Enunciado

Encontre a área da região que está dentro da primeira curva e fora da segunda curva.

r = 4 sen ⁡ θ

r = 2

Passo 1

Então meu amigo, vamos resolver essa atividade de cálculo de área.

Precisamos calcular a área da região que está fora de uma curva e dentro da outra curva. Só analisando a função não é tão legal assim de encontrar com qual desenho a gente está trabalhando, o melhor aqui é a gente plotar o gráfico delas.

Vamos plotar nossas curvas para termos ideia da área que a gente tá calculando. Você pode plotar as curvas com qualquer software gráfico, desmos, Geogebra, fica a sua escolha.

Portanto, queremos a área dessa região sombreada.

A área de uma curva em coordenadas polares é dada por

A = ∫ a b 1 2 r 2 d θ

Então temos que identificar cada termo dessa integral aí, substituir e calcular.

Para encontrar esse intervalo, no caso dessa questão, vamos precisar encontrar os pontos de interseção entre as duas curvas, já que queremos a área não da primeira curva nem da segunda curva, mas sim da região delimitada entre a primeira e a segunda.

Passo 2

Então tá, precisamos primeiro do intervalo de integração, que são os dois pontos de encontro das curvas.

Para isso, igualamos as duas curvas:

4 sen ⁡ θ = 2

sen ⁡ θ = 1 2

sin ⁡ θ = sin ⁡ π 6

θ = π 6

Ou

θ = 5 π 6

Assim, esses são os dois valores de θ no qual as curvas se intersectam, logo, vai ser o intervalo no qual nossa região de interesse está definida:

π 6 ≤ θ ≤ 5 π 6

Então, o intervalo de integração seria

a = π 6

b = 5 π 6

Maaaas, se você reparar, nossa região sombreada é simétrica!

Logo, podemos dividir ela em duas e calcular a área de θ = π 6 até θ = π 2 e depois multiplicar por dois pra ter a área total, o que acham?

Isso vai facilitar nossa vida na hora de fazer a integral!!

Passo 3

Continuando, falta a gente descobrir quem é o r .

O r é a própria parametrização. Mas como queremos descobrir a área entre a primeira e a segunda curva, vê se faz sentido pra vocês que a gente faça a área da curva de fora menos a área da curva de dentro?

Faz né?!

Assim, vamos ter dois r , porque vamos ter duas áreas, ou seja, duas integrais, a da curva de fora e a da curva de dentro.

r = 4 sen ⁡ θ

r = 2

Então agora é só substituir e integrar esse negocio.

Passo 4

Vamos lá:

A 1 = 1 2 ∫ π 6 π 2 ( 4 sen ⁡ θ ) 2 d θ - 1 2 ∫ π / 6 π / 2 2 2 d θ

Elevando ao quadrado ambos os termos:

A 1 = 1 2 ∫ π 6 π 2 16 sen 2 ⁡ θ d θ - 1 2 ∫ π / 6 π / 2 4 d θ

Retirando as constantes da integral:

A 1 = 16 2 ∫ π 6 π 2 sen 2 ⁡ θ d θ - 4 2 ∫ π / 6 π / 2 1 d θ

Utilizando da identidade trigonométrica sin 2 ⁡ θ = 1 - cos ⁡ 2 θ 2 :

A 1 = 8 ∫ π 6 π 2 1 2 1 - cos ⁡ 2 θ d θ - 2 ∫ π / 6 π / 2 1 d θ

Agora podemos realizar a integração:

A 1 = 8 1 2 θ - 1 4 sen ⁡ 2 θ π / 2 π / 6 - 2 θ π / 2 π / 6

Colocando os intervalos de integração nos cálculos:

A 1 = 8 1 2 ∙ π 2 - 1 4 sen ⁡ π - 1 2 ∙ π 6 - 1 4 sen ⁡ π 3 - 2 π 2 - π 6

Vamos realizar as simplificações necessárias:

A 1 = 8 π 4 - 0 - π 12 - 1 4 3 2 - 2 2 π 6

A 1 = 8 2 π 12 + 3 8 - 4 π 6

A 1 = 3 + 4 π 6

Assim, a área total da curva é

A T = 2 ⋅ A 1

A T = 2 3 + 4 π 3

Resposta

A = 2 3 + 4 π 3

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