Enunciado

(a) Determine o trabalho realizado pelo campo de força F x ,   y = x 2   i + x y   j sobre uma partícula que dá uma volta no círculo x 2 + y 2 = 4 no sentido anti-horário.

(b) Utilize um sistema de computação algébrica para desenhar o campo de força e o círculo na mesma tela. Use essa figura para explicar sua resposta para a parte (a).

Passo 1

Fala, meu povo! Tudo certo?

Nossa questão tem duas partes, vamos ver cada uma separadamente:

A parte a) pede o trabalho W realizado pelo campo de força

F x ,   y = x 2   i + x y   j

numa partícula que dá a volta no círculo x 2 + y 2 = 4 no sentido anti-horário.

Bom, nós achamos o trabalho W calculando a integral de linha:

W = ∫ C F r t ∙ r ' t   d t  

Então, como nossa curva C é o círculo x 2 + y 2 = 4 , precisamos parametrizar essa nossa região em função de t . Daí é só derivarmos o vetor das nossas funções paramétricas para obter r ' t e colocarmos nossa função nas variáveis paramétricas para acharmos F r t . Daí é só calcularmos nossa integral normalmente.

Depois faremos a letra b) que pede para usarmos um sistema de computação algébrica para desenhar o campo de força e o círculo e através dessa imagem explicar a resposta da parte a). Podemos usar o software Maple para plotar o gráfico.

Vem comigo!

Passo 2

  1. Galera, quando temos um círculo, podemos parametrizar de uma forma análoga ao que fazíamos com as coordenadas polares:
  2. x = r   c o s   t

    y = r   s e n   t

    r é o raio do círculo. Como nossa equação é:

    x 2 + y 2 = 4

    E a equação de um raio do círculo é:

    x 2 + y 2 = r 2

    Podemos ver que:

    r = 2

    Então, nossas equações paramétricas para o círculo serão:

    x = 2   c o s   t

    y = 2   s e n     t

    Ou seja:

    r t = 2 cos ⁡ t i + 2   s e n   t   j   ,           0 ≤ t ≤ 2 π

    Passo 3

    A derivada r ' t de cada componente desse vetor será:

    r ' t = - 2   s e n   t   ,       2 cos ⁡ t

    E nossa função:

    F x ,   y = x 2   i + x y   j = x 2 ,   x y

    Parametrizada, ou seja, substituindo x e y pelas equações em função de t , fica:

    F r t = 4 cos 2 ⁡ t ,       4 cos ⁡ t s e n   t

    Então teremos:

    F r t ∙ r ' = 4 cos 2 ⁡ t ,       4 cos ⁡ t s e n   t ⋅ - 2   s e n   t   ,       2 cos ⁡ t

    Fazendo o produto vetorial, temos que o trabalho vai ser calculado assim:

    W = ∫ 0 2 π F r t ∙ r ' t   d t = ∫ 0 2 π ( - 8 cos 2 ⁡ t s e n   t + 8 cos 2 ⁡ t s e n t )   d t

    Passo 4

    Agora que já definimos nossa integral, é só partir para o cálculo:

    W = ∫ 0 2 π ( - 8 cos 2 ⁡ t s e n   t + 8 cos 2 ⁡ t s e n t )   d t

    Reparou que os termos dentro da integral são opostos? Então, fazendo a subtração, ficamos com zero!

    W = ∫ 0 2 π 0   d t = 0

    Já que a integral de zero é zero!

    Passo 5

  3. Agora vamos usar um SCA para desenhar o campo de força junto com o círculo. Podemos usar o software Maple usando a função fieldplot e inserindo a equação da função do campo e as equações paramétricas do círculo:

Parece que todas as setas dos vetores são perpendiculares ao círculo. Sabe o que isso significa? As forças exercidas sobre a partícula não ajudam nem atrapalham o movimento dela ao longo do círculo, e por isso o trabalho é nulo, como calculamos anteriormente.

Resposta

  1. W = 0
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