Enunciado

(a) Encontre os intervalos em que a função é crescente ou decrescente.

(b) Encontre os valores máximos ou mínimos locais.

(c) Encontre os intervalos de concavidade e os pontos de inflexão.

(d) Use as informações das partes (a)-(c) para esboçar o gráfico. Verifique seu trabalho com uma ferramenta gráfica, se você tiver uma.

f θ = 2 cos ⁡ θ + cos 2 ⁡ θ     0 ≤ θ ≤ 2 π

Passo 1

Olá, meu amigo, Yuri aqui e eu e você iremos agora resolvermos juntos essa atividade de cálculo.

Aqui, dado uma função, iremos encontrar os pontos pedidos.

Nessa questão, temos a seguinte função:

f θ = 2 cos ⁡ θ + cos 2 ⁡ θ    

Definida no intervalo 0 ≤ θ ≤ 2 π .

E queremos encontrar os intervalos em que ela é crescente ou decrescente. Para isso vamos derivar a função e fazer um estudo de sinais da derivada, pois quando a derivada é positiva a função é crescente

f ' θ > 0

E quando a derivada é negativa, a função é decrescente.

f ' θ < 0

Depois disso vamos encontrar os pontos de máximo e mínimo.

Para isso, vamos encontrar os pontos onde a derivada vale zero.

f ' θ = 0

Ou pontos onde a derivada não exista:

f ' θ   ∄

Esses são pontos críticos da nossa função.

Para verificar se eles são pontos de máximo ou mínimo vamos olhar para o comportamento da derivada ao redor deles.

Se a derivada é positiva antes do ponto crítico e negativa depois do ponto crítico, então esse é um ponto de máximo.

Se a derivada é negativa antes do ponto crítico e positiva depois dele, então esse é um ponto de mínimo.

E por fim vamos olhar para os intervalos de concavidade e os pontos de inflexão.Para isso, vamos encontrar a segunda derivada da nossa função e fazer um estudo de sinais dela.

Quando a segunda derivada é positiva, a concavidade é para cima.

f ' ' θ > 0

Quando a segunda derivada é negativa, a concavidade é para baixo.

f ' ' θ < 0

E quando a segunda derivada é zero, temos um ponto de inflexão.

f ' ' θ = 0

E por fim, vamos usar esses resultados e tentar traçar um gráfico da nossa função.

Passo 2

Item a:

Está alternativa nos pede para encontrarmos os intervalos em que a função dada é crescente ou decrescente.

Uma função é crescente quando sua derivada é positiva e decrescente quando sua derivada é negativa. Portanto, para avaliar os intervalos onde f é crescente ou decrescente, vamos obter a derivada e analisar o seu sinal:

f ' θ = - 2 sen ⁡ θ - 2 cos ⁡ θ sen ⁡ θ  

f ' θ = - 2 sen ⁡ θ 1 + cos ⁡ θ

Então:

  • f ' θ > 0 se π < θ < 2 π
  • f ' θ < 0 se 0 < θ < π

Portanto, f é crescente para valores de θ no intervalo π , 2 π e decrescente em ( 0 , π ) .

Passo 3

Item b:

Os pontos críticos de uma função são os valores de x   nos quais a derivada da função é zero ou não existe. Esses pontos são importantes porque podem indicar a presença de mínimos locais, máximos locais ou pontos de inflexão na função.

Para encontrar o ponto crítico precisamos igualar a derivada da função a zero:

0 = - 2 s e n θ 1 + cos ⁡ θ

0 = - 2 s e n θ - 2 s e n θ cos ⁡ θ

- 1 = cos ⁡ θ

π = θ

Então meu amigo, os pontos críticos podem ser classificados em três categorias principais:

Mínimo local: Se f ' x > 0 para valores de x à esquerda do ponto crítico e f ' x < 0 para valores de x   à direita do ponto crítico, então o ponto crítico indica um mínimo local.

Máximo local: Se f ' x < 0 para valores de x   à esquerda do ponto crítico e f ' x > 0 para valores de x   à direita do ponto crítico, então o ponto crítico indica um máximo local.

Como f decresce até θ = π e cresce a partir dele, θ = π é ponto de mínimo local. Algo que pode ser visto no gráfico do passo anterior.

Passo 4

Item c:

A concavidade de uma função é indicada pelo sinal da derivada segunda. Quando a derivada segunda é positiva, a função possui concavidade voltada para cima e quando a derivada segunda é negativa, a função possui concavidade voltada para baixo.

Então devemos obter a derivada segunda e estudar o seu sinal:

f ' x = - 2 sin ⁡ θ - 2 cos ⁡ θ sin ⁡ θ

f ' ' x = - 2 cos ⁡ θ - 2 - sin ⁡ θ sin ⁡ θ + cos ⁡ θ sin ⁡ θ

Ajeitando isso aí

f ' ' x = - 2 cos ⁡ θ   +   2 sin ⁡ θ 2 - 2 cos ⁡ θ 2

Para deixar tudo em função do cosseno, vamos usar a seguinte identidade trigonométrica:

sin 2 ⁡ θ + cos 2 ⁡ θ = 1

sin 2 ⁡ θ = 1 - cos 2 ⁡ θ

f ' ' x = - 2 cos ⁡ θ   +   2 1 - cos 2 ⁡ θ - 2 cos ⁡ θ 2

f ' ' x = - 2 cos ⁡ θ   +   2 - 2 cos 2 ⁡ θ - 2 cos ⁡ θ 2

f ' ' x = - 4 cos ⁡ θ 2 - 2 cos ⁡ θ + 2

Igualando-a a zero:

0 = - 4 cos ⁡ θ 2 - 2 cos ⁡ θ + 2

0 = - 2 cos ⁡ θ 2 - cos ⁡ θ + 1

Podemos fatorar essa expressão encontrando suas raízes:

0 = 2 cos ⁡ θ - 1 2 cos ⁡ θ + 1

Então temos:

cos ⁡ θ = 1 2 ,   θ = π 3 , 5 π 3

cos ⁡ θ = 1 ,   θ = π

Então, analisando o sinal da função nos intervalos de pontos críticos de f ' , para isso vou usar valores que estão dentro do intervalo.

0 , π 3 :   f ' ' π 6 ≈ - 2.7 < 0 concavidade para baixo

π 3 , π :   f ' ' π 2 = 2 > 0 concavidade para cima

π , 5 π 3 :   f ' ' 3 π 2 = 2 > 0 concavidade para cima

5 π 3 , 2 π :   f ' ' 11 π 6 ≈ - 2.7 < 0 concavidade para baixo

A concavidade muda em x = π 3 e 5 π 3 então são os nossos pontos de inflexão:

π 3 , f π 3 = π 3 , 5 4

5 π 3 , f 5 π 3 = 5 π 3 , 5 4

Passo 5

Item d:

Com as informações obtidas:

f é crescente para valores de θ no intervalo π , 2 π e decrescente em ( 0 , π ) .

θ = π é ponto de mínimo local.

f possui concavidade para cima no intervalo π 3 , 5 π 3 e concavidade para baixo nos intervalos 0 , π 3 e 5 π 3 , 2 π . E os pontos de inflexão são θ = π 3 e θ = 5 π 3 .

Podemos ter o seguinte gráfico que foi gerado no querido GeoGebra:

Resposta

(a) f é crescente para valores de θ no intervalo π , 2 π e decrescente em ( 0 , π ) .

(b) θ = π é ponto de mínimo local.

(c) f possui concavidade para cima no intervalo π 3 , 5 π 3 e concavidade para baixo nos intervalos 0 , π 3 e 5 π 3 , 2 π . E os pontos de inflexão são θ = π 3 e θ = 5 π 3 .

(d)

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