Enunciado

Use o roteiro dessa seção para esboçar a curva:

y = sec ⁡ x + tan ⁡ x ,   0 < x < π 2

Passo 1

Fala aí! tudo certinho?

Nesse problema foi dada a curva

y = sec ⁡ x + tan ⁡ x

E nosso objetivo é esboçar o gráfico de y usando o roteiro dessa seção.

Lembra como fazemos isso?

O roteiro dessa seção pede para seguirmos um caminho para esboçar o gráfico de qualquer curva... vamos lembrar o que diz esse roteiro.

1° Dominio: Temos que primeiramente determinar o domínio da curva para sabermos onde nossa função é definida.

2° Intersecção com os eixos: aqui vamos fazer y = 0 para saber quais valores de x a curva intersecta o eixo x e x = 0 para saber onde a curva intersecta o eixo y .

3° Simetria: Vamos verificar se f - x = f x para ver se a curva possui simetria par, se f - x = - f x para ver se a curva possui simetria ímpar e se f x + p = f x para ver se a função é periódica.

4° Assíntotas: Para verificar se a curva possui assíntotas horizontais, fazemos

lim x → ∞ ⁡ y = L 1 ,     lim x → - ∞ ⁡ y = L 2

Já para verificar se a curva possui assíntotas verticais, temos que analisar a curva nos pontos de descontinuidade x = a

lim x = a ⁡ y

5° Intervalos de crescimento e decrescimento: Vamos calcular a derivada da curva e analisando o intervalo onde f ' > 0 , a função é crescente e quando f ' < 0 a função é decrescente.

6° Máximos e mínimos: Para encontrar os pontos de máximos e mínimos, fazemos f ' = 0 para obter os pontos críticos, calculamos f ' ' e substituímos os pontos que encontramos... se f ' ' < 0 , o ponto é de máximo e se f ' ' > 0 o ponto é de mínimo.

7° Concavidade e pontos de inflexão: A concavidade da curva está relacionada com o sinal da segunda derivada... então se f ' ' > 0 , a concavidade é voltada para cima e se f ' ' < 0 a concavidade é voltada para baixo... quando f ' ' = 0 temos um ponto de inflexão.

Bora começar!

Passo 2

Nosso primeiro passo é calcular o domínio da curva

y = sec ⁡ x + tan ⁡ x

Tanto o termo sec ⁡ x quanto o termo tan ⁡ x não possuem restrições no seu domínio, porém ambos possuem descontinuidades em múltiplos de π 2 ... mas o problema já nos deu o domínio da função quando definiu que

0 ≤ x ≤ π 2

Agora precisamos achar os interceptos com os eixos...

Fazendo y = 0 , temos y = sec ⁡ x + tan ⁡ x = 0

sec ⁡ x = tan ⁡ x

Não podemos resolver essa equação pois não existe um valor de x que satisfaça essa igualdade...

Fazendo x = 0 , temos

y = sec ⁡ 0 + tan ⁡ 0 = 1 + 0 = 1

Então a curva corta o eixo y em y = 1 e não corta o eixo x !

Tranquilo até aqui?

Passo 3

Agora vamos analisar a simetria da função...

Primeiro vamos ver se f - x = f x

sec ⁡ - x + tan ⁡ - x = sec ⁡ x + tan ⁡ x

Como a igualdade não bateu, a função não possui simetria par...

Para f - x = - f x

sec ⁡ - x + tan ⁡ - x = - sec ⁡ x - tan ⁡ x

Como tan ⁡ - x = - tan ⁡ x e sec ⁡ - x = sec ⁡ x ... a igualdade tambem não é válida, então y não possui simetria ímpar...

Agora vamos analisar as assíntotas...

Como a curva está definida apenas no intervalo 0 ≤ x ≤ π 2 , podemos descartar a possibilidade de ter qualquer assíntota horizontal.

Porém ainda podemos ter assíntotas verticais em x = 0 ou x = π 2

Para x = 0 , temos

lim x → 0 ⁡ sec ⁡ x + tan ⁡ x = 1

Para x = π 2

lim x → π 2 ⁡ sec ⁡ x + tan ⁡ x = ∞ + ∞ = ∞

Então em x = π / 2 temos uma assíntota vertical.

Show?

Passo 4

Agora vamos analisar os intervalos de crescimento e decrescimento...

Primeiro vamos calcular a primeira e a segunda derivada de y

Pelo teorema fundamental do cálculo, temos

y ' = d sec ⁡ x + tan ⁡ x d x

y ' = sec ⁡ x tan ⁡ x + sec 2 ⁡ x

y ' = sec ⁡ x tan ⁡ x + sec ⁡ x

Calculando a segunda derivada pela regra do produto...

y ' ' = d sec ⁡ x tan ⁡ x + sec ⁡ x d x = d sec ⁡ x d x · tan ⁡ x + sec ⁡ x + sec ⁡ x · d tan ⁡ x + sec ⁡ x d x

y ' ' = sec ⁡ x tan ⁡ x · tan ⁡ x + sec ⁡ x + sec ⁡ x · sec 2 ⁡ x + sec ⁡ x tan ⁡ x

y ' ' = sec ⁡ x tan 2 ⁡ x + sec 2 ⁡ x tan ⁡ x + sec 3 ⁡ x + sec 2 ⁡ x tan ⁡ x

y ' ' = sec ⁡ x tan 2 ⁡ x + sec 2 ⁡ x sec ⁡ x + 2 tan ⁡ x

Vamos tentar simplificar esse resultado lembrando que sec ⁡ x = 1 cos ⁡ x e tan ⁡ x = sin ⁡ x cos ⁡ x

y ' ' = 1 cos ⁡ x sin 2 ⁡ x cos 2 ⁡ x + 1 cos 2 ⁡ x 1 cos ⁡ x + 2 sin ⁡ x cos ⁡ x

y ' ' = sin 2 ⁡ x cos 3 ⁡ x + 1 + 2 sin ⁡ x cos 3 ⁡ x

y ' ' = 1 + 2 sin ⁡ x + sin 2 ⁡ x cos 3 ⁡ x

y ' ' = 1 + sin ⁡ x 2 cos 3 ⁡ x

Bacana?

Passo 5

Agora sim... analisando a inclinação de y , temos que a curva é crescente quando y ' > 0 , ou seja

sec ⁡ x tan ⁡ x + sec ⁡ x > 0

No intervalo do nosso domínio 0 < x < π / 2 , tanto sec ⁡ x quanto tan ⁡ x são positivos, logo, nossa curva é estritamente crescente.

Calculando os pontos críticos fazendo y ' = 0

sec ⁡ x tan ⁡ x + sec ⁡ x = 0

Não temos nenhum valor de x dentro do nosso domínio que satisfaça essa equação, então nossa curva não possui nenhum ponto crítico e consequentemente, nenhum ponto de máximo ou mínimo.

Estamos quase lá!

Passo 6

Por fim, vamos analisar os intervalos das concavidades e os pontos de inflexão...

Temos uma concavidade voltada para cima quando y ' ' > 0

1 + sin ⁡ x 2 cos 3 ⁡ x > 0

Dentro do nosso domínio, tanto sin ⁡ x quanto cos ⁡ x são positivos, então essa inequação é válida para todo domínio...

Logo, nossa curva possui apenas concavidade voltada para cima.

Por fim! Juntando tudo que encontramos até aqui, podemos esboçar a nossa curva como:

E aí! o que achou? Responde Aí!

Resposta

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