Enunciado

Suponha que um cientista tenha razões para acreditar que duas quantidades x e y estão relacionadas linearmente, isto é, y = m x + b , pelo menos aproximadamente, para alguns valores de m e b . O cientista realiza um experimento e coleta dados na forma dos pontos ( x 1 , y 1 ) , ( x 2 , y 2 ) ... ( x n , y n ) e depois plota esses pontos. Os pontos não estão exatamente em uma linha reta; portanto, o cientista deseja induzir constantes m e b para que a linha y = m x + b "seja" os pontos da melhor forma possível (veja a figura).

Seja d i = y i - ( m x i + b ) o desvio vertical do ponto ( x i , y i ) da linha. O método dos mínimos quadrados determina m e b de modo a minimizar em ∑ i = 1 n d i 2 , a soma dos quadrados desses desvios. Mostre que, de acordo com esse método, a linha de melhor ajuste é obtida quando

m ∑ i = 1 n x i + b n = ∑ i = 1 n y i

m ∑ i = 1 n x i 2 + b ∑ i = 1 n x i = ∑ i = 1 n x i y i

Passo 1

Bom galera, aqui a questão está nos dizendo que o objetivo do método dos mínimos quadrados é encontrar os valores de m e b que minimizam a função

f = ∑ i = 1 n d i 2

Onde d i = y i - ( m x i + b ) .

Portanto, a função f pode ser escrita como função desses parâmetros m e b :

f ( m , b ) = ∑ i = 1 n [ y i - ( m x i + b ) ] ²

Logo, se queremos minimizar f , devemos encontrar os seus pontos críticos. Os pontos críticos são encontrados quando fazemos

∂ f ∂ m = 0       e     ∂ f ∂ b = 0

Esse será o nosso ponto de partida!

Passo 2

Para encontrarmos o ponto critico vamos pegar a derivada parcial:

∂ f ∂ b = ∂ ∂ b ∑ i = 1 n y i - m x i + b 2

Podemos passar a derivada para dentro do somatório:

∂ f ∂ b = ∑ i = 1 n ∂ ∂ b y i - m x i + b 2

Derivando com relação a b , teremos

→ ∂ L ∂ b = ∑ i = 1 n 2 y i - m x i + b ( - 1 )

Agora igualamos a derivada a 0 :

∑ i = 1 n 2 y i - m x i + b ( - 1 ) = 0

Podemos aplicar o somatório em cada termo separadamente:

→ ∑ i = 1 n y i - ∑ i = 1 n m x i - ∑ i = 1 n b = 0

Que pode ser escrito:

- m ∑ i = 1 n x i - b n + ∑ i = 1 n y i = 0

Que é igual ao da questão:

m ∑ i = 1 n x i + b n = ∑ i = 1 n y i

Passo 3

Bom, fazendo o mesmo em ∂ f ∂ m = 0 , teremos

∂ f ∂ m = ∑ i = 1 n ∂ ∂ m y i - m x i + b 2

∂ f ∂ m = ∑ i = 1 n 2 m x i 2 + b x i - y i x i

Igualando essa derivada a zero e dividindo todos os termos por 2, teremos:

m ∑ i = 1 n x i 2 + b ∑ i = 1 n x i - ∑ i = 1 n x i y i = 0

Logo,

m ∑ i = 1 n x i 2 + b ∑ i = 1 n x i = ∑ i = 1 n x i y 1

Pronto, chegamos na equação pedida no enunciado.

Essas equações garantem o melhor ajuste.

Resposta

Demonstração

Ver Outros Exercícios desse livro

Exercícios de Livros Relacionados

Determine, dentre os paralelepípedos-retângulos de mesmo volume, o de área máxima.
Maximize f (x , y , z) = x + 2 y + 3 z sujeita às restrições x^2 + y^2 + z^2 = 4 e x + y + z = 1 .
Determine a superfície de nível da função f x , y , z = x 2 + y 2 + 2 z 2 que seja tangente ao plano x + 2 y + 3 z = 4 . Qual o ponto de tangência?
Deseja-se construir um paralelepípedo-retângulo com área total de 100 c m 2 . Determirar as dimensões da caixa para o volume ser máximo.
Pede-se determinar três números positivos cuja soma seja 36 e cujo produto seja máximo.