ x d x + z 2 + cos ⁡ y d y + x 3

Vemos que são as componentes da função F . Então, vamos calcular o rotacional de F e resolver a equação:

∬ S r o t ( F ) ⋅ d S = ∬ D - P ∂ g ∂ x - Q ∂ g ∂ y + R   d A

Encontrando os limites de integração através da parametrização que o enunciado nos deu.

Bora lá!

Passo 2

Primeiramente, pessoal, vamos encontrar a equação de F . O enunciado nos deu a integral:

∫ C y + sen ⁡ x d x + z 2 + cos ⁡ y d y + x 3 d z

Como cada termo é uma componente da função campo, temos:

F = y + sen ⁡ x i + ( z 2 cos ⁡ y ) j + x 3 k

Agora podemos calcular o rotacional desse campo, pela equação do rotacional:

r o t F = ∂ R ∂ y - ∂ Q ∂ z i + ∂ P ∂ z - ∂ R ∂ x j + ∂ Q ∂ x - ∂ P ∂ y k

Sabendo que

F = P i + Q j + R k

Portanto,

P = y + sen ⁡ x

Q = ( z 2 cos ⁡ y ) R = x 3

Substituindo na equação:

r o t F = ∂ x 3 ∂ y - ∂ ( z 2 cos ⁡ y ) ∂ z i + ∂ y + sen ⁡ x ∂ z - ∂ x 3 ∂ x j + ∂ ( z 2 cos ⁡ y ) ∂ x - ∂ y + sen ⁡ x ∂ y k

Resolvendo as derivadas parciais, temos:

r o t F = 0 - 2 z i + 0 - 3 x 2 j + 0 - 1 k = - 2 z i - 3 x 2 j - k

Pronto! Temos nosso rotacional.

Passo 3

Se a superfície S é da forma z = g ( x , y ) e é orientada para cima, podemos usar a fórmula:

∬ S F ⋅ d S = ∬ D - P ∂ g ∂ x - Q ∂ g ∂ y + R   d A

O enunciado nos deu a equação da superfície S :

g x , y = z = 2 x y

Vamos nos atentar porque aqui P , Q e R são componentes do nosso rotacional:

r o t F = G = P i + Q j + R k

Retomando nosso rotacional:

r o t F = - 2 z i - 3 x 2 j - k

Assim, temos as componentes:

P = - 2 z

Q = - 3 x 2

R = - 1

Calculamos também as derivadas parciais da equação:

g ( x , y )   = 2 x y

  • Derivada em x :
  • ∂ g ∂ x = ∂ 2 x y ∂ x = 2 y

  • Derivada em y :

∂ g ∂ y = ∂ 2 x y ∂ y = 2 x

Agora podemos substituir na nossa equação:

∬ S r o t F . d S = ∬ D - - 2 z 2 y - - 3 x 2 2 x - 1   d A

Fazendo a soma e multiplicação dos termos:

∬ S r o t F . d S = - ∬ D 4 y z + 6 x 3 - 1   d A

Substituindo

z = 2 x y

Ficamos com:

∬ S r o t F . d S = - ∬ D 4 y 2 x y + 6 x 3 - 1   d A

Multiplicando os termos:

∬ S r o t F . d S = - ∬ D 8 x y 2 + 6 x 3 - 1   d A

Passo 4

Veja que já temos nossa integral pronta, faltando só os limites de integração da região D   pra gente partir pro cálculo dela:

D é a projeção da superfície S , no plano x y . Pela parametrização dada no enunciado:

r t = sen ⁡ t , cos ⁡ t , sen ⁡ 2 t

Temos:

x = s e n   t

y = cos ⁡ t

z = s e n   2 t

No plano, x y temos z = 0 , então temos:

x = s e n   t

y = cos ⁡ t

Portanto, D é a região dentro da circunferência

r t = sin ⁡ t , cos ⁡ t

Com r = 1 .

Podemos definir D como { x , y ∈ D | x 2 + y 2 < 1 } . Como temos uma circunferência completa de raio 1 , temos os limites de integração:

0 ≤ θ ≤ 2 π

0 ≤ r ≤ 1

Usando as relações:

x = s e n t  

y = cos ⁡ t

E:

d A = r   d r   d θ

Nossa integral que até então é:

- ∬ D 8 x y 2 + 6 x 3 - 1   d A

Se torna:

- �� 0 2 π ∫ 0 1 8 r 3 cos ⁡ θ sen 2 ⁡ θ + 6 r 3 cos 3 ⁡ θ - 1 r d r d θ

Passo 5

Então, vamos finalmente resolver nossa integral:

∬ S r o t F ⋅ d S = - ∫ 0 2 π ∫ 0 1 8 r 3 cos ⁡ θ sen 2 ⁡ θ + 6 r 3 cos 3 ⁡ θ - 1 r d r d θ

Multiplicando o r do nosso Jacobiano para dentro dos parênteses:

∬ S r o t F ⋅ d S = - ∫ 0 2 π ∫ 0 1 8 r 4 cos ⁡ θ sen 2 ⁡ θ + 6 r 4 cos 3 ⁡ θ - r d r d θ

Integramos primeiro em r , que é a integral de dentro, tratando θ como constante:

∬ S r o t F ⋅ d S = - ∫ 0 2 π 8 r 5 5 cos ⁡ θ sen 2 ⁡ θ + 6 r 5 5 cos 3 ⁡ θ - r 2 2 0 1 d θ

Aplicando os limites de integração em r :

∬ S r o t F ⋅ d S = - 1 5 ∫ 0 2 π 8 sen 2 ⁡ θ + 6 cos 2 ⁡ θ c o s θ d θ + ∫ 0 2 π 1 2 d θ

É muita conta, não? Mas tá acabando!

Resolvendo a última integram em θ da equação acima, temos:

∬ S r o t F ⋅ d S = - 1 5 ∫ 0 2 π 8 sen 2 ⁡ θ + 6 - 6 sen 2 ⁡ θ c o s θ   d θ + π

Somando os termos:

∬ S r o t F �� d S = - 1 5 ∫ 0 2 π ( 2 s e n 2 ⁡ θ + 6 ) ( cos ⁡ θ d θ ) + π

Para encontrarmos os valores dessa integral, vamos calcular pela substituição de variáveis! Seja

u = sen ⁡ θ

Derivando u :

d u = cos ⁡ θ d θ

Os limites de integração mudam de ∫ 0 2 π para ∫ sen ⁡ 0 sen ⁡ 2 π . Por fim, temos a integral de u .

∬ S r o t F ⋅ d S = - 1 5 ∫ 0 0 2 u 2 + 6 d u + π

Como a integral em u tem limites de integração iguais, o intervalo de integração é nulo e seu valor será zero!

∬ S r o t F ⋅ d S = - 1 5 ∫ 0 0 2 u 2 + 6 d u + π = π

Resposta

Logo, ∫ C y + sen ⁡ x d x + z 2 + cos ⁡ y d y + x 3 d z = π

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