Enunciado

  1. Determine uma função f tal que F = ∇ f e
  2. Use a parte (a) para calcular ∫ F ⋅ d r sobre a curva C dada.

F x , y , z = ( y 2 z + 2 x z 2 ) i ^ + ( 2 x y z ) j ^ + ( x y 2 + 2 x 2 z ) k ^

C : x = t ,   y = t + 1 ,   z = t 2 ,   0 ≤ t ≤ 1

Passo 1

E ai minha turma, tudo bem?

Nesse exercício vamos focar em resolver o item (a).

Logo, o item (a) pede para determinarmos uma função f de tal forma que o gradiente dessa função f é igual a uma função F . Essa relação:

F = ∇ f

Onde F é:

F x , y , z = ( y 2 z + 2 x z 2 ) i ^ + ( 2 x y z ) j ^ + ( x y 2 + 2 x 2 z ) k ^

Agora, eu quero que você tenha muita calma pois vai envolver bastante manipulação das equações.

Vamos lembrar que a gente pode reescrever o termo F = ∇ f , da seguinte forma:

F x , y , z = ∂ f ∂ x , ∂ f ∂ y , ∂ f ∂ z

Da igualdade acima, concluímos que:

∂ f ∂ x = y 2 z + 2 x z 2

∂ f ∂ y = 2 x y z

∂ f ∂ z = x y 2 + 2 x 2 z

Nosso objetivo é encontrar uma expressão para f , e para isso devemos integrar cada lado da igualdade acima.

Mas lembre-se que é uma integral indefinida, logo deve aparecer uma constante em cada integral.

Para ficar mais claro vamos fazer uma como exemplo.

Integrar ∂ f ∂ x em relação a x . Assim, temos

∫ ∂ f ∂ x d x = ∫ y 2 z + 2 x z 2 d x

Integrando, isso nos dá:

f x , y , z = x y 2 z + x 2 z 2 + g ( y , z )

Repare que apareceu um termo g ( y , z ) , que é a nossa constante. Pois se derivarmos f x , y , z   em relação x , vamos voltar a nossa situação inicial.

O processo é esse, vamos integrando e derivando em relação as variáveis x , y e z para encontrar uma expressão f x , y , z de tal forma, que se aplicarmos as derivadas parciais encontramos novamente a relação:

∂ f ∂ x = y 2 z + 2 x z 2

∂ f ∂ y = 2 x y z

∂ f ∂ z = x y 2 + 2 x 2 z

Eu sei que é bastante trabalhoso esse processo, por isso faça com muita calma essa parte.

Vamos nessa então!!!

Passo 2

Já determinamos f x , y , z no passo 1 :

f x , y , z = x y 2 z + x 2 z 2 + g ( y , z )

Agora, devemos derivar a função f ( x , y , z ) em relação a y . Vamos ter:

d f d y = 2 x y z + d d y g y , z

A gente já conhece uma expressão lá do passo 1 que é igual a d f d y , que é:

∂ f ∂ y = 2 x y z

Assim, comparando com o valor encontrada acima, temos:

2 x y z = 2 x y z + d d y g y , z

d d y g y , z = 0

Se integrarmos g y ( y , z ) em relação a y , temos:

g y , z = 0 + h z

g y , z = h z

Passo 3

Reescrevendo a equação para a função f , temos:

f x , y , z = x y 2 z + x 2 z 2 + g ( y , z )

f x , y , z = x y 2 + x 2 z 2 + h z

Vamos derivá-la em relação a z agora.

d f d z = x y 2 + 2 x 2 z + d h z d z

Como temos uma expressão para d f d z , que é:

∂ f ∂ z = x y 2 + 2 x 2 z

Vamos comparar as duas. Ficamos com:

x y 2 + 2 x 2 z + d h z d z = x y 2 + 2 x 2 z

d h z d z = 0

Integrando a função d h z d z em relação a z , temos:

h z = C

Por fim, reescrevendo a função f :

f x , y , z = x y 2 z + x 2 z 2 + C

Resposta

(a) f x , y , z = x y 2 z + x 2 z 2 + C

Ver Outros Exercícios desse livro

Exercícios de Livros Relacionados

Calcule o rotacional.vec F (x , y , z) = x y vec i - x^2 vec j
Considere o campo de força central g → x , y = f r → r → onde f :R → R é uma função derivável e r → = x i → + y j → . Calcule r o tg → .
Considere o escoamento v → x , y =- y ( x 2 + y 2 ) α i → + x ( x 2 + y 2 ) α j → Onde α0 é uma constante. Verifique que r o tv → x , y ≠ 0 → para α ≠ 1 .
Considere o escoamento bidimensional v → x , y =- y x 2 + y 2 i → + x x 2 + y 2 j → .Desenhe tal campo.Calcule r o tv → e interprete-o.
Seja F → = P i → + Q j → uma campo vetorial de R 2e mR 2 , com PeQ diferenciáveis. Sejam u → = cos ⁡ αi → + s e nαj → e v → = - s e nα i → + cos ⁡ αj → , onde α ≠ 0 é um real dado. Seja s , t as coord